terça-feira, 29 de setembro de 2015

Pensamento para o dia



Salmos - 119:91
Tudo subsiste perpetuamente pelos vossos decretos, porque o universo vos é sujeito.

Como a pesquisa de um universitário nepalês ajudou a Nasa a 'descobrir água em Marte'


'Golpe de sorte'

Nascido em Katmandu, no Nepal , Lujendra era fã de ficção científica e sonhava inventar uma máquina do tempo quando criança, segundo o portal de notícias da rede americana CNN.

A descoberta sobre Marte aconteceu durante um projeto que ele desenvolvia com o professor Alfred McEwen, membro da equipe de pesquisadores do MRO e professor de geologia planetária na Universidade do Arizona.

Investigando, com a ajuda de um algoritmo, imagens das mudanças sazonais em canais de Marte, que podem ser resquícios da presença de água no passado, Lujendra percebeu manchas irregulares diferentes.

"Quando eu as vi pela primeira vez, não tinha ideia do que eram. Achava que eram apenas traços criados pela poeira ou algo assim. Foi um golpe de sorte", disse ele à CNN em 2011, quando apresentou, como coautor, seu primeiro estudo sobre o tema.

Após meses de pesquisas, a equipe de McEwen descobriu que as manchas encontradas por Lujendra eram a primeira evidência de que água líquida salgada poderia existir na superfície do planeta.

O cientista nepalês é, agora, o principal nome no estudo que traz o que pode ser a notícia mais significativa do ano para a exploração espacial.

Na sua página pessoal, Lujendra aparece tocando guitarra em uma banda de rock, mostra suas fotos de cachoeiras e montanhas no Instagram e dá explicações espirituais para sua atração pela pesquisa científica.

"Com o profundo conhecimento de que sou corpo e mente unificados compostos de poeira estelar, eu não estou fazendo ciência. Estou apenas tentando entender minha gênese e compartilhar esse conhecimento."

Fonte:BBC

A FACE HERÓICA DO BRASILEIRO SEBASTIÃO SALGADO


publicado em cinema por Juliana Radler


Reflexões sobre o documentário "O Sal da Terra", de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, sobre a vida e a obra do fotógrafo Sebastião Salgado.



A trajetória de vida do fotógrafo Sebastião Salgado é um convite à coragem. É também um excelente motivo para nós brasileiros acostumados a babar ovo de gringo, nos orgulharmos de ter um artista do calibre de Salgado com a nacionalidade verde e amarela. Do ponto de vista humano, ligo a mínima se a pessoa é brasileira, alemã, australiana ou chinesa. O que importa é o ser humano.

Porém, sabemos que um dos nossos piores traços de personalidade cármica coletiva é a baixa auto-estima. Brasileiro acha que tudo o que vem dos Estados Unidos ou da Europa é melhor. Que devemos copiar e seguir uma receita estrangeira. Assim foi desde a colonização. Nunca tivemos um Brasil olhando para seu próprio corpo Nação para ver se a mini saia cabia ou se seria vítima da moda feita para outros moldes. Vivemos de ternos escuros no verão de Manaus, Belém e Rio de Janeiro. O que nos resta é suar em bicas sonhando em voltar para a gaiola refrigerada.

Salgado saiu dessa gaiola. Sua coragem de se lançar em jornadas radicais para mostrar realidades duras e vidas marcadas por guerras e condições injustas lhes deram o título de um dos mais importantes fotógrafos de temática social do mundo contemporâneo. Mundo esse ditado pela imagem, cuja força ultrapassa muitas palavras nestas redes de bits.



Suas vivências na África o marcaram profundamente, como revela o documentário Sal da Terra, dirigido pelo alemão Win Wenders, um fã declarado de Salgado, e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado. Narrador do filme, Wenders inicia sua fala dizendo que Sebastião é um homem que realmente “se importa com o ser humano”. Sem sensacionalismo ou pitadas dramáticas desnecessárias, o filme mostra a valentia de Salgado em permanecer em zonas de conflito e acampamentos de refugiados onde a morte era tão presente quanto o ar que respiramos. Epidemias de cólera e de violência massacraram povos inteiros e o fotógrafo esteve ali para mostrar ao mundo a tragédia do Sahel.



