quinta-feira, 21 de novembro de 2013

35 roupas inspiradas nas artes plásticas: moda e arte


Não é de hoje que moda e artes plásticas se inspiram mutuamente. O diálogo entre elas mudou muito com o tempo, mas sempre existiu. Mostro aqui 35 exemplos de roupas que prestaram óbvias homenagens a grandes mestres da pintura, da gravura e da escultura nos últimos 75 anos.


MONDRIAN + SAINT-LAURENT: Neste assunto, o ícone absoluto é a série de vestidos que Yves Saint-Laurent criou em 1965 com base nos quadros de Piet Mondrian. Estas peças fizeram sucesso absoluto, são a cara de uma época, nunca deixaram de encantar e têm lugar de destaque em qualquer enciclopédia de moda que se preze.


MATISSE + SAINT-LAURENT: O estilista que mais prestou homenagens às artes plásticas certamente foi Yves Saint-Laurent. Estes vestidos são estampados com formas e coloridos típicos da obra de Henri Matisse. Os quadros La gerbe e L’escargot, ambos de 1953, estão aqui para provar.


VAN GOGH + SAINT-LAURENT: Os lírios e girassóis de Vincent Van Gogh, pintados no século 19, foram parar nestas jaquetas que Yves Saint-Laurent desenhou em 1988.


MONET + SAINT-LAURENT: Na mesma coleção, Yves Saint-Laurent bebeu do célebre lago de ninféias de Claude Monet.


POLIAKOFF + SAINT-LAURENT: Em 1965, Yves Saint-Laurent transformou em roupa sua admiração pela produção recente de Serge Poliakoff, como os quadros Composição abstrata (1960) e Composição verde, azul e vermelha (1965).


PICASSO + SAINT-LAURENT: Pablo Picasso pintou diversos arlequins ao longo da carreira, que depois inspiraram Yves Saint-Laurent a criar várias peças de destaque em suas coleções.


WESSELMANN + SAINT-LAURENT: As silhuetas básicas e coloridas de Tom Wesselmann deram origem a vestidos ainda mais pop assinados por Yves Saint-Laurent.




BRAQUE + SAINT-LAURENT: Foram muitas as vezes em que Yves Saint-Laurent se rendeu aos pássaros coloridos e instrumentos cubistas de Georges Braque.


ROTHKO + GALLIANO: Por ocasião dos 60 anos da Dior, em 2007, John Galliano criou uma coleção inteira baseada em seus pintores favoritos. Este vestido, por exemplo, remete ao quadro White center, de Mark Rothko, pintado em 1950.


MONET + GALLIANO: Da mesma coleção, saiu este vestido com as cores da tela Vétheuil (1901), de Claude Monet.


DEGAS + GALLIANO: Os tons e texturas que estavam na saia de uma das Bailarinas na coxia, de Edgard Degas, pularam para o busto e os ombros da modelo de John Galliano em 2007.


MONET + KRIEMLER: As pinceladas fluidas das telas impressionistas de Claude Monet voltaram às passarelas em 2009, na coleção criada por Albert Kriemler para a grife Akris.


DALÍ + SCHIAPARELLI: Em 1936, Salvador Dalí criou seu Telefone-lagosta. No ano seguinte, Elsa Schiaparelli estampou em um vestido branco um desenho do mesmo crustáceo, também assinado por Dalí.


DALÍ + SCHIAPARELLI: Assim que Salvador Dalí mostrou ao mundo sua Vênus de Milo com gavetas, em 1936, Elsa Schiaparelli lançou seu casaco-mesa, que fazia um paralelo com a escultura surrealista, só que com bolsos e botões.


WARHOL + UNGARO: Nos anos 90, Emanuel Ungaro criou para a Parallèle sua releitura das flores em cores saturadas de Andy Warhol.


WARHOL + CAMPBELL’S: Nos anos 60, Andy Warhol transformou em arte os rótulos das sopas Campbell’s. E a marca de comida enlatada aproveitou o burburinho para transformar a arte pop de Warhol em roupa. O vestido era 80% celulose e 20% algodão, não podendo ser lavado nem passado. Hoje é item de colecionador.


WARHOL + HOYLE: Em 2008, a onipresente Marilyn Monroe de Andy Warhol se revelou por entre as dobras de um vestido plissado de Hannah Hoyle.


LICHTENSTEIN + SIMPSON: Em 1965, Lee Rudd Simpson criou este vestido com desenho de Roy Lichtenstein, cuja obra contém várias versões pop art do pôr-do-sol.


HARING + CASTELBAJAC: O próprio Keith Haring costumava desenhar suas formas humanas características em jaquetas e calças, criando roupas que hoje valem como obras de arte. Mas a peça acima é de 2002, assinada por Jean-Charles Castelbajac.


MAGRITTE + CASTELBAJAC: O mesmo Jean-Charles Castelbajac emulou a famosa caligrafia de René Magritte neste robe que traz a frase “Je suis toute nue en dessous” (algo como “Não estou usando nada por baixo”). Como não lembrar da ironia histórica da tela La Trahison des images (Ceci n’est pas une pipe), feita por Magritte em 1929?


ESCHER + MCQUEEN: As ilusões inquietantes de M. C. Escher tornaram-se alta costura em 2009, pelas mãos de Alexander McQueen. O estilista desfilou vestidos geniais, cujas estampas mostravam uma típica (e falsificadíssima) padronagem da Givenchy se transformar nos pássaros transmorfos do desenhista holandês.

Sugestões de leitura da Biblioteca da EBA :

BRANDSTATTER, Christian. Klimt e a moda. São Paulo: Cosac & Naify, 2000. 79p. : (Universo da moda)

COSTA, Cacilda Teixeira da. Roupa de artista: o vestuário na obra de arte. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, EDUSP, 2009. 312 p.

GIVRY, Valérie de.. Art & mode: l’inspiration artistique des créateurs de mode. Paris: Regard, 1998. [22] p. of plates .

MÜLLER, Florence. Arte e moda. São Paulo: Cosac & Naify, 2000. 80p. (Universo da moda)

XIMENES, Maria Alice. Moda e arte na reinvenção do corpo feminino do século XIX. 1. ed. Barueri, SP: Estação das Letras e Cores, 2009. 98p. (Estudos da moda)

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