"A capital portuguesa também é destino de interessados por arte urbana.
O hotel Ritz, da rede Four Seasons
Poucos lugares no mundo conseguem manter passado e presente em perfeita sintonia. Lisboa tem esse dom: transpira tradição e nostalgia, mas é, ao mesmo tempo, vibrante, jovem e cosmopolita. Enfim, o que a cidade tem de tão especial? A hospitalidade lisboeta e uma capacidade inesgotável de surpreender. Como se cada parede tivesse essa missão.
É o caso do hotel Ritz Lisboa. Construído nos anos 1950, ele se mantém imponente. Entre os quase 300 quartos, uma coleção de arte que qualquer museu invejaria. Mas Lisboa não é feita apenas de obras tradicionais como as do Ritz. Vhils, Jef Aerosol, OSGEMEOS e Sam3 são alguns dos artistas que a transformamem uma exposição a céu aberto. A zona doIntendente e Mouraria se converteu em gueto mouro após a independência de Portugal e foi, por séculos,
vista como área marginal.
Vista para o Altis Belém Hotel
Livraria do centro cultural LX Factory
Hoje, no entanto, é o bairro mais hipster da cidade e virou ponto de encontro de artistas que deixam rastros por todos os lados: procure pela instalação Kit Garden, de Joana Vasconcelos, e pelas fotografias de Camilla Watson. Do topo da colina, através da parede envidraçada do Café da Garagem, no Teatro Taborda, é possível observar a região apreciando um vinho.
A Cervejaria Ramiro continua a ter fila na porta – eterna referência dos amantes de marisco. Não muito longe dali, a loja A Vida Portuguesa é uma viagem aos anos 1940 e 1950. Compre de panelas a tecidos, de sabonetes a bebidas que há muito desapareceram dos supermercados.
Contêineres do Village Underground, que servem como espaços para exposições e café
Alfama é o outro bairro centenário, mas não para de se renovar graças a projetos como o restaurante Boi-Cavalo, da dupla Hugo Brito e Pedro Duarte. Já imaginou mexilhão e torresmos no mesmo prato? Os chefs acertam nas misturas improváveis. Irreverente e elegante, o terraço do hotel Memmo Alfama é um dos mais procurados de Lisboa, pois tem uma atrevida piscina vermelha que se volta para o Tejo ao lado de uma obra de Vhils.
Vista da casa noturna Lux
A mítica casa noturna Lux, por sua vez, foi eleita uma das 25 melhores da Europa e tem o ator John Malkovich entre os investidores. O restaurante Bica do Sapato, também com dedo de Malkovich, fica a poucos passos e oferece sabores mediterrânicos e japoneses, com vista para o Cais da Pedra.
Poucos lugares no mundo conseguem manter passado e presente em perfeita sintonia. Lisboa tem esse dom: transpira tradição e nostalgia, mas é, ao mesmo tempo, vibrante, jovem e cosmopolita. Enfim, o que a cidade tem de tão especial? A hospitalidade lisboeta e uma capacidade inesgotável de surpreender. Como se cada parede tivesse essa missão.
É o caso do hotel Ritz Lisboa. Construído nos anos 1950, ele se mantém imponente. Entre os quase 300 quartos, uma coleção de arte que qualquer museu invejaria. Mas Lisboa não é feita apenas de obras tradicionais como as do Ritz. Vhils, Jef Aerosol, OSGEMEOS e Sam3 são alguns dos artistas que a transformamem uma exposição a céu aberto. A zona doIntendente e Mouraria se converteu em gueto mouro após a independência de Portugal e foi, por séculos,
vista como área marginal.
Vista para o Altis Belém Hotel
Livraria do centro cultural LX Factory
Hoje, no entanto, é o bairro mais hipster da cidade e virou ponto de encontro de artistas que deixam rastros por todos os lados: procure pela instalação Kit Garden, de Joana Vasconcelos, e pelas fotografias de Camilla Watson. Do topo da colina, através da parede envidraçada do Café da Garagem, no Teatro Taborda, é possível observar a região apreciando um vinho.
