domingo, 5 de maio de 2013
ABRIR A ARCA DE NOÉ
A Bíblia fala-nos da criação do mundo e de fenômenos que se julgavam imersos nos evangelismos. Hoje, a ciência parece validar trechos da sua verdade mas despoleta, igualmente, várias outras dúvidas por esclarecer. Houve uma "Civilização X"? Terá desaparecido após o dilúvio universal? E Noé, foi o único sobrevivente na sua arca?...
© "A Arca de Noé", de Raphael Toussaint (Wikicommons).
Afinal, segundo investigações históricas recentes, o dilúvio de que fala a Bíblia pode mesmo ter ocorrido. Vários cientistas têm se debruçado sobre este tema de formas diversas.
© "O Dilúvio", Capela Sistina, de Miguel Angelo Buonarroti (Wikicommons).
© (Imagem da esquerda) "Cena do Dilúvio" de Alexis Francois Girard, a partir do "Dilúvio" de Girodet Triosson, (Wikicommons).© (Imagem da direita) "O Dilúvio" de Gerard Doré, (Wikicommons).
Uma civilização do planeta “X”
Segundo a Bíblia, existiu uma comunidade populacional no Médio Oriente, anteriormente ao grande dilúvio, resultante da união entre “anjos” e mulheres - humanas. Tais seres são descritos como tendo “maus pensamentos” e “más condutas”. Esta é a civilização que, segundo o historiador Zecharias Sitchin, foi composta por gigantes “anunnakis” (aqueles que desceram dos céus, na língua suméria), povo extra-terrestre que teria chegado ao planeta Terra aquando da aproximação do planeta Nibiru, detectado pelas sondas da Nasa e designado de planeta “X” (daí civilização “X”). Na interpretação que Sitchin faz dos “sinais” sumérios, este hipotético planeta realmente existiu e o seu movimento, lento, em torno do “nosso” Sol demoraria 3600 anos, aproximando-se da Terra a cada um desses períodos. Sempre que se aproximava, se dariam diversos fenómenos e mutações no planeta Terra, como o grande dilúvio enunciado na Bíblia."
Este historiador baseia-se na ideia de que as civilizações antigas, como a suméria, teriam estabelecido contactos com povos extra-terrestres e que conheceriam todos os planetas do sistema solar. Para os sumérios, após a constituição do sistema solar Nibiru terá sido atraído pela força da gravidade do Sol, após circular de forma errante pelo espaço, permitindo que um dos satélites do planeta chocasse contra um outro planeta, Tiamat, localizado entre Marte e Júpiter, que se partiu ao meio e que deu origem, por sua vez, ao planeta Terra, a uma cintura de asteroides e a cometas, no espaço.
A relação do estudo geológico, biológico e químico do Mar Negro iniciado com o projeto “Assemblage”, apoiado pela União Europeia, com os escritos bíblicos e as reflexões sumérias, indiciam que o fenômeno do dilúvio terá, de facto, existido, concretizando diversas mudanças ao nível ambiental, geográfico, biológico, político e social.
© O Dilúvio de Noé (Genesis, 7.11.24), de William de Brailes, (Wikicommons).
© Mapa do Povo Hebreu após o Dilúvio, (Geograficus), Monin, 1839, (Wikicommons).
© Mapa da Dispersão dos filhos de Noé, (Geograficus), Bonne, 1787, (Wikicommons).
© "Alegorias" de Heronimus Bosch, antes do restauro, (cerca de 1450-1516), (Wikicommons).
© "O Dilúvio", de Paolo Uccello, (1397-1475), (Wikicommons).
Por detrás do evangélico
O fenômeno do dilúvio é, igualmente, partilhado por outras tradições antigas emergidas no período pré-histórico, o que aumenta o grau de probabilidade de o fenômeno natural ter ocorrido. Previamente ao desenvolvimento do projeto “Assemblage”, investigadores e geólogos da Universidade de Columbia como