domingo, 1 de setembro de 2013

MANHÃS DE SETEMBRO


Descrição:


MANHÃS DE SETEMBRO



Manhãs de Setembro,

aragem fresca

construindo sonhos,

teias de gotas

enfeitando os matos,

perfume verde

a seguir meus passos,

lírios roxos

ponteando as margens

do fio de água

que escorre manso.

E tu E eu!

E a erva tombada

pelos corpos,

os lírios violados

na paixão.

E o céu!

Esse céu azul

sem limite.

O nosso limite.

A nossa eternidade!



"Este poema de Helena, é o próprio amor
enaltecido. Descreve-se o local - mero detalhe. O importante é a troca, a aproximação, a união dos corpos.
Mais que isso, como corolário, uma união amorosa como essencial para se ter a chave da eternidade.
Gosto demais de versos assim, cuja fluência é sentida não apenas quando lida em voz alta. E o fato ainda de significar sem esforço..".

Flávio Alberoni

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