A Cervejaria Ramiro continua a ter fila na porta – eterna referência dos amantes de marisco. Não muito longe dali, a loja A Vida Portuguesa é uma viagem aos anos 1940 e 1950. Compre de panelas a tecidos, de sabonetes a bebidas que há muito desapareceram dos supermercados.
Contêineres do Village Underground, que servem como espaços para exposições e café
Alfama é o outro bairro centenário, mas não para de se renovar graças a projetos como o restaurante Boi-Cavalo, da dupla Hugo Brito e Pedro Duarte. Já imaginou mexilhão e torresmos no mesmo prato? Os chefs acertam nas misturas improváveis. Irreverente e elegante, o terraço do hotel Memmo Alfama é um dos mais procurados de Lisboa, pois tem uma atrevida piscina vermelha que se volta para o Tejo ao lado de uma obra de Vhils.
Vista da casa noturna Lux
A mítica casa noturna Lux, por sua vez, foi eleita uma das 25 melhores da Europa e tem o ator John Malkovich entre os investidores. O restaurante Bica do Sapato, também com dedo de Malkovich, fica a poucos passos e oferece sabores mediterrânicos e japoneses, com vista para o Cais da Pedra.
O restaurante Bica do Sapato
Na zona da Baixa e Chiado, idealizada por Marquês de Pombal pós-terremoto de 1755, prove os doces da Confeitaria Nacional, o licor da Ginginha Sem Rival, os pastéis de nata da Manteigaria União e os vinhos da Garrafeira Nacional – ode às tradições portuguesas! Na rua da Assunção, o Brown’s Central Hotel destaca-se pelos 40 quartos repletos de peças assinadas por Charles e Ray Eames, Arne Jacobsen e Eero Saarinen.
A estrela do bairro, no entanto, é (literalmente) o restaurante Belcanto, do chef José Avillez, com duas estrelas Michelin. Se não conseguir reservar uma mesa, não entre em pânico. Avillez tem outros endereços por perto: Cantinho do Avillez, Pizzaria Lisboa, Café Lisboa e Mini Bar.
Antes de seguir até Belém, não deixe de visitar o Museu do Design e da Moda – MUDE – que até 7 de fevereiro expõe o design português produzido entre 1960 e 1974 – e oMercado da Ribeira, uma iniciativa da revista Time Out, onde você pode comprar peixes numa filial do Sea Me ou provar pratos de chefs como Alexandre Silva (da Bica do Sapato) em um mercadão ultracontemporâneo.
Na zona da Baixa e Chiado, idealizada por Marquês de Pombal pós-terremoto de 1755, prove os doces da Confeitaria Nacional, o licor da Ginginha Sem Rival, os pastéis de nata da Manteigaria União e os vinhos da Garrafeira Nacional – ode às tradições portuguesas! Na rua da Assunção, o Brown’s Central Hotel destaca-se pelos 40 quartos repletos de peças assinadas por Charles e Ray Eames, Arne Jacobsen e Eero Saarinen.
A estrela do bairro, no entanto, é (literalmente) o restaurante Belcanto, do chef José Avillez, com duas estrelas Michelin. Se não conseguir reservar uma mesa, não entre em pânico. Avillez tem outros endereços por perto: Cantinho do Avillez, Pizzaria Lisboa, Café Lisboa e Mini Bar.
Antes de seguir até Belém, não deixe de visitar o Museu do Design e da Moda – MUDE – que até 7 de fevereiro expõe o design português produzido entre 1960 e 1974 – e oMercado da Ribeira, uma iniciativa da revista Time Out, onde você pode comprar peixes numa filial do Sea Me ou provar pratos de chefs como Alexandre Silva (da Bica do Sapato) em um mercadão ultracontemporâneo.