Agora que vivenciamos a maior crise humanitária de todos os tempos, com 60 milhões de refugiados em todo o mundo, segundo a ONU, fica revelado ainda mais o caráter sensível e visionário do seu trabalho. Todos os fluxos migratórios decorrentes de guerras, fanatismo religioso, falta de água e perseguições políticas de toda a sorte foram mostradas por Salgado, tanto no sofrido continente africano, como no rico europeu, com a guerra na ex-Iugoslávia. Somente alguém abnegado, que se entrega de corpo e alma ao seu trabalho, pode conquistar tamanha profundidade e beleza. Uma beleza que encontra o simples e que dali não tem mais para onde ir, pois tudo foi atingido.

Seus livros relatam o mundo que vivemos hoje. Seu último trabalho, Gênesis, traz um sopro de esperança ao mostrar paisagens ainda intocadas, onde a natureza, o ser humano e os animais vivem como nos dias da criação. Aliás, com as imagens de Gênesis voltamos a respirar na projeção (do filme e da vida) e ter esperança depois de tantas imagens impactantes de morte e injustiça. E para Salgado foi um novo mundo a explorar, menos focado nas expressões humanas, e mais voltado para a beleza dos animais e das paisagens naturais.

Depois do que viu e viveu no Sahel, na África, Sebastião Salgado se retirou. Seu trabalho havia atingido o ponto máximo. E toda crueldade e barbárie que presenciou e fotografou o deixou abatido e triste. Após esse tempo de recolhimento, veio a ideia de replantar toda a área da fazenda de sua família, onde cresceu na cidade de Aimorés, em Minas Gerais. Seca e árida por muitos anos devido à criação de gado, a fazenda de 709 hectares abriga hoje um dos maiores projetos ambientais privados do Brasil, o Instituto Terra.

A lição do fotógrafo que tornou-se ambientalista é de que onde há floresta, há água. E assim o Instituto investe no plantio de mudas e no viveiro de espécies de Mata Atlântica, contabilizando 4 milhões de mudas cultivadas. Ao lado de sua mulher e parceira de trabalho, Lélia Wanick Salgado, Sebastião vem trabalhando para recuperar a região do Vale do Rio Doce, entre os estados de Minas e Espírito Santo, trazendo o Rio Doce e as florestas de volta à vida .



Win Wenders e Juliano captam poeticamente o espírito de Salgado, mostrando a interação do fotógrafo com as árvores que passou a cultivar e amar. O documentário é um retrato do artista, do fotógrafo e sobretudo do homem corajoso, capaz de mergulhos e mudanças profundas. A todos nós humanos, é inspirador o seu trabalho e seu exemplo de vida. E em especial para nós brasileiros, um motivo verdadeiro de orgulho. Vida longa ao Instituto Terra e que muitos outros “Terras” brotem nesse Brasil de águas e florestas.



© obvious

Preciso...

 ... da essência dos sonhos,
 de muita sabedoria,
e de livros.

Seres dotados de virtudes



"Somos seres dotados de virtudes, anseios e sonhos inacabados. 
As melhores coisas estão dentro de nós. Onde os desejos não precisam de razão, nem os sentimentos de motivos, 
o que eles precisam é de perseverança e coragem para lutar e seguir em frente buscando a concretização dos mesmos.


Profª Lourdes Duarte

domingo, 27 de setembro de 2015

É hoje,27 de setembro de 2015, dia que além da Super Lua, teremos um Eclipse Lunar Total!





Muitos observadores chamaram a Lua Cheia do final de agosto de Super Lua, isso porque foram menos de 24 horas que separaram o momento em que ela ficou 100% iluminada (cheia) e o momento do perigeu (máxima aproximação com a Terra). E se essa Lua Cheia já chamou a atenção de muita gente, hoje, dia 27 de setembro de 2015 será ainda melhor! Mas por que?

