sábado, 20 de fevereiro de 2016

CURTINDO AS BELEZAS DE ALAGOAS


MACEIÓ - Em Alagoas, tem um estado para cada tipo de viajante. A capital Maceió é o endereço do turismo fácil, com atrações no quintal de casa; a Costa dos Corais, no litoral norte, que inclui Maragogi, é o turismo de massa que vê encher piscinas naturais, visitadas em passeios de um dia; e a Rota Ecológica é onde São Miguel dos Milagres e a Praia do Marceneiro se exibem para poucos.

Seja qual for seu estilo, uma viagem por aqueles mares é certeza de ter diante dos olhos uma das mais belas costas do Nordeste. Com 230km de extensão, o litoral alagoano tem espaço para esportistas mais intrépidos em faixas urbanas de areia, artesanato colorido inspirado em redes de pescadores, praias de matizes que a gente nem consegue classificar e endereços escondidos que ainda (quase) não foram descobertos.

Maceió é a principal porta de entrada. São 40km de praias, que incluem faixas urbanas, mas não menos impactantes, e atrativos mais afastados, no norte e sul da cidade. Conhecida como Orla Principal, a área mais central é formada pelo trio Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, além da mais afastada Cruz das Almas. E independentemente da escolhida para estender a canga, todas terão mar de tons variados, não encontrados facilmente em praias urbanas do Nordeste.


Praia de Antunes, em AlagoasFoto: Eduardo Vessoni / .


Praia de Peroba, na divisa de Alagoas com PernambucoFoto: Eduardo Vessoni / ,

Galés de Maragogi, em AlagoasFoto: Eduardo Vessoni / .


Praia de Ponta Verde, em Maceió, AlagoasFoto: João Schawrtz/Semptur Maceió / ,


Mergulho na praia do Francês, litoral sul de AlagoasFoto: Juan Cela/Eco Scuba / .

Praia do Carro Quebrado, no litoral norte de AlagoasFoto: Eduardo Vessoni / .

Trilha do Visgueiro, em Maragogi, AlagoasFoto: Eduardo Vessoni / .


Projeto Mulheres de Fibras, em Maragogi, AlagoasFoto: Eduardo Vessoni / .


Bordado de filé, típico de AlagoasFoto: Eduardo Vessoni / .

Já o litoral sul da capital é frequentado por locais, cujas praias sem estrutura turística e com ondas fortes, como Praia do Sobral e Pontal da Barra, atraem surfistas. Vale lembrar que as famosas praias do Francês e do Gunga estão nos municípios de Marechal Deodoro e Roteiro.

Mas é a partir do litoral norte, pelas estradas AL-105 e AL-101, que começa a sequência de águas de tons exagerados, entre Jacarecica e Ipioca, região menos frequentada por turistas. Dali, em direção a Pernambuco, o viajante chega a locais com talento para paraíso, como Maragogi e a Rota Ecológica. Mas antes vale uma parada na isolada praia do Carro Quebrado, em Barra de Santo Antônio.

FALÉSIAS E CARCAÇAS DE AUTOMÓVEIS

Recortada por falésias de diferentes tons, a praia abriga poucas barracas simples, decoradas com carcaças de automóveis, em referência aos vários carros que ficaram presos ali pela subida da maré. Fica a 40km de Maceió e tem 6km de extensão. Pode ser vista a partir de mirantes naturais, onde se chega apenas de carro ou a bordo de barcos que saem no restaurante Mar e Cia, na Praia de Paripueira. Esse ponto de partida é um dos poucos locais da região para refeições.


Banho de mar com doses de emoção
De corais e piscinas a falésias
Isolamento, com hotéis-butique
À mesa, macarajé de siri
O delicado bordado de filé
SERVIÇO

Banho de mar com doses de emoção
Praia do francês: famosa pelo surfe, também é explorada para o mergulho - Eduardo Vessoni


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O instrutor se chama Fight e seu cachorro preto de focinho e peito brancos é o Machu Picchu. Juntos, as duas figuras protagonizam inusitadas aulas de SUP, caiaque e windsurfe, em plena praia de Ponta Verde, na orla principal de Maceió. Pioneiros nesse serviço na região, Fight e os outros profissionais da areia comandam aulas diárias (R$ 30, a hora), cujas maiores dificuldades para os iniciantes são os períodos de maré cheia e ventos mais fortes. Já o complexo windsurfe (R$ 60/h) exige, ao menos, cinco horas para o aprendiz ter melhor controle sobre a prancha a vela.