A loja A Vida Portuguesa
Vista da sala expositiva no MUDE, que abre, neste mês, mostra sobre o design português
Quer passar a noite pelo bairro? O Musicbox fica em uma “caverna” embaixo de uma ponte que foi locação para o filme O Estado das Coisas, de Wim Wenders. Fique de olho na programação e confira desde shows de indie rock até ritmos africanos.
Se você gosta de arte urbana, precisa passear por Alcântara e Belém. Observe ao redor e “esbarre” em intervenções de artistas como Gonçalo MAR. Nos centros culturaisVillage Underground e LX Factory você poderá conferir a maior representação de arte urbana por metro quadrado da cidade.
Vista da sala expositiva no MUDE, que abre, neste mês, mostra sobre o design português
Quer passar a noite pelo bairro? O Musicbox fica em uma “caverna” embaixo de uma ponte que foi locação para o filme O Estado das Coisas, de Wim Wenders. Fique de olho na programação e confira desde shows de indie rock até ritmos africanos.
Se você gosta de arte urbana, precisa passear por Alcântara e Belém. Observe ao redor e “esbarre” em intervenções de artistas como Gonçalo MAR. Nos centros culturaisVillage Underground e LX Factory você poderá conferir a maior representação de arte urbana por metro quadrado da cidade.
O Mercado da Ribeira, idealizado pela Time Out
Se a palavra de ordem é “sofisticação”, hospede-se no Altis Belém Hotel, eleito, em 2015, o melhor design hotel do país. Vale reservar, ainda, algumas horas para conhecer oCCB, que
tem, no acervo, obras de Salvador Dalí, Francis Bacon, Pablo Picasso, Marcel Duchamp e Roy Lichtenstein. Para completar o tour na região, visite o Museu Nacional dos Coches, concebido
por Paulo Mendes da Rocha.
Em uma construção suspensa que une público e privado, a coleção é composta por viaturas
de gala e de passeio dos séculos 16 a 19, em sua maioria provenientes da Casa Real Portuguesa, a que se acrescentaram veículos vindos dos bens da Igreja e de coleções particulares.
Museu Nacional dos Coches, assinado por Paulo Mendes da Rocha
Durante a caminhada até a Torre de Belém, pela beira do Tejo, lembre-se dos portugueses que dali rumaramà conquista domundo e pare no restaurante Espaço Espelho d’Água, que ficaemumedifício construído em 1940 para a grande Exposição do Mundo Português. Deite-se numa espreguiçadeira, aproveite a vista e respire o coquetel de passado e presente que Lisboa oferece. Poucas cidades acertam tão bem nessa receita.
Se a palavra de ordem é “sofisticação”, hospede-se no Altis Belém Hotel, eleito, em 2015, o melhor design hotel do país. Vale reservar, ainda, algumas horas para conhecer oCCB, que
tem, no acervo, obras de Salvador Dalí, Francis Bacon, Pablo Picasso, Marcel Duchamp e Roy Lichtenstein. Para completar o tour na região, visite o Museu Nacional dos Coches, concebido
por Paulo Mendes da Rocha.
Em uma construção suspensa que une público e privado, a coleção é composta por viaturas
de gala e de passeio dos séculos 16 a 19, em sua maioria provenientes da Casa Real Portuguesa, a que se acrescentaram veículos vindos dos bens da Igreja e de coleções particulares.
Museu Nacional dos Coches, assinado por Paulo Mendes da Rocha
Durante a caminhada até a Torre de Belém, pela beira do Tejo, lembre-se dos portugueses que dali rumaramà conquista domundo e pare no restaurante Espaço Espelho d’Água, que ficaemumedifício construído em 1940 para a grande Exposição do Mundo Português. Deite-se numa espreguiçadeira, aproveite a vista e respire o coquetel de passado e presente que Lisboa oferece. Poucas cidades acertam tão bem nessa receita.
A entrada do Musicbox, que fica em uma “caverna” embaixo de uma ponte."
Fonte: Casa Vogue
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