Marilyn Monroe por Frank Powolny, 1953.
Uma das celebridades mais assediadas de todos os tempos, Marilyn Monroe foi eleita musa dos mais prestigiados fotógrafos. Durante sua carreira em Hollywood, por mais de dez anos, foi fotografada por centenas de homens. Alguns, tornaram-se famosos e gravaram seu nome na história das artes apenas pelo simples fato de fotografar Marilyn Monroe. Em vida, fotografá-la era como uma consagração, atingir um outro patamar - bem mais elevado - entre os profissionais da época. Depois de sua morte trágica, aqueles que trabalharam com ela foram alçados a categoria de alguma espécie de celebridade - testemunhas oculares de uma vida inenarrável, apenas por terem-na fotografado, nem que isso tivesse ocorrido apenas uma vez. Alguns destes, inclusive, renderam vários livros às suas sessões com Monroe. Não é necessário dizer que depois de sua morte, o nome Marilyn Monroe tornou-se uma fábrica de dinheiro. Em alguns casos, isto teve um resultado desastroso, porque acabou motivando o sensacionalismo em torno de sua vida.
Por ser tão especial, Marilyn Monroe não era como as outras estrelas de cinema da época. Definitivamente, não era uma mulher como as outras e isso se refletia em tudo - em sua atuação, seu jeito de cantar, sua relação com a mídia, vida pessoal e obviamente - no modo como enfrentava as câmeras. Ora, era óbvio que era diferente de todas as outras, afinal, foi como modelo que começou sua carreira, ainda em 1945. E foi como modelo que conseguira progredir e finalmente chegar ao cinema. Mas, ser modelo - como tantas outras foram - não foi o diferencial, este estava incutido no jeito como se posicionava perante as lentes. Dentre todos os profissionais que fotografaram Monroe, há um consenso: ela possuía aquela coisa especial - aquela que não há nome que se dê - que a fazia especial perante as câmeras. Podem chamar essa coisa de luminosidade, brilho, charme, sex-appeal, etc - afinal, o inominável não tem nome. O que quer que fosse, só fazia dela alguém deslumbrante perante uma câmera. E ela sabia o que estava fazendo. Era definitivamente boa naquilo. Com certeza, havia nascido para brilhar. Conheço agora, o trabalho de cinco fotógrafos que contribuíram essencialmente para a formação da imagem e do legado de Marilyn Monroe.
André de Dienes
Marilyn normalmente gostava de trabalhar com os mesmos fotógrafos, e com alguns deles chegava a construir laços de amizades. Esse foi o caso de André de Dienes, que se apaixonou perdidamente em 1945 por uma jovem garota, aspirante a modelo, chamada Norma Jeane Dougherty. Sim, naquela época, Marilyn Monroe ainda se chamava Norma Jeane, era morena e casada com Jim Dougherty. Breve, nasceu uma grande amizade entre os dois, que duraria muitos anos. Naqueles primeiros tempos, Dienes e Norma viajaram várias vezes juntos, como aventureiros - quando ele a fotografava em qualquer locação, com seu estilo original, bastante natural e espontâneo. Dienes registrou a ascensão de Marilyn Monroe desde quando era Norma Jeane. Em suas primeiras fotos, vemos uma bela garota sorridente e alegre, que pouco a pouco vai se transformando em estrela de cinema. Como numa espécie de mutação.
No verão de 1946, durante uma sessão de fotos numa praia deserta em Malibu, Dienes capturou diferentes emoções que ia ditando à Marilyn: felicidade, tristeza, introspecção, serenidade, agonia, aflição. Em certo momento, quando ele a pediu que interpretasse a morte, ela cobriu a cabeça com um cobertor. Depois, pediu a Marilyn que desse um título à sua própria morte. Com uma expressão sombria, ela escolheu "The end of everything" ("O fim de tudo"). Por fim, Marilyn lhe pediu que não publicasse aquelas fotos agora, que esperasse até a morte dela. Em um dos últimos momentos que a fotografou - em alguma das muitas horas de desespero - ela lhe implorou no meio da noite que tirasse fotos dela. Os dois saíram juntos pela madrugada de Los Angeles, e as fotos foram tiradas apenas com a ajuda da iluminação dos faróis do carro dele. São fotografias melancólicas, Marilyn está desarrumada, aflita. Parece triste e com muito medo. Será que neste momento, estaria só interpretando?!
