A escola literária naturalista é conhecida como uma radicalização do Realismo que se baseia na observação fiel da realidade e na experiência, logo, o indivíduo se determina pelo ambiente e pela hereditariedade. É no romance naturalista que a abordagem extremamente aberta do sexo aparece, o que resultou em algo muito chocante para a sociedade conservadora da época. Naturalistas escreviam sobre o instinto fisiológico e natural, retratando a agressividade, a violência e o erotismo como elementos que simplesmente fazem parte da personalidade do ser humano. Pode-se dizer que essa escola literária surge no século XIX.
Características
O cientificismo era exagerado, algo que transformava o homem e a sociedade em objetos de experiências. A linguagem era simples, porém as descrições eram bastante minuciosas. Havia a preferência por temas polêmicos, como homossexualismo, crimes, adultério, miséria, problemas sociais, desejos sexuais, mais importante, os naturalistas queriam reformar a sociedade e através de seus textos denunciavam os problemas da época, tentando assim mudar um pouco o mundo em que viviam.
Naturalismo no Brasil
Pode-se dizer que o Naturalismo começou em terras brasileiras com a publicação do romance O Mulato do autor maranhense Aluísio de Azevedo no ano de 1881. O mesmo autor também escreveu a obra O Cortiço, que acabou sendo um dos romances mais marcantes da literatura brasileira. Os escritores naturalistas do Brasil se ocuparam, principalmente, com os temas mais obscuros da alma humana e, por isso, outros fatos importantes da história do país acabaram sendo deixados de lado, como a Abolição da Escravatura e a proclamação da República. Outros exemplos de obras naturalistas são A Carne, de Júlio Ribeiro e O Ateneu, de Raul Pompéia.
Autores brasileiros do Naturalismo
Aluísio de Azevedo
Adolfo Caminha
Pápi Júnior
Rodolfo Teófilo
Horácio de Carvalho
Inglês de Souza
Emília Bandeira de Melo
Carneiro Vilela
Manoel Arão
Júlio Ribeiro
Faria Neves Sobrinho
Contexto histórico do Naturalismo
1870: Surgimento da literatura naturalista na França com a publicação do livro Germinal de Émile Zola;
1871: Nietzsche publica sua primeira grande obra A Origem da Tragédia;
1876: Graham Bell registra a patente do telefone;
1876-1879: Thomas Edison inventa o fonógrafo e a lâmpada elétrica;
1881: Início do Naturalismo brasileiro com a publicação do livro O Mulato de Aluísio de Azevedo;
1884: Início da Conferência de Berlim, discutindo a partilha da África pelas potências europeias;
1885: Pasteur aplica a vacina antirrábica em um ser humano;
1888: Abolição da escravatura no Brasil;
1889: Proclamação da República no Brasil.
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