A Lua Cheia de 27 de setembro estará a menos de uma hora da máxima aproximação da Lua com a Terra, portanto, ela parecerá ainda maior no céu noturno, e pra fechar com chave de ouro, nessa mesma noite teremos um Eclipse Lunar Total! Serão dois grandes eventos astronômicos numa única noite! Além do mais, pra tudo ficar ainda melhor, esse Eclipse Lunar Total do dia 27 de setembro de 2015 será visível em grande parte do mundo, inclusive em todo Brasil!



A imagem mostra a visibilidade do Eclipse Lunar Total
no dia 27 de setembro de 2015. As partes escuras do mapa
não poderão observar esse eclipse.
Créditos: NASA


Na internet encontramos informações de que esse Eclipse Lunar acontecerá no dia 28 de setembro, mas isso por que de acordo com o horário internacional (UTC) já será dia 28 de setembro. Mas não se engane, pois no Brasil será dia 27 de setembro.


Também conhecida como Lua de Sangue, esse Eclipse Lunar será o último da tétrade atual. O primeiro Eclipse da Tétrade aconteceu no dia 15 de abril de 2014; o segundo no dia 8 de outubro de 2014; o terceiro no dia 4 de abril de 2015, e o último será agora, no dia 27 de setembro de 2015. E se o tempo não ajudar, não se preocupe, pois teremos uma transmissão ao vivo !


O que é a Tétrade de Eclipses Lunares?

A Tétrade de Eclipses Lunares é uma série de quatro Elipses Lunares Totais que acontecem em uma determinada época. A última Tétrade foi em 2003 e 2004, e só acontecerão mais sete tétrades como essa no século atual.


Algo ruim vai acontecer no dia 27 de setembro de 2015?

Não. Será apenas mais um Eclipse Lunar Total, um evento que sempre ocorreu e continuará acontecendo em determinadas épocas. No passado remoto, quando a sociedade não tinha um bom entendimento dos eventos celestes, os Eclipses eram vistos como presságio de desastres, assim como os cometas. Além disso, um livro publicado 2013 por John Hagee, intitulado "As Quatro Luas de Sangue: Algo está prestes a mudar", fez com que superstições como essa ganhassem ainda mais força.



Eclipse Lunar Total 'Lua de Sangue' do dia 14 de abril de 2014
Créditos: NASA / Griffith Observatory



Na verdade, o termo Lua de Sangue se refere a tonalidade avermelhada que a Lua ganha em alguns Eclipses Lunares Totais (não em todos). Portanto, o correto seria chamar um Eclipse Lunar Total de "Lua de Sangue" apenas se ele já aconteceu, e se a Lua realmente ganhou a famosa coloração avermelhada, pois não há como ter certeza se isso vai ou não acontecer...



Então, se a Super Lua de agosto já chamou a sua atenção, prepare-se para a Super Lua com Eclipse Lunar Total do dia 27 de setembro, pois será um verdadeiro espetáculo!

Fonte:BBC

Você é um “Ledor”? Saiba a diferença entre leitor e essa estranha classificação.


 por Rafhael Peixoto


Este texto teve início em 2010, quando trabalhei como ledor no ENEM. Na época, não conhecia o que era o “ser ledor” e na internet era quase impossível encontrar elementos que esclarecessem as minhas dúvidas. Assim sendo, resolvi publicar o relato da minha experiência como forma de ampliar a visão que se tinha e permitir que outras pessoas pudessem ter um norte como referência. 
 Três anos se passaram e a literatura em torno da questão continua escassa ou marginalizada (as margens do foro principal). Hoje, o texto serve então a outro objetivo: apresentar a figura do ledor e o processo estabelecido perante o mesmo. Sem falar, é claro, na amplitude dada ao tema, trazendo novos olhares a partir do Literatortura.

