segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Reflexões de Fim de Ano por Sylvio Schreiner


    Ao término de um ano geralmente temos o hábito de fazer reflexões. Muitas pessoas usam essas reflexões de maneira cruel: sentem-se mal e fracassadas em relação à própria vida e desanimadas sobre o que acontece na sociedade. Utilizam-se das experiências de vida para se ressentirem. Só que isso é puro impulso destrutivo. Devemos ser realistas, e não destrutivos, quando fazemos nossas reflexões.
  Este ano tivemos muita violência mundo afora e muita corrupção nesse nosso país. Corrupção que pode ser tão ou até mais destrutiva que muitos ataques terroristas. Desastres ecológicos de enormes proporções destruíram muitas famílias e o ambiente. Fora as noticias de assaltos, estupros e violência gratuita que nem contabilizamos mais. Tudo isso é motivo para nos desanimarmos e perdermos a esperança de que algo bom posso advir desse bicho chamado homo sapiens ou desse mundo.
  Entretanto, tivemos casos, nesse mar de más estatísticas, de pessoas honestas e comprometidas com um mundo melhor. Gente solidária que correndo riscos ajudam outros a crescerem. 
  No Oriente Médio há pessoas lutando para que meninas possam estudar e não só os meninos. Há vizinhos que salvaram vidas com seu bom coração em todo o lugar do Brasil. Pessoas lutando por uma vida melhor e por menos roubalheira e pouco caso. Há os que também tornam a vida dos animais mais digna, protegendo-os dos maus tratos. Há boas notícias, mas nos esquecemos delas.

  Isso, de nos esquecermos do que é bom, ocorre porque damos muito mais valor ao que é ruim. Nossos valores estão deturpados. Nos perdermos em trocas de acusações, cada um, cada grupo se achando donos da verdade, que não mais sabemos conversar, respeitar e cuidar. Digo sempre que não é a política que precisa mudar apenas, nem as relações sociais, nem as religiões, mas a maneira que nos relacionamos conosco e com os outros. O resto é consequência.       

  Nada adianta promover revoluções sociais se a mente é a mesma e tudo se repete. Precisamos da revolução da mente e esta não requer violência, mas a capacidade para pensarmos sobre como vivemos. Precisamos aprender a pensar sobre o que fazemos com nossas vidas.

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