Para ler: André de Dienes, Marilyn. Taschen - 2002.
André de Dienes, 1945.
André de Dienes, 1949.
André de Dienes, 1946.
André de Dienes, 1946.
André de Dienes, 1949.
André de Dienes, 1953.
André de Dienes, 1953.
Frank Powolny
Atribui-se à Frank Powolny a criação da imagem de glamour de Marilyn Monroe. Foi ele quem fez as imagens mais icônicas da diva, no começo dos anos 50. Powolny foi retratista chefe da 20th Century-Fox por décadas, e usou com Marilyn a experiência de sucesso que obteve fotografando Betty Grable como pin-up nos anos 40. Seu trabalho foi bastante influenciado pelo de George Hurrell, e ele fotografou dezenas de estrelas de Hollywood. Powolny manteve os mesmos elementos em Marilyn - usando sempre as jóias, peles e figurinos luxuosos para criar a atmosfera de glamour e requinte em suas fotos. Em suas fotografias Marilyn está sempre deslumbrante. Era aquela diva inalcançável que o estúdio tanto queria vender. Suas imagens eram usadas largamente na publicidade pessoal e dos filmes da atriz. De fato, seria a aparência daquela Marilyn que entraria para a história - estonteante, glamourosa, impecável. E pelas fotografias de Powolny terem criado a imagem de uma deusa da celuloide, é justamente por isso que elas são as que menos se aproximam da realidade do ser humano Marilyn Monroe.Para ler: Marilyn Monroe: Metamorphosis, David Wills. It Books - 2011.
Frank Powolny, 1952.
Eve Arnold
A excelente Eve Arnold, já teve sua arte abordada em um artigo, aqui no blog. A fotógrafa norte-americana trabalhou com Marilyn Monroe ao longo de quase dez anos. Desde 1952, depois de uma sessão de fotos para a revista Esquire, Marilyn e Arnold tornaram-se muito amigas, uma amizade que só acabou com a morte da atriz, em 1962. Arnold era uma das fotógrafas mais próximas da loira, o que a tornou uma daquelas 'testemunhas oculares' da vida de Marilyn. Pioneira do fotojornalismo, e uma das fotógrafas mais conceituadas da segunda metade do século XX, Arnold documentou diversas vezes a vida privada de Marilyn. Incluindo seus compromissos sociais, gravações de filmes e fotos publicitárias. Quando se conheceram, em uma festa oferecida pelo diretor John Houston, Marilyn ainda era uma estrela em ascensão. Ela estava encantada com as fotos que Arnold fez de Marlene Dietrich - fotos 'incomuns', fora do estilo posado, clássico. Marilyn queria repetir esse trabalho com Arnold. E foi o que fizeram pelos próximos dez anos.
Eve Arnold, como ótima fotojornalista que era, foi hábil em documentar a vida de Marilyn e mostrar outras facetas da diva. Marilyn continuava sendo Marilyn, mas Arnold soube revelar não apenas o seu sex-appeal, - mas também o seu humor, inteligência, vulnerabilidade e sua beleza natural. O trabalho mais famoso e importante, sem dúvidas, foi a documentação que Arnold e mais oito fotógrafos da prestigiada agência Magnum fizeram do filme Os Desajustados (The Misfits, 1961), estrelando Marilyn, Clark Gable e Montgomery Clift. As filmagens foram tensas, cheias de desastres e problemas que se tornaram bem famosos. O que acontecia por trás das câmeras, transpareceu nas telas, e foi documentado por Eve Arnold, como um registro melancólico da decadência de Marilyn Monroe.
Para ler: Marilyn Monroe, Eve Arnold. 2nd Edition - 2005.
