segunda-feira, 1 de julho de 2013
Cinco hotéis onde a arte define tudo!
Paredes nuas não têm vez nesses destinos .
Os art hotels são a prova de que a arte de hospedar adquire contornos sublimes quando – em lobbies, suítes, galerias e jardins – os protagonistas são afrescos, telas, esculturas e fotografias. Cada vez mais as linhas que separam arquitetura, design e arte se esfumaçam. Por isso, reunimos nesta matéria cinco hotéis que apostam na arte exposta como atrativo. Em vez de relaxamento e mente distante, a proposta é o aculturamento mesmo no ócio.
No Rose Bar, tela da série DragQueen, de Andy Warhol (o display muda com frequência)
Gramercy Park Hotel, nos Estados Unidos
Não há hotel mais in em Nova York para os aficionados das artes. O Gramercy Park Hotel abriga uma coleção impressionante do século 20, com curadoria do lendário pintor e diretor de cinema norte-americano Julian Schnabel, também responsável pelo décor. Do lobby ao Rose Bar, há obras-primas da pop art de Andy Warhol e do neoexpressionista Jean-Michel Basquiat. Nas paredes, trabalhos também de Enoc Perez, Keith Haring, Tom Wesselmann, Richard Prince, Michael Scoggins, Fernando Botero e Damien Hirst, entre outros. Nos quartos, uma série de fotografias. “Basicamente, sou um pintor”, disse Schnabel. “Construí um lugar em que gosto de estar.” Por trás da coleção – baseada sobretudo em mestres da arte moderna americana – está também o proprietário alemão Aby Rosen, ávido colecionador e guru do ramo imobiliário. A disposição das obras muda constantemente e surpreende a cada visita. (Diárias a partir de US$ 475.)
Um dos quartos que exibem série de fotografias escolhidas por Julian Schnabel
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A Suíte Volterrano, que preserva os afrescos do italiano Baldassare Franceschini (1660) e papéis de parede chineses do séc. 19
Four Seasons Hotel Firenze, na Itália
Um museu vivo da era renascentista em Florença. Instalado no Palazzo della Gherardesca, do século 15, e em um convento do século 16, o hotel preserva um tesouro de afrescos, pinturas e relevos dos séculos 15 ao 19. No lobby, 12 painéis de alto-relevo (1481-1488) mostram figuras mitológicas supostamente criadas por Bertoldo di Giovanni, um dos maiores escultores da época. A capela, transformada em sala de leitura, tem as paredes pintadas pelo maneirista Jan van der Straet (dito Giovanni Stradano) e por Agostino Ciampelli. No teto da Volterrano Suite está um dos afrescos mais importantes do hotel: Cegueira da Mente Humana sendo Iluminada pela Verdade, do séc. 17, por Baldassare Franceschini (ou Volterrano). E a arte se estende ao jardim, criado entre 1472 e 1480 e remodelado no século 19. “A arte está ligada ao espírito do hotel e é um reflexo dessa cidade”, disse o gerente-geral, Patrizio Cipollini. (Diárias a partir de 575 euros.)
Templo neoclássico no histórico Giardino della Gherardesca
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Terraço de onde se tem visão estonteante de Atenas e sua Acrópole
New Hotel Athens, na Grécia
Há um novo hot spot neste verão em Atenas: o Art Lounge do New Hotel, propriedade do colecionador grego de arte contemporânea Dakis Joannou. O espaço para comer e beber fica na cobertura do hotel remodelado pelos irmãos Campana e inclui uma biblioteca e um terraço com vista para a Acrópole. Da coleção de Joannou, patrono do centro de exibições Fundação Deste, chama a atenção no lounge a escultura F.O.B., de 1993, de Ashley Bickerton. Nas paredes, imagens da revista Toilet Paper, criada por Maurizio Cattelan como fotógrafo Pierpaolo Ferrari. “Assim como os irmãos Campana são a vanguarda do design, Maurizio Cattelan está na vanguarda da arte”, disse Joannou, que mantém seu acervo – obras de Jeff Koons, Elad Lassry, Mike Kelley, Damien Hirst, Takashi Murakami e Gabriel Orozco, entre outros – à mostra de forma itinerante em sua fundação e seus hotéis do grupo Yes!. (Diárias a partir de 250 euros.)
O recém-inaugurado Art Lounge, com a escultura F.O.B., 1993, de Ashley Bickerton
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Obra de cerâmica de Fernand Léger no terraço do restaurante
La Colombe d’Or, na França
A arte está na história e na alma deste pequeno hotel e restaurante em Saint-Paul de Vence, na Provence. Inaugurado como um café em 1920 e transformado em hospedaria, La Colombe d’Or passou a atrair artistas graças à atmosfera cozy e ao profundo interesse de Paul Roux, o proprietário, pelas artes. Miró, Georges Braque, Henri Matisse, Sonia Delaunay, Fernand Léger, Raoul Dufy, Picasso, Alexander Calder, Cesar, Arman, Tinguely, Dubuffet e Jacques Prévert por lá passaram e deixaram suas obras como pagamento. No terraço do restaurante, o trabalho de cerâmica, de Léger, foi encomendado por Francis, filho de Paul, e sua mulher, que herdaram o amor pela arte. “Temos também obras contemporâneas adquiridas pelo meu sogro, Francis”, conta Danièle Roux, mulher de François, terceira geração à frente do hotel. A mais recente é uma instalação do irlandês Sean Scully, na área da piscina. (Diárias a partir de 250 euros.)
Escultura-móbile de Calder na área da piscina
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No primeiro andar Nikolai Polisky criou instalação com 15 cervos de madeira
Le Royal Monceau, na França
Quando ressurgiu na cena parisiense, em 2010, depois de uma reforma milionária assinada por Philippe Starck, o Royal Monceau logo se firmou como o hotel da arte contemporânea em Paris. Stéphane Calais criou os afrescos Un jardin à la française (2010) no teto do restaurante La Cuisine. A tela de Rosson Crow, Grand Salon, Maison d’Alsace, 1929 (2010), decora a sala privée do restaurante Il Carpaccio. Nikolai Polisky montou uma instalação no primeiro andar com 15 cervos de madeira e Joana Vasconcelos assina o bule de chá monumental de ferro do jardim. Os quartos têm fotografias da coleção que inclui Simon Chaput, Koichiro Doi e Thierry Dreyfus. E o hotel acolhe uma galeria de arte, livraria e uma art concierge que organiza encontros com artistas e curadores. (Diárias a partir de 950 euros.)
No restaurante La Cuisine, fotos da coleção que inclui nomes como Guy Le Querrec e Lucien Hervé
Fonte:http://casavogue.globo.com/LazerCultura/noticia/2013/06/5-hoteis-onde-arte-define-tudo.html
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