A melhor época para a prática de esportes na praia, segundo instrutores locais, vai de novembro a março. Devido às poucas ondas e melhores condições de vento, as enseadas de Maceió mais procuradas pelos praticantes do kitesurfe são as da Pajuçara, Ponta Verde e da Jatiúca, todas na orla urbana da capital de Alagoas. A melhor temporada para a prática do esporte vai de outubro a março, quando predomina o vento nordeste, mais limpo e constante.

Com três a oito horas de aulas, aproximadamente, é possível aprender lições sobre equipamentos, montagem da pipa, segurança, técnicas de velejo e práticas em águas rasas. Já os caiaquistas iniciados, que costumam remar até a Pedra Virada ou às piscinas naturais de Pajuçara, a 1,2km do ponto de partida, contam com boas condições, durante o ano todo, uma vez que se trata de um esporte com mais estabilidade no mar. E dá até para perder o medo de passar vergonha, pois a maioria dos alunos é de turistas de primeira remada.

Se navegar naquelas águas não é a sua praia, a cidade convida também para ser explorada com brisa no rosto. De um lado, mar turquesa; do outro, atrações cosmopolitas do animado calçadão que acompanha as praias mais urbanas de Maceió. A beira-mar Silvio Viana, em Ponta Verde, é exclusiva para pedestres e ciclistas das 8h às 16h, nos domingos. O projeto Pedala Maceió (pedalamaceio.com.br) tem três estações de aluguel de bicicletas e triciclos, das 7h às 22h, em três pontos principais da orla urbana (Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara). O aluguel saem a partir de R$ 14 por hora.

Com praias de baía quase sem ondas, devido à barreira de corais na praia de Ponta Verde, a capital de Maceió também entrou no ritmo do inusitado SUPilates, modalidade de remo sobre pranchas que une SUP e pilates. Deitado na prancha de flutuação, os praticantes experimentam exercícios de pilates enquanto se equilibram. Além do desenvolvimento de uma série de músculos e partes do corpo, o esporte oferece também os benefícios cardiovasculares e terapêuticos do SUP no oceano.

PARA IR MAIS A FUNDO

Considerado um dos melhores do Brasil, o mergulho autônomo em Maceió é marcado por características como menor incidência de vento, mar mais tranquilo (exceto em dias de ventos fortes que cancelam todas as operações), temperatura média de 27°C e visibilidade de até 30 metros, aproximadamente.

A temporada de mergulho em Maceió vai de dezembro a março. Os meses de inverno não são recomendados para mergulhar em Maceió, entre junho e agosto, quando os ventos deixam a água mais mexida e com baixa visibilidade. Com quatro naufrágios para serem explorados por mergulhadores, o mar de Maceió se caracteriza pela abundância de recifes, solo arenoso que ajuda na alta visibilidade e vida marinha formada por animais como raia-chita, tartaruga-verde, cardumes de barracuda, beijupirá e enxada. Entre os principais pontos de mergulho estão o Cabeço e o Eufrásio, recife triangular a seis milhas da costa, habitado por sargentos, mariquitas e garoupas.

No litoral sul do estado, a famosa Praia do Francês, no município de Marechal Deodoro, também pode ser explorada sob a água. Os mergulhos no Canal do Francês acontecem a dez metros de profundidade e com águas a convenientes 27°C de temperatura, entre formações rochosas como a laje que fica bem na entrada do canal, com rica vida marinha como imensos cardumes de sardinhas, os sociáveis enxadas, além de polvos, lagostas, moreias e raias.

Mais ao sul do litoral alagoano, a cidade de Roteiro, a menos de 50km de Maceió, guarda a mais cobiçada das faixas de areia de todo o estado: a Praia do Gunga, uma espécie de península arenosa que separa o mar e a Lagoa do Roteiro. Ali, os mais intrépidos veem a densa sequência de coqueiros sob outra perspectiva como o flyboat, bote inflável acoplado a uma asa-delta motorizada que faz sobrevoos; e o flyboard, a mais recente brincadeira para marmanjos arrojados, em que o banhista veste uma prancha com botas de wakeboard, que o eleva a até 18 metros de altura, impulsionado por uma mangueira conectada a um jet ski que lança água para debaixo da prancha.

