Artista disseca pinturas e cria obras complexas
Dutch Specimen MT1639, 2013
Dissecar, desconstruir, entender e recriar. Esses são os passos que o artista Michael Mapes segue quando produz uma de suas colagens mega elaboradas. Na verdade, o método é uma grande metáfora visual do que é feito em estudos científicos. Enquanto cientistas dividem animais ou plantas em pequenas partes para entender o funcionamento de cada organela, o artista faz o mesmo com outro objeto de estudo: pinturas de mestres europeus, tais como Rembrandt e Nicolaes Eliasz Pickenoy.
No processo de criação, o americano divide diversas imagens de uma determinada pintura em pequenos pedaços. Assim, várias mãos, olhos, joias e outros detalhes são separados do todo para que possam ser “estudados”. Para aumentar ainda mais a complexidade, ele chega a isolar até os materiais usados na obra original: amostras de tinta, resina, fios de algodão, entre outros. Separar cada detalhe é desconstruí-lo no sentido literal e figurado, defende o artista.
Dutch Specimen MT1639, 2013
O próximo passo é remontar a pintura, pensando em como as partes poderiam servir para inspirar e criar novos significados. No processo pseudocientífico de reconstrução, o artista se apropria, para organizar a colagem, de uma infinidade de pequenos objetos e frascos do mundo dos estudos entomológicos, biológicos e forenses. Estão presentes pinos de prender insetos, cápsulas de gelatina, frascos de vidro e tubos de ensaio. Assim, todos os elementos que supostamente serviriam para organizar e facilitar a análise, acabam emprestando à obra uma deliciosa complexidade.
Três das obras de Mapes serão expostas na mostra Face to Face, que acontece em março no Yellowstone Art Museum, em Billings, nos EUA.
Dutch Female Specimen: J (detalhe)
Case no. 1627; Female-Dutch, 2013
Case no. 1627; Female-Dutch (detalhe)
Dutch Female Specimen: J, 2013
Dutch Specimen MT1639 (detalhe)
Dutch Female Specimen: J (detalhe)
Dutch Specimen MT2, 2013
Dutch Specimen MT2, 2013 (detalhe)
Dutch Specimen MT2, 2013 (detalhe)
Dutch Specimen MT2, 2013 (detalhe)
Dutch Specimen MT1639 (detalhe)
Case no. 1627; Female-Dutch (detalhe)
Fonte: Casa Vogue
Aline,
ResponderExcluirrealmente fantástico.
Que trabalho minucioso e belíssimo.
Um abração carioca.
Concordo plenamente Paulo e estou com saudades de você!
ResponderExcluirImenso abraço, Aline Carla.