A primeira grande questão a ser trabalhada é a diferença de papeis entre o ledor e o leitor, que causa certa estranheza. Todos nós somos leitores, no sentido mais amplo da palavra. Segundo Maria Helena Martins (1982), tem-se que compreender que cada indivíduo nasce capacitado para exercer a função de leitor. Os sentidos que são concebidos aos seres humanos aos nascer permitem conhecer o mundo, o aprendizado natural, aquele que nos coloca diante do desconhecido como receptores. “Na verdade o leitor pré-existe à descoberta do significado das palavras escritas” (Martins, Maria. 1982, pág 17). A inserção do individuo no âmbito escolar vem apenas ajudá-lo a conceber com maior clareza o signo linguístico, o código lingüístico de seu povo. O ledor, por sua vez, é aquele que lê em voz alta para um outro, neste caso, para os portadores de Deficiência Visual (DV). Assim, leitor e ledor realizam o ato da leitura. Neste processo, para além do ato de leitura do signo linguístico, é preciso que observemos outras questões, tais como velocidade, tempo, dicção, altura da voz, tonalidade das palavras – habilidades que podem ser desenvolvidas em algumas pessoas, mas que passará longe de tantas outras. Logo, não é todo leitor que pode se aventurar a ser ledor.

O trabalho como ledor é também um processo que necessita compromisso e dedicação por parte daqueles que assumem tal jornada – percebe que é preciso aperfeiçoar-se para tal? Ele deve estar relacionado aos objetivos de vida que vão além da necessidade corrente de curar a si mesmo de uma patologia, como a depressão, por exemplo, quando muitas pessoas buscam a cura através do trabalho voluntário. Assim, uma vez assumido a sua posição, o ledor, junto ao leitor, estabelecerão as relações que permitam o fluxo da leitura. A relação estabelecida entre os mesmos precisa ser de empatia, respeito e diálogo.

A questão acima, ou seja, como as pessoas se comprometem por motivos às vezes equivocados, foi uma das questões pontuadas por Robenildo Nascimento no documentário “Lendo Vozes”. A película fala sobre a relação entre o leitor x ledor e o processo estabelecido por ambos, trazendo depoimentos de pessoas com deficiência visual e ledores. Outra questão ainda pontuada pela mesma é o olhar social para a pessoa com deficiência visual. Destacada no documentário, a questão é apresentada quando o DV coloca que o trabalho como ledor permite ao individuo ressignificar o olhar para a pessoa cega. Em sua reflexão, ele questiona porque a pessoa cega ocupa este lugar no imaginário social, como uma figura que necessita de ajuda, e de como as pessoas pensam no DV como um ser não escolarizado. Acreditam, por exemplo, que a leitura se dará com revistas em quadrinhos e não com material teórico, não visualizando o portador de necessidades especiais cursando um mestrado, doutorado ou graduação.



Esta reflexão permitirá entender a necessidade do ledor para auxiliar o leitor deficiente visual na leitura de textos, bem como ser compreendida a partir do contexto social em que vivemos. Segundo a Fundação para cegos Dorina Nowill, no Brasil existem cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 528.624 pessoas cegas e 6.056.654 com grande dificuldade para enxergar. Apesar do elevado número de pessoas com deficiência visual, o que determina de certa forma a necessidade do papel do profissional ledor é a baixa produtividade de material em Braille e a difícil capacitação das pessoas para a sua leitura – através da escolarização. O sistema educacional não está preparado para recepcionar de forma adequada este público, assim sendo, muitas vezes a exclusão do individuo de um processo educativo amplo faz com que o nível de educação formal dado a estas pessoas seja baixo – isto não implica dizer que ela não exista. É preciso lembrar também que não é necessária apenas a inserção, mas que sejam dadas as ferramentas necessárias para a sua permanência – acessibilidade, treinamento dos professores, etc. Para além do material produzido em Braille, que é difícil de encontrar e armazenar, existem outras ferramentas tecnológicas utilizadas para captação do material escrito produzido. Existem programas, por exemplo, que fazem a leitura do texto escrito. O problema destas tecnologias, contudo, é a linearidade da leitura, diferente do ledor, que estará ali para ler, reler, alternar os parágrafos, dar ênfases e variação de vozes de acordo a necessidade do leitor.

Desta forma, é preciso compreender que, apesar das dificuldades encontradas e das limitações impostas pela deficiência visual, há um mundo que precisa e deve ser explorado por todos nós. Que percebamos a real necessidade de inserção deste público e que aprendamos a ver o mundo desta outra perspectiva.