De corais e piscinas a falésias

Temporada vai, temporada vem, e a Costa dos Corais parece seguir alheia à massificação que altera a rotina de outros endereços litorâneos do Nordeste. Não se pode negar que as congestionadas piscinas de Maragogi ainda são o atrativo mais popular dessa região que recebe, diariamente, ônibus lotados de turistas que vão passar o dia ali. Mas o litoral norte de Alagoas não é, definitivamente, para viajantes com pressa.

Num ponto equidistante entre Recife e Maceió, a Costa dos Corais é uma área de 130km de faixas de areia que nunca se sabe se é piscina com cara de praia ou praia com cara de piscina. Segundo destino alagoano mais visitado no estado, depois da capital, Maragogi é conhecida como o Caribe brasileiro, tem a maior sequência de corais do país e abriga uma das mais invejadas visibilidades marinhas do nosso litoral.

TAPETE DE ÁGUA LISA A 6KM DA COSTA

Ainda assim, consegue ser um destino discreto e rústico, sem títulos imponentes. Mas não tem como escapar. As Galés de Maragogi, como são chamadas as piscinas naturais em alto-mar, a 6km da costa, são atração básica. Trinta minutos depois da navegação a bordo dos barcos que saem do restaurante Frutos do Mar, o visitante descobre que os 50 tons de azul do mar são insuficientes para descrever aquele tapete de águas lisas, cercadas por barreiras coralinas e habitat de 20 espécies de peixes e corais.

Com limite para 720 visitantes por dia, incluindo tripulantes, as Galés são endereço de mergulhos guiados com cilindro para mergulhadores de primeira viagem sem certificação.

— Só precisa pagar e respirar — brinca um dos tripulantes, enquanto despeja uma acelerada sequência de instruções a seguir naquelas águas que formam a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, com mais de 400 mil hectares, distribuída por 13 municípios, entre o norte de Alagoas e o sul de Pernambuco.

Conhecida como “mergulho conduzido”, a experiência leva banhistas, por 15 minutos, a até cinco metros de profundidade (com cilindro e tudo), acompanhados de monitores que conduzem o passeio entre corais, pequenas cavernas e cardumes coloridos. Para esses atrativos de visibilidade única, evite visitar a região de maio a agosto, quando o excesso de chuvas altera os tons das águas cristalinas.

CAMINHADA NA TRILHA DO VISGUEIRO

Mas quem fica mais um dia nesse lugar tranquilo, que aprendeu a dar as costas para a vida noturna, consegue incluir no programa um roteiro de buggy (R$ 240 para grupos de 4 pessoas) com 46km de extensão, que passa pelas praias mais isoladas dos litorais norte e sul de Maragogi, como a escandalosa Antunes e Praia de Peroba, onde o Rio Persinunga encontra o mar, formando bancos de areia, na divisa de Alagoas e Pernambuco.

Na contramão do turismo de praia, Maragogi surpreende também em terras interiores, como a Trilha do Visgueiro. Localizada no assentamento Água Fria, em área de uma usina de cana-de-açúcar desativada, essa caminhada tem 6km de extensão, aproximadamente, leva duas horas para ser concluída, entre trechos de Mata Atlântica que cruzam exemplares de visgueiros, como o maior deles que chega a 22 metros de altura e tem mais de 500 anos de vida.

A trilha, de dificuldade média, só deve ser feita com o acompanhamento de guias credenciados, já que acontece entre mata densa e fechada, com muitos obstáculos e diversos desvios que podem confundir quem não conhece a região.

O turismo de experiência nesse assentamento agrário do setor rural de Maragogi inclui o projeto “Mulheres de fibra” que, ao ar livre e debaixo da sombra de árvores, transforma a fibra de bananeira em peças artesanais como passadeiras, jogos americanos, abajures e bolsas.

