Fortaleza recebe expo com duas coleções
Sem título, madeira e raiz de mangue com pigmento vermelho, de Frans Krajcberg
"Toda boa pintura é de ordem abstrata: são seus valores intrínsecos, e não a maior ou menor fidelidade de representação externa, que determina a maior ou menor qualidade estética." Assim tentou definir o crítico e pensador Mário Pedrosa. É como uma tentativa de representar uma parte do percurso da arte brasileira - voltada para o intangível abstrato - que a Fundação Edson Queiroz apresenta a mostra Abstrações, que traz a própria coleção em um diálogo com uma outra, de Roberto Marinho.
As 169 obras escolhidas pelo curador Lauro Cavalcanti criam um intercâmbio de ideias e de conversas entre artistas como Mira Schendel, Antonio Bandera, Ubi Bava,Cícero Dias, Hércules Barsotti, Iberê Camargo e Abraham Palatnik, cujos trabalhos, posteriormente, acabaram inspirando a arte contemporânea nacional.
"Vendo as duas coleções sobre a mesma perspectiva, é possível detectar que cada uma têm uma tendência forte. Enquanto a de Marinho foca no abstracionismo informal, a de Queiroz tem uma predileção pelo geométrico", conta Cavalcanti à Casa Vogue. "É interessante estabelecer esse diálogo, que nem sempre é levantado, porque dessas vertentes resulta a arte de hoje no país. Ela bebe dessas fontes e introduz o conceitual e a arte povera, por exemplo. É o início do cosmopolitismo brasileiro nas artes visuais, quando os temas deixam de ser apenas representações regionais e se lançam sobre outros mais universais."
Apesar de focar na arte brasileira, Abstrações também apresenta artistas internacionais. " Dos estrangeiros, apenas Pierre Soulages não morou no Brasil", completa o curador. Todos os outros - Tomie Ohtake, Manabu Mabe e León Ferrari, dentre outros - foram radicados no país. "Essa presença de fora faz parte do atual Brasil, com novas influências e linguagens."
Abstrações – Coleção Fundação Edson Queiroz e Coleção Roberto Marinho
Data: até 11 de janeiro de 2015
Local: Fundação Edson Queiroz
Endereço: Av. Washington Soares, 1321 - Bairro Edson Queiroz, Fortaleza - Ceará
Horário: de terça a sexta, das 10 às 19h; sábados, das 10h às 18h e domingos, das 12h às 18h
Entrada gratuita
* O jornalista viajou a Fortaleza a convite da Fundação Edson Queiroz
9 octobre 1960, óleo sobre tela, de Pierre Soulages
Sem título, 2004, acrílica sobre madeira, 98 x 114 cm, de Abraham Palatnik
Faixas e Mastros, década de 1970, têmpera sobre tela, 24 x 32 cm, de Alfredo Volpi
"Toda boa pintura é de ordem abstrata: são seus valores intrínsecos, e não a maior ou menor fidelidade de representação externa, que determina a maior ou menor qualidade estética." Assim tentou definir o crítico e pensador Mário Pedrosa. É como uma tentativa de representar uma parte do percurso da arte brasileira - voltada para o intangível abstrato - que a Fundação Edson Queiroz apresenta a mostra Abstrações, que traz a própria coleção em um diálogo com uma outra, de Roberto Marinho.
As 169 obras escolhidas pelo curador Lauro Cavalcanti criam um intercâmbio de ideias e de conversas entre artistas como Mira Schendel, Antonio Bandera, Ubi Bava,Cícero Dias, Hércules Barsotti, Iberê Camargo e Abraham Palatnik, cujos trabalhos, posteriormente, acabaram inspirando a arte contemporânea nacional.
"Vendo as duas coleções sobre a mesma perspectiva, é possível detectar que cada uma têm uma tendência forte. Enquanto a de Marinho foca no abstracionismo informal, a de Queiroz tem uma predileção pelo geométrico", conta Cavalcanti à Casa Vogue. "É interessante estabelecer esse diálogo, que nem sempre é levantado, porque dessas vertentes resulta a arte de hoje no país. Ela bebe dessas fontes e introduz o conceitual e a arte povera, por exemplo. É o início do cosmopolitismo brasileiro nas artes visuais, quando os temas deixam de ser apenas representações regionais e se lançam sobre outros mais universais."
Apesar de focar na arte brasileira, Abstrações também apresenta artistas internacionais. " Dos estrangeiros, apenas Pierre Soulages não morou no Brasil", completa o curador. Todos os outros - Tomie Ohtake, Manabu Mabe e León Ferrari, dentre outros - foram radicados no país. "Essa presença de fora faz parte do atual Brasil, com novas influências e linguagens."
Abstrações – Coleção Fundação Edson Queiroz e Coleção Roberto Marinho
Data: até 11 de janeiro de 2015
Local: Fundação Edson Queiroz
Endereço: Av. Washington Soares, 1321 - Bairro Edson Queiroz, Fortaleza - Ceará
Horário: de terça a sexta, das 10 às 19h; sábados, das 10h às 18h e domingos, das 12h às 18h
Entrada gratuita
* O jornalista viajou a Fortaleza a convite da Fundação Edson Queiroz
9 octobre 1960, óleo sobre tela, de Pierre Soulages
Sem título, 2004, acrílica sobre madeira, 98 x 114 cm, de Abraham Palatnik
Faixas e Mastros, década de 1970, têmpera sobre tela, 24 x 32 cm, de Alfredo Volpi
Sem título, 1985, acrílica sobre tela montada sobre madeira, 84,5 x 85 cm, de Hércules Barsotti
Composição, 1972, letra-set e colagem sobre papel, 49 x 25 cm, de Mira Schendel
Composição Cinética, 1967, espelho e madeira pintada, 150 x 75,5 x 4,2 cm, de Ubi Bava
Cidade iluminada,1962, OST, 50 x 61 cm, de Antonio Bandeira
Cena vegetal, 1944, OST, 80 x 60 cm, de Cícero Dias
Vórtice-I (Vórtex I), 1973, OST, 100 x 141 cm, de Iberê Camargo
Composição, 1972, letra-set e colagem sobre papel, 49 x 25 cm, de Mira Schendel
Composição Cinética, 1967, espelho e madeira pintada, 150 x 75,5 x 4,2 cm, de Ubi Bava
Cidade iluminada,1962, OST, 50 x 61 cm, de Antonio Bandeira
Cena vegetal, 1944, OST, 80 x 60 cm, de Cícero Dias
Vórtice-I (Vórtex I), 1973, OST, 100 x 141 cm, de Iberê Camargo
Sem Título, 1970, OST, 73 x 92,5 cm, de Tomie Ohtake
Fonte: Casa Vogue
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