domingo, 7 de junho de 2015

ENTENDA A DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM IMAGENS ANGUSTIANTES






Existem certos fenômenos psíquicos que são realmente difíceis de serem expressados em palavras. A angústia e aflição constante da ansiedade, assim como o vazio existencial e a eterna sensação de fadiga e falta de vitalidade da depressão são sentimentos complicados de serem compreendidos para quem não sofre de tais distúrbios, que são cada vez mais frequentes, frutos principalmente da nossa sociedade pós moderna caótica e confusa.

Tratar de temas delicados e mal compreendidos é complicado e desafiador. Apesar dos inúmeros artigos e pesquisas científicas que comprovam o crescimento de ansiosos e depressivos, ainda há muito o que se debater e analisar.

A fotógrafa Katie Joy Crawford utilizou sua própria experiência com a ansiedade para expressar, através de um belo e angustiante ensaio fotográfico, suas aflições e medos.

É comum para quem sofre destas doenças extravasar seu sofrimento através da arte, seja pela escrita, pintura, dança ou fotografia. Além de terapêutico, expressar os sentimentos pelo viés artístico ajuda outras pessoas doentes a se identificarem com as emoções transmitidas pelas obras, além de ser também um caminho para quebrar o preconceito contra distúrbios mentais. Segundo palavras da própria fotógrafa:

“descobri que descrever os meus medos se tornou terapêutico, bem como uma porta de entrada para os outros expressarem sua opressão e iniciarem o seu próprio processo de cura.”

Conheça abaixo o trabalho de Katie:



“Um prisioneiro de minha própria mente. O instigador dos meus próprios pensamentos. Quanto mais eu penso, pior fica. Quanto menos eu penso, pior fica. Respire. Apenas respire. Derive. Isso vai aliviar em breve.”



“Um copo de água não é pesado. É quase sem sentido quando você tem que escolher um. Mas e se você não poderia esvazia-lo? E se você tivesse que suportar seu peso por dias, meses, anos? O peso não muda, mas a carga sim. Em um certo ponto, você não consegue se lembrar como a luz costumava parecer. Às vezes, leva tudo em você fingir que não está lá. E, às vezes, você apenas tem que deixá-lo cair”.


“É estranho — na boca do seu estômago. É como quando você está nadando e você quer colocar os pés para baixo, mas a água é mais funda do que você pensou. Você não pode tocar o fundo e seu coração para de bater”.


“Falavam-me para respirar. Eu posso sentir meu peito se movendo para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Mas por que sinto que estou sufocando? Eu seguro minha mão debaixo do meu nariz, certificando que há ar. Eu ainda não consigo respirar”.


“Depressão é quando você não consegue sentir nada. Ansiedade é quando você sente tudo demais. Sentir os dois é uma guerra constando dentro da sua mente. Sentir os dois significa nunca ganhar”.



“Eu tinha medo de dormir. Eu senti o pânico mais bruto na escuridão plena. Na verdade, escuridão completa não era assustador. Era o pouco de luz que projetava uma sombra — uma sombra aterrorizante”.



“Sensação de dormência. Que contraditório. Quão apropriado. Você pode realmente se sentir dormente? Ou é a incapacidade de sentir? Estou tão acostumada a me sentir dormente que eu comparo com um sentimento real?”



“Minha cabeça está enchendo com hélio. O foco está desaparecendo. Uma decisão tão pequena para tomar. Uma pergunta tão fácil de responder. Minha mente não está deixando. É como mil circuitos atravessando ao mesmo tempo”.



“Eu tenho medo de viver e eu tenho medo de morrer. Que maneira de existir!”



“Cortes tão profundos que parece que nunca vão se curar. Dor tão real, é quase insuportável. Eu me tornei isso… este corte, essa ferida. Tudo o que sei é a mesma dor, respiração afiada, olhos vazios, com as mãos trêmulas. Se é tão doloroso, por que deixa-lo continuar? A menos que… talvez seja tudo que você sabe”.

Você pode conferir um pouco mais do trabalho de Katie aqui

Outras fontes: Awebic



© obvious

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