Isolamento, com hotéis-butique
Maré baixa: piscina natural na Praia do Marceneiro, recortada por corais, bem perto da praia - Eduardo Vessoni


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A Rota Ecológica já nem é novidade entre viajantes mais antenados em busca de destinos exclusivos, mas certos segredos parecem feitos para ficarem escondidos. O roteiro é endereço de praias que dispensam apresentações, como São Miguel dos Milagres e Praia do Toque, ambos no município de São Miguel dos Milagres, e Patacho, em Porto de Pedras.

Localizadas na Costa dos Corais, as praias da Rota Ecológica são mais do que outra opção de piscinas naturais (mais vazias por aqui) ou faixas de areia de visual cenográfico. A rota de menos de 50km de extensão, que inclui também o município de Passo de Camaragibe, ganhou fama por seu isolamento e pelo alto padrão de hotéis-butique com tratamento quase personalizado.

A praia de São Miguel, uma das atrações mais famosas desse povoado de pescadores, fica a 93km de Maceió e se destaca com suas exclusivas pousadas “pé na areia”.

Mesmo com a popularidade, o destino ainda guarda praias desertas e uma população que mal aprendeu a ver turista passando na porta de casa. E tem viajante experiente que jura que, passados 15 anos do descobrimento do potencial turístico da região, tudo parece como antes.

AREIA VIRGEM PARA A CANGA

Sem acesso para carros, uma característica da maioria das atrações naturais da região, a Praia do Toque é conhecida por sua longa extensão de areia, recortada por coqueiros, e por piscinas naturais que surgem bem perto da praia, na maré baixa.

Destaques ainda para o passeio em jangadas para observação do peixe-boi, em manguezais do Rio Tatuamunha, em São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras. Mas se a proposta é estender a canga em areias virgens, cuja única companhia será a de poucos pescadores que voltam do mar, a Praia do Marceneiro, em Passo de Camaragibe, é a próxima parada.

As jangadas de madeira não são tão rápidas quanto os ventos que agitam a região, mas levam à sequência de impressionantes piscinas naturais recortada por corais, bem perto da praia. De águas mansas e rasas, qualquer lugar em que se desembarque, em Marceneiro, sempre dará praia. Na mesma rota, é possível navegar até a foz do Rio Camaragibe, onde nunca se sabe se é o mar que vira rio ou o contrário, e visitar a deserta Praia dos Morros, rodeada por falésias e de ondas fortes.

Conhecida pelo alto padrão discreto de sua hotelaria, a Praia do Marceneiro guarda duas opções de hotel que fazem a gente achar que acaba de chegar na casa de um velho conhecido. Dirigida pela simpática Marileusa, a Pousada Marceneiro (pousadamarceneiro.com.br) tem oito quartos com entradas tanto por seu interior quanto pelo “jardim pé na areia”, que dá acesso exclusivo à praia, e uma cozinha comandada pela própria proprietária, de onde saem pratos simples como o filé de peixe com banana, que chega à mesa com cara de comida de mãe.

Quando falta opção de passeio, Marileusa sempre dá um jeito de largar tudo na pousada para levar hóspedes, em seu próprio carro, para ver o pôr do sol na praia de água doce do Rio Camaragibe, a cinco minutos dali.

COZINHANDO COM OS AMIGOS

O casal de arquitetos argentinos Daniel e Blanca são os donos da vizinha Pousada Infinito Mar (pousadainfinitomar.com.br), que tem cinco bangalôs de estilo mediterrâneo, decorados pelos donos, e um jardim de frente para o mar com sete mil metros quadrados.

Da cozinha, onde os hóspedes podem preparar refeições com o casal, saem pratos (inclusive para quem não está hospedado) como moqueca, lagosta e peixe marceneiro grelhado com creme de maracujá e arroz indiano.

— Gostamos da paz dessa região inexplorada, afastada da civilização — diz Blanca.

À mesa, macarajé de siri
Macarajé: mandioca e carne de siri na Vila Chamusca - Eduardo Vessoni

Maceió tem se firmado com um dos polos gastronômicos e inusitados da cozinha nordestina. Enquanto restaurantes moderninhos disputam clientes no bairro Stella Maris, o Vila Chamusca (82-3355-1639) se esconde no alto de um morro do bairro de Ipioca, a 20km dali. A casa leva à mesa comida internacional desgourmetizada, com sabor regional, como o macarajé, acarajé de macaxeira e recheio de carnes de siri, camarão e bacalhau; e risoto de camarão no cesto de queijo parmesão.