Para encerrar a matéria – apesar de acreditar que ainda existam inúmeras colunas em branco neste assunto, tive essa semana à oportunidade de ver um vídeo chamado “As cores das flores”, que fala sobre a inserção do individuo com DV em escolas – muito interessante, por sinal, e que acredito ser capaz de nos ajudar a refletir não somente sobre esta temática, mas também sobre outros processos do cotidiano. Assistam:


TÉCNICAS DE LEITURA PARA LEDORES



TÉCNICAS DE LEITURA PARA LEDORES
(OS LEITORES DEFICIENTES VISUAIS)

Cristiano Marins Moreira
(UERJ, UniverCidade)



INTRODUÇÃO

A leitura é, incontestavelmente, um dos mais fortes instrumentos utilizados no processo de formação humana.

Ainda nos primórdios da humanidade, quando o homem adquiriu a capacidade de interpretar e/ou ler as figuras e códigos grafados nas rochas e paredes das cavernas, ele deu, inocentemente, o que seria o primeiro passo em direção a um mundo profundamente rico em informações escritas de onde provém grande parte do seu saber.

Quando ingressamos na escola, nosso principal objetivo é aprender a ler e a escrever. Meta esta, logo que atingida, nos oferece a oportunidade de obtermos uma infinidade de conhecimentos, através das várias manifestações e expressões humanas.

Sendo assim, este trabalho tem, por sua vez, o objetivo de mostrar como as pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual – as quais não podem ler grande parte do acervo escrito de nossa sociedade – fazem para transpor as dificuldades, a fim de serem incluídas com muito orgulho no fantástico mundo da leitura, graças à ajuda importantíssima de uma pessoa chamada de "ledor".

Além disso, este trabalho intenciona apresentar as principais técnicas utilizadas por estes ledores e como os mesmos podem ser úteis na colaboração em leituras e gravações que podem ser aproveitadas individual ou coletivamente; sem perder de vista o propósito de atrair mais pessoas para junto daqueles que já realizam este gesto de humanidade.

A exposição aqui apresentada será organizada da seguinte forma:

I. Introdução.

II. O deficiente visual e a leitura

III. O que é ledor?

IV. Técnicas de leitura

V. Técnicas de gravação

VI. Audiotecas

VII. Conclusão

VIII. Bibliografia

Vejamos, agora, detalhadamente cada um dos itens citados acima.



O DEFICIENTE VISUAL E A LEITURA

Ler sem ver as letras no papel pode parecer difícil ou impossível; contudo, não é bem assim.

A cada dia, os deficientes visuais têm provado que a leitura é uma de suas práticas mais freqüentes. Ora estudando regularmente, ora buscando informações e divertimentos extracurriculares.

Mais e mais, sobe o índice de portadores de deficiência visual que consegue ocupar um lugar na sociedade estudando e trabalhando. Atualmente, temos o conhecimento de deficientes que ocupam cargos de professor, advogado, locutor, escritor, jornalista, pedagogo etc.

É quase impossível, pensarmos que uma pessoa conseguiria ocupar uma função de professor, por exemplo, sem ter consigo o hábito da leitura. Dessa forma, você já pensou como um professor cego faria para realizar suas leituras e preparar suas aulas?

Existem três maneiras que tornam viável a leitura a um individuo com dificuldades visuais consideráveis, tais como: o Sistema Braille; o uso do computador; e o auxílio do ledor.

Adriana Varejão expõe pelo mundo por Casa Vogue

Adriana Varejão em seu ateliê

O ateliê de Adriana Varejão anda movimentado. A carioca não para de estudar e produzir e, com quatro exposições agendadas para os próximos meses, prova porque é uma das artistas brasileiras mais respeitadas do mundo. Na Unifor, em Fortaleza, apresenta, até 29 de novembro,Adriana Varejão – A pele do tempo, que pontua temas constantes em sua obra, de histórias sobre a colonização até relações entre espiritualidade e carne, passando pela estética da azulejaria e cerâmica.

A diva, 2004, óleo sobre tela, 265 cm x 220 cm


Já em Kindred Spirits, de 20 de setembro a 21 de dezembro, no Dallas Contemporary, ela mostra uma nova série criada a partir da construção do imaginário do índio americano mesclado a referências da história da arte daquele país. Depois, voltará a flertar com a estética chinesa em individual na Lehmann Maupin, em Hong Kong, de 10 de outubro a 21 de novembro: a tradição local de pintura sobre folhas de figo transforma-se em belíssimas telas craqueladas do mesmo formato da planta. No ano que vem, a Gagosian de Roma exibirá uma seleção de suas obras que dialogam como barroco brasileiro.
Exposição no Dallas Contemporary

Exposição no Dallas Contemporary
Parede com incisões à la Fontana, 2000, óleo sobre tela e poliuretano em suporte de madeira e alumínio, 190 cm x 200 cm
Figura de convite III, 2005, óleo sobre tela, 200 cm x 200 cm
Ruína de charque Santa Cruz (Quina), 2002, óleo sobre madeira e poliuretano, 233 cm x 90 cm x 166 cm
Espécimes da flora, 1996, óleo sobre tela e couro sintético, 195 cm x 165 cm
Individual da artista na Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Aqui faz primavera o ano inteiro!


Entraste pela porta secreta do meu coração...
Tome cuidado com o sol, Ele pode ofuscar a sua visão...
E fazer você pisar nas flores que margeiam o caminho.
Aqui faz primavera o ano inteiro!

- Lígia Guerra-

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

"SOBRE O EXCESSO DE BAGAGEM"




São tantas as pessoas preocupadas com o formato do corpo… e tão poucas atentas a silhueta da alma… Já pensou nisso? Para o corpo todos os investimentos são válidos, academias, sucos, detox, regimes malucos, massagens modeladoras, tratamentos estéticos, fórmulas mágicas para eliminar calorias, simpatias… loucuras das mais variadas.


Enquanto isso a alma sofre transformações no seu metabolismo sem receber cuidados, tratamentos. A obesidade das mágoas, a celulite das frustrações, as estrias do coração partido, a constipação das mágoas, a flacidez da alegria ou a gordura localizada da ira, alojam-se no corpo emocional sem maiores dificuldades. Sentimentos são banalizados, descuidados, não são exercitados, malhados, drenados, tonificados ou desintoxicados. Aos poucos a alma engorda, deforma, perde a leveza de existir. Tal qual o monge Ekido, carregamos peso extra. Ahhh, desculpe, você nunca ouviu falar dele? Então irei te contar.


Há algum tempo dois Monges Zen, Tanzan e Ekido caminhavam por uma estrada em direção a um distante mosteiro. Tinha acontecido uma forte chuva naquele dia e no local que estavam passando havia se formado um lamaçal.


Quando se aproximaram da uma aldeia, no meio do caminho, perceberam uma jovem que tentava atravessar a estrada com imensa dificuldade devido a lama. Tudo indicava que ela não queria estragar o seu quimono de seda e estava indecisa sobre como resolver a situação.


Em uma ação repentina e de forma completamente impulsiva, Tanzan pegou a moça no colo e a carregou para o outro lado da estrada. Agradecida ela fez uma referência respeitosa e seguiu seu caminho.


Depois deste breve incidente, os dois monges prosseguiram sua caminhada. Mantiveram um silêncio quase meditativo por todo o percurso.


Quando já estavam chegando no templo onde passariam a noite, cinco horas mais tarde, Ekido, demonstrando grande ansiedade, não conseguiu mais se conter e perguntou: “Por que você carregou no colo aquela jovem para o outro lado da estrada? Nós, monges, não devemos fazer tal tipo de coisa.”


Tanzan então respondeu com outra pergunta: “Faz horas que coloquei aquela jovem no chão. Você ainda a está carregando?”


Pesos emocionais, até quando você carregará os seus?


- Lígia Guerra -

Pensamento do dia


"O meu amado falou e me disse:
O Amado
Levante-se, minha querida,
minha bela, e venha comigo.
 Veja! O inverno passou;
acabaram-se as chuvas e já se foram.
 Aparecem flores na terra,
e chegou o tempo de cantar."

Cantares de Salomão 2: 10, 11 e 12.