Eve Arnold
A excelente Eve Arnold, já teve sua arte abordada em um artigo, aqui no blog. A fotógrafa norte-americana trabalhou com Marilyn Monroe ao longo de quase dez anos. Desde 1952, depois de uma sessão de fotos para a revista Esquire, Marilyn e Arnold tornaram-se muito amigas, uma amizade que só acabou com a morte da atriz, em 1962. Arnold era uma das fotógrafas mais próximas da loira, o que a tornou uma daquelas 'testemunhas oculares' da vida de Marilyn. Pioneira do fotojornalismo, e uma das fotógrafas mais conceituadas da segunda metade do século XX, Arnold documentou diversas vezes a vida privada de Marilyn. Incluindo seus compromissos sociais, gravações de filmes e fotos publicitárias. Quando se conheceram, em uma festa oferecida pelo diretor John Houston, Marilyn ainda era uma estrela em ascensão. Ela estava encantada com as fotos que Arnold fez de Marlene Dietrich - fotos 'incomuns', fora do estilo posado, clássico. Marilyn queria repetir esse trabalho com Arnold. E foi o que fizeram pelos próximos dez anos.
Eve Arnold, como ótima fotojornalista que era, foi hábil em documentar a vida de Marilyn e mostrar outras facetas da diva. Marilyn continuava sendo Marilyn, mas Arnold soube revelar não apenas o seu sex-appeal, - mas também o seu humor, inteligência, vulnerabilidade e sua beleza natural. O trabalho mais famoso e importante, sem dúvidas, foi a documentação que Arnold e mais oito fotógrafos da prestigiada agência Magnum fizeram do filme Os Desajustados (The Misfits, 1961), estrelando Marilyn, Clark Gable e Montgomery Clift. As filmagens foram tensas, cheias de desastres e problemas que se tornaram bem famosos. O que acontecia por trás das câmeras, transpareceu nas telas, e foi documentado por Eve Arnold, como um registro melancólico da decadência de Marilyn Monroe.
Para ler: Marilyn Monroe, Eve Arnold. 2nd Edition - 2005.
Eve Arnold, 1955.
Milton Greene
Milton Greene é considerado um dos melhores, possivelmente, o grande fotógrafo de Marilyn Monroe. Os dois se conheceram em 1953, e pelos próximos quatro anos, trabalharam em nada menos que cinquenta e duas sessões fotográficas. Greene era um dos amigos mais próximos de Marilyn, portanto, ele registrou grande parte dos momentos da vida dela, principalmente entre 1955 e 1956. E isto inclui muita coisa, sessões publicitárias, sets de filmagens, compromissos sociais, e muitos registros raros da vida privada da loira. A amizade entre eles era tão grande, que Marilyn chegou a morar com Greene e sua família na propriedade dele, em Connecticut, antes de se casar com Arthur Miller. Ele também era um dos maiores entusiastas da carreira de Marilyn, e a incentivou desde o começo a adotar uma postura defensiva perante a 20th Century-Fox. Milton Greene foi um grande apoio para o propósito de Marilyn de se desenvolver como atriz, crescer na carreira e abandonar os papéis de 'loira burra' que ela tanto odiava, mas o estúdio insistia em lhe empurrar.
Juntos formaram a Marilyn Monroe Productions, uma produtora independente que seria responsável por administrar a carreira dela. Em suma, buscar papéis de maior consistência e que ampliassem os ângulos de sua carreira, para libertá-la de uma vez por todas das amarras dos estúdios de Hollywood. A MMP, cuja presidenta era Marilyn e o vice era Milton Greene, produziu os filmes Nunca Fui Santa (Bus Stop, 1956) e O Príncipe Encantado (The Prince and the Showgirl, 1957). Não é à toa que sua atuação nestes filmes estão entre as melhores da carreira da atriz. Greene registrou todas as maneiras de Marilyn, seus ângulos e suas facetas. Ela posou como uma cigana, bailarina, cantora de saloon, princesa. Em 1956, ele a fotografou em seu estúdio em Nova Iorque, na famosa "The black sitting" ("A sessão escura") - bêbada, sexy e fatal - vestindo chapéus, corpetes e meias, em preto-e-branco. É uma de suas mais famosos sessões de fotos. Greene captou todas as mulheres dentro de Marilyn. Provou que ela era de fato, uma atriz que sabia interpretar.
Para ler: Milton's Marilyn, James Kotsilibas-Davis e Joshua Greene. Schirmer/Mosel - 1994.
