quinta-feira, 16 de julho de 2015

Hilda Hilst, "De cigarras e pedras ... (Da Via Espessa)"



De cigarras e pedras, querem nascer palavras.
Mas o poeta mora
A sós num corredor de luas, uma casa de águas.
De mapas-múndi, de atalhos, querem nascer viagens.
Mas o poeta habita
O campo de estalagens da loucura.

Da carne de mulheres, querem nascer os homens.
E o poeta preexiste, entre a luz e o sem nome.

Fonte: ARS LONGA, VITA BREVIS

Muito obrigada, João Renato!

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