MORTE
Entre o menor abandonado e a marginalidade existe a FEBEM,
entre a cela do pobre e do diplomático subsiste um DIPLOMA;
que nunca foi usado em favor do POVO.
Entre a vaga da UNIVERSIDADE FEDERAL e o aluno lucrativo,
está inclusa a miséria do analfabeto.
Entre o salário do trabalhador e o ordenado do SENADO,
está explícita uma política vergonhosa.
Entre o canavial e o dono da terra,
permanece o suor das CRIANÇAS que fizeram o trabalho escravo.
Entre as leis que regem o nosso PAÍS e sua aplicação,
está subordinada a burocracia.
Entre a burguesia e os senhores feudais,
continua o HOMEM SEM TERRA.
Entre o aluguel e a política de habitação,
está o IMPOSTO angariado com o dinheiro do TRABALHADOR.
Entre a favela e o apadrinhamento especulativo,
está o voto subornado.
Entre o apagão e a ENERGIA ELÉTRICA,
está a PRIVATIZAÇÃO.
Entre a tecnologia e a FOME,
está a desesperança do êxodo rural.
Entre o abstrato e o concreto da informação;
Persiste a conexão das multinacionais.
Entre o racional e irracional;
Estão impregnadas as marcas omissas da hierarquia “eclesiástica”.
Entre o empregado e o desempregado;
Está o eco do grito:
INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
A morte está retratada em nosso cotidiano.
E você independência onde está?
Aline Carla Rodrigues
Obs.: Escrito em 2002 por mim, depois de 13 anos mais atual do que poderia imaginar.
Ah!!!! A independência nunca existiu e jamais existirá.Somos verdadeiros dependentes desde do ventre de nossa mãe, assim será até o fim de nossas vidas.De geração à geração. Saudades de você minha querida!!!
ResponderExcluirMuitas saudades Cláudia, e faço de suas palavras as minhas.
ResponderExcluirQuando vier a minha cidade, telefone, apareça.
Preciso saber notícias de seus filhos.
Será muito bem-vinda!
Abraços!
Aline,linda! É nisto que subsiste nossa imortalidade: nos escritos sobre nós mesmos; sobre as coisas que vemos; e, as que sonhamos.
ResponderExcluirMuito obrigada grande mestre e ilustre companheiro de profissão.
ResponderExcluirCada dia aprendo mais com suas sábias palavras!