Milton Greene
Milton Greene é considerado um dos melhores, possivelmente, o grande fotógrafo de Marilyn Monroe. Os dois se conheceram em 1953, e pelos próximos quatro anos, trabalharam em nada menos que cinquenta e duas sessões fotográficas. Greene era um dos amigos mais próximos de Marilyn, portanto, ele registrou grande parte dos momentos da vida dela, principalmente entre 1955 e 1956. E isto inclui muita coisa, sessões publicitárias, sets de filmagens, compromissos sociais, e muitos registros raros da vida privada da loira. A amizade entre eles era tão grande, que Marilyn chegou a morar com Greene e sua família na propriedade dele, em Connecticut, antes de se casar com Arthur Miller. Ele também era um dos maiores entusiastas da carreira de Marilyn, e a incentivou desde o começo a adotar uma postura defensiva perante a 20th Century-Fox. Milton Greene foi um grande apoio para o propósito de Marilyn de se desenvolver como atriz, crescer na carreira e abandonar os papéis de 'loira burra' que ela tanto odiava, mas o estúdio insistia em lhe empurrar.
Juntos formaram a Marilyn Monroe Productions, uma produtora independente que seria responsável por administrar a carreira dela. Em suma, buscar papéis de maior consistência e que ampliassem os ângulos de sua carreira, para libertá-la de uma vez por todas das amarras dos estúdios de Hollywood. A MMP, cuja presidenta era Marilyn e o vice era Milton Greene, produziu os filmes Nunca Fui Santa (Bus Stop, 1956) e O Príncipe Encantado (The Prince and the Showgirl, 1957). Não é à toa que sua atuação nestes filmes estão entre as melhores da carreira da atriz. Greene registrou todas as maneiras de Marilyn, seus ângulos e suas facetas. Ela posou como uma cigana, bailarina, cantora de saloon, princesa. Em 1956, ele a fotografou em seu estúdio em Nova Iorque, na famosa "The black sitting" ("A sessão escura") - bêbada, sexy e fatal - vestindo chapéus, corpetes e meias, em preto-e-branco. É uma de suas mais famosos sessões de fotos. Greene captou todas as mulheres dentro de Marilyn. Provou que ela era de fato, uma atriz que sabia interpretar.
Para ler: Milton's Marilyn, James Kotsilibas-Davis e Joshua Greene. Schirmer/Mosel - 1994.
Publicidade para Nunca Fui Santa, Milton Greene, 1956.
Publicidade para O Príncipe Encantado. Milton Greene, 1956.
Publicidade para O Príncipe Encantado. Milton Greene, 1956.
Milton Greene, 1955.
Sam Shaw
"Ela era bela sem maquiagem e em seu espírito como pessoa." Foi assim que o fotógrafo Sam Shaw definiu Marilyn Monroe. E ele era um dos seus grandes amigos, um dos que mais tiveram o privilégio de registrar sua vida particular. Os dois se conheceram em 1952, no set de gravações de Viva Zapata!, filme do diretor Elia Kazan. Foi o começo de uma longa amizade, e de uma parceria que duraria anos, e deixaria um extenso legado. 1957 foi um dos anos de maior tranquilidade da vida de Marilyn Monroe. Ela trabalhou pouco e se recolheu junto com seu marido de então - Arthur Miller - às suas propriedades de Roxbury e Amagansett, nos estados de Connecticut e Nova Iorque, respectivamente. Longe da vida agitada e badalação de Los Angeles, Marilyn passou a viver uma vida de dona-de-casa, campestre e bucólica. Nesta época Sam Shaw foi um dos poucos que tiveram acesso ao então, 'novo retiro' da estrela, e soube como nenhum outro documentar aquela Marilyn do momento."Ela sentia uma tremenda obrigação pessoal para com o seu público, seus fãs. Ela se fez uma superestrela, mas sentia que eles também haviam-na ajudado a ser."
A Marilyn que as lentes de Shaw capturaram era brincalhona, alegre, espontânea, parecia ser ela mesma. Em muito, lembrava aquela Marilyn do começo da carreira, a Norma Jeane que o fotógrafo André de Dienes fotografou. "Ela amava liberdade. Ela pulava de alegria". Sua sessão de fotos na praia de Amagansett, tornou-se uma das mais famosas da carreira da atriz. Com seus cabelos loiros e vestindo um maiô branco, ela era qualquer coisa de divina. Definitivamente, era uma mulher que irradiava luz e sensações boas, mesmo que por dentro vivesse numa confusão de coisas. "Sempre alegre, espirituosa, divertida, amorosa e séria sobre a atuação - com um desejo incrível de aprender, de saber sobre as artes, o teatro, o seu artesanato, ler bons livros, poesia e tentar alcançar o êxtase de pensamentos poéticos." Nas fotografias de Shaw Marilyn podia parecer uma mulher simples, como outra qualquer, alguém que só queria desfrutar da vida e do que ela podia oferecer. Em Manhattan, ele fotografou ela e o marido em momentos românticos; comendo cachorro quente, passeando no Central Park. Em uma das fotos, ela escolhe gravatas para ele na boutique Tiffany's; atrás, vê-se a multidão curiosa se aglomerando na vitrine. Era uma artista extremamente midiática. Sam Shaw fazia em suas fotografias a vida de Marilyn Monroe parecer ser muito mais simples do que era. E nós amamos acreditar nisto.
Para ler: Marilyn Among Friends, Sam Shaw and Norman Rosten. Gramercy - 1992.
Sam Shaw
"Ela era bela sem maquiagem e em seu espírito como pessoa." Foi assim que o fotógrafo Sam Shaw definiu Marilyn Monroe. E ele era um dos seus grandes amigos, um dos que mais tiveram o privilégio de registrar sua vida particular. Os dois se conheceram em 1952, no set de gravações de Viva Zapata!, filme do diretor Elia Kazan. Foi o começo de uma longa amizade, e de uma parceria que duraria anos, e deixaria um extenso legado. 1957 foi um dos anos de maior tranquilidade da vida de Marilyn Monroe. Ela trabalhou pouco e se recolheu junto com seu marido de então - Arthur Miller - às suas propriedades de Roxbury e Amagansett, nos estados de Connecticut e Nova Iorque, respectivamente. Longe da vida agitada e badalação de Los Angeles, Marilyn passou a viver uma vida de dona-de-casa, campestre e bucólica. Nesta época Sam Shaw foi um dos poucos que tiveram acesso ao então, 'novo retiro' da estrela, e soube como nenhum outro documentar aquela Marilyn do momento."Ela sentia uma tremenda obrigação pessoal para com o seu público, seus fãs. Ela se fez uma superestrela, mas sentia que eles também haviam-na ajudado a ser."
A Marilyn que as lentes de Shaw capturaram era brincalhona, alegre, espontânea, parecia ser ela mesma. Em muito, lembrava aquela Marilyn do começo da carreira, a Norma Jeane que o fotógrafo André de Dienes fotografou. "Ela amava liberdade. Ela pulava de alegria". Sua sessão de fotos na praia de Amagansett, tornou-se uma das mais famosas da carreira da atriz. Com seus cabelos loiros e vestindo um maiô branco, ela era qualquer coisa de divina. Definitivamente, era uma mulher que irradiava luz e sensações boas, mesmo que por dentro vivesse numa confusão de coisas. "Sempre alegre, espirituosa, divertida, amorosa e séria sobre a atuação - com um desejo incrível de aprender, de saber sobre as artes, o teatro, o seu artesanato, ler bons livros, poesia e tentar alcançar o êxtase de pensamentos poéticos." Nas fotografias de Shaw Marilyn podia parecer uma mulher simples, como outra qualquer, alguém que só queria desfrutar da vida e do que ela podia oferecer. Em Manhattan, ele fotografou ela e o marido em momentos românticos; comendo cachorro quente, passeando no Central Park. Em uma das fotos, ela escolhe gravatas para ele na boutique Tiffany's; atrás, vê-se a multidão curiosa se aglomerando na vitrine. Era uma artista extremamente midiática. Sam Shaw fazia em suas fotografias a vida de Marilyn Monroe parecer ser muito mais simples do que era. E nós amamos acreditar nisto.
Para ler: Marilyn Among Friends, Sam Shaw and Norman Rosten. Gramercy - 1992.
Sam Shaw, 1957.
Para escutar: Marilyn Monroe - The Essentials, 2006.
Para escutar: Marilyn Monroe - The Essentials, 2006.
Fonte: Obvious
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