terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sob o olhar do "Viajando com Arte" - Salta até San Pedro de Atacama



Deixamos Purmamarca pela manhã e nossa próxima noite já seria em San Pedro do Atacama, a viagem entre estas duas cidades não é super longa, em torno de 480 kms e tínhamos o dia inteiro para cobrir esta distância.
No caminho a paisagem vai se alternando, enormes montanhas de pedra, com algumas veias muito verdes perto dos leitos dos rios, salinas, flamingos, uma beleza selvagem, indomada, impressionante.







O trajeto é com trechos de grande altitude já na saída chegamos perto dos 4.200m, o indicado é tomar bastante água, evitar bebidas alcoólicas, para ir fazendo uma aclimatação sem sofrer com dores de cabeça e náusea para os mais sensíveis.




De Purmamarca até Susques que é a última cidade na Argentina antes do Paso de Jama, onde se cruza para o Chile, são 131kms. Foi onde almoçamos e abastecemos o carro.
Antes de chegar em Susques a gente passa por uma enorme salina, um cenário surreal.



Ao longe a gente já avista uma grande mancha branca sinalizando as grandes salinas pela frente.











Tudo feito de sal, casas, pequenas esculturas, e eu já sentindo minha pele ficando craquelê…

Susques é uma cidade pequenina, esquecida no meio das montanhas, a gente passeou por lá procurando um lugar para almoçar, mas na cidade mesmo que parecia fantasma, não encontramos nada, na estrada uns 3km em direção ao Chile achamos esta pousada onde comemos um bife de chorizo acompanhado de um tinto argentino.



Susques



Esta pousadinha que fica já na saida da cidade de Susques foi o melhor lugar que achamos para almoçar antes de pegar o Paso de Jama que nos levaria até o Chile.

Chegamos na fronteira que é um lugar ermo, e ventoso, ali a gente entra em um prédio com vários guichês o primeiro de uma série de burocracias entre guichês que são argentinos e outros que são chilenos… perdemos uns 40 minutos entre sair da Argentina e entrar no Chile. Para completar eles exigem que a gente abra todas as malas em uma mesa que fica na rua, chatinho, mas esta parte é rápida.



Saindo da aduana em seguida pegamos o Paso de Jama que nos levou até San Pedro de Atacama.


A paisagem é deslumbrante, no caminho vimos Flamingos, pássaros, a natureza na sua forma mais selvagem, e a medida que subimos os resquicios de neve começaram a aparecer.



Em determinado ponto da estrada, estávamos há uns 70 Km de San Pedro, avistamos uma lagoa cheia de flamingos descemos até lá, a paisagem era linda e eu queria fotografar um flamingo de perto. Na volta como estava frio tentei correr numa lombinha de nada, nossa! Meu coração parecia que saltava pela boca, fiquei exausta, e olha que tenho um preparo físico bom, mas menosprezei a altitude, estávamos a 4.800mts e cadê o oxigênio?? Foi minha experiência mais forte de falta de fôlego, fico imaginando os montanhistas em elevações de 6000 mts para cima!

Já na chegada em San Pedro de Atacama somos recebidos pela belíssima visão do vulcão Licancabur, figura onipresente na região, pois aonde quer que se vá, ele está sempre a vista.



Vulcão Licancabur, imagem onipresente em San Pedro

Chegamos à tardinha em San Pedro e fomos direto para o hotel. Depois de muita pesquisa acabei optando pelo Hotel Kunza, sem regime de meia pensão, pois como a cidade tem muitas opções de restaurantes e bares não quis ficar amarrada a jantar todas as noites no hotel.

O Hotel Kunza superou minhas expectativas, o hotel é muito legal, com todo o conforto possível, vista para o Licancabur, super organizado em termos de passeios para as atrações da região. À noite a temperatura caia bastante, e eles acendiam uns fogos nos lounges externos, com uma boa música de fundo, um astral perfeito para uma happy hour e para ver o céu, já que o Atacama é reconhecidamente uns dos melhores lugares do mundo para ver as estrelas.



Hotel Kunza







Na continuação vou escrever sobre os passeios, são tantas opções oferecidas que a gente pode ficar um pouco confusa, pois não querendo perder nada é melhor escolher com cuidado o que realmente vale a pena fazer.

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