Destaques para as caipirinhas cítricas com maracujá, abacaxi, limão e hortelã; e o Lampião e Maria Bonita, sobremesa com mel de engenho no pudim de queijo coalho com goiabada.

Já o SUR Restaurante (sur artegastronomica.com.br) apresenta menu degustação de até 11 pratos. Tudo o que chega à mesa, parece, mas não é. Nesse restaurante lúdico, há pratos como o hot dog de lagosta com maionese prima-donna e macaxeira palha; carpaccio de queijo coalho; e tapioquinha de bacalhau com tintas comestíveis. Lá fora, um food truck da casa oferece vários tipos de hambúrgueres, um blend de contra-filé, cupim e picanha, servidos com inovações como catchup de goiabada.

Para refeições mais rápidas, o Bodega do Sertão (bodegadosertao.com.br) tem um bufê de mais de 50 pratos. Entre os destaques, arroz com queijo coalho, pantim (mandioca, carne seca e queijo coalho derretido) e tapiocas em forma de coração, servidas a la carte, na cafeteria da casa.

O delicado bordado de filé


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O mar bem na porta de casa inspira não só a prática de esportes, mas também a confecção de uma das técnicas mais tradicionais, em Pontal da Barra, no litoral sul de Maceió. Inspirado no trançado cuidadoso das redes de pescadores, o bordado de filé é um cuidadoso trabalho que combina fios sobre fios, em uma malha de espaçamento pequeno, que se transforma em peças coloridas, como toalhas e roupas.

Declarado Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas, o filé (do francês filet, que significa “rede”) tem origem nos trabalhos de filezeiras de Minho, em Portugal, e da italiana Pistoia, na Toscana. Aqueles delicados trabalhos, que podem levar mais de uma semana para serem finalizados, chegaram à região durante o período colonial e ganharam influências do trançado indígena local, como objetos feitos com fibras vegetais.

— É a mesma técnica, mas o pescador usa nylon e nós usamos algodão — explica a artesã Petrúcia Ferreira Lopes, vice-presidente do Instituto do Bordado Filé da Região das Lagoas Manguaba e Mandaú.

Das janelas onde eram expostas, inicialmente, as peças foram ocupando as ruas do Pontal da Barra que, atualmente, concentra grande número de lojas bem decoradas que atraem compradores do mundo todo. E enquanto Petrúcia vai entrelaçando aquele mundo de pontos coloridos, a região vê passar os barquinhos que realizam o Passeio das 9 Ilhas, finalizado com o pôr do sol sobre a Lagoa Mundaú, uma das atrações turísticas do destino.

SERVIÇO

Onde ficar

MACEIÓ

Jatiúca Resort. Com 96 quartos, piscinas, circuito de arvorismo e tirolesa. Diárias a partir de R$ 700. hoteljatiuca.com.br

MARAGOGI

Areias Belas. 34 suítes com varanda. A partir de R$ 352. hotelareiasbelas.com.br

Pousada Barra Velha. Pé na areia, na Praia de Peroba, 29 suítes e chalés. Diárias a partir de R$ 270. pousadabarravelha.com.br

Passeios

MACEIÓ

Informações turísticas. maceio.al.gov.br/turismo

SUP, caiaque e windsurfe. Ponta Verde. Fight: (82) 98826-2924; Cebola: (82) 98713-0767; Zeca (82) 99665-0227; SUP Fisio Fitness: (82) 9909-3737.

Mergulho. Let’s Dive (letsdive.com.br).

PRAIA DO FRANCÊS

Mergulho. Eco Scuba (ecoscubamaceio.com.br).

MARAGOGI

Piscinas naturais. Explorer Diving&Adventure: mergulho com equipamento, R$ 100. Tel. (82) 9361-6449.

Trilha do Visgueiro. R$ 30 (costadoscoraisalagoas.com.br; costazulturismo.com.br).

Rota Ecológica. associacaopeixeboi.com.br



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