Descrição:
MANHÃS DE SETEMBRO
Manhãs de Setembro,
aragem fresca
construindo sonhos,
teias de gotas
enfeitando os matos,
perfume verde
a seguir meus passos,
lírios roxos
ponteando as margens
do fio de água
que escorre manso.
E tu E eu!
E a erva tombada
pelos corpos,
os lírios violados
na paixão.
E o céu!
Esse céu azul
sem limite.
O nosso limite.
A nossa eternidade!
"Este poema de Helena, é o próprio amor
enaltecido. Descreve-se o local - mero detalhe. O importante é a troca, a aproximação, a união dos corpos.
Mais que isso, como corolário, uma união amorosa como essencial para se ter a chave da eternidade.
Gosto demais de versos assim, cuja fluência é sentida não apenas quando lida em voz alta. E o fato ainda de significar sem esforço..".
Flávio Alberoni
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