Martha Medeiros resgata o luxo e a simplicidade das rendas brasileiras
De sorriso fácil, a estilista alagoana Martha Medeiros adora uma prosa. Principalmente, se o assunto estiver relacionado à moda e ao nordeste. Aí, o papo corre solto. Entre as várias histórias divertidas que têm para contar, as que envolvem dona Zezé Martins, sua avó materna, são as mais lembradas. Principalmente, a do concurso cultural que a avó participou na década de 1950, em Maceió. Organizado por uma marca de fósforos, os participantes deveriam fazer uma escultura com palitos de fósforo.
Enquanto muitos faziam casinhas, barcos e outras peças mais comuns, Dona Zezé não economizou: criou o Gogó da Ema, um coqueiro famoso na cidade que nasceu torto à beira-mar e tinha a forma do pescoço da ave. Detalhe: a escultura tinha três metros de altura! A ousadia lhe rendeu como prêmio uma viagem à Europa.
“Por ser a neta mais velha, convivi muito com minha avó. Ela sempre gostou de tudo que pudesse ser produzido com as mãos. Foi professora de arte e lecionou em escolas públicas. E sempre fez questão de ressaltar a riqueza dos sertões”, diz. Martha se orgulha de ter herdado o talento artístico – e a ousadia – da avó. Herança que pode ser vista em suas criações até os dias de hoje.
Desde menina, Martha dava sinais de que iria se embrenhar pelos caminhos artísticos. Principalmente, pela moda. E quando dizia que sonhava estudar na Europa, dona Zezé era enfática: “Olhe para as falésias. Isso é moda. Veja a mistura de cores das falésias, que vai do marrom ao terracota, passando por tons alaranjados. A inspiração está aí”.
Aprendeu a costurar com a avó, ainda criança, quando passava as tardes.
Fonte:http://www.marthamedeiros.com.br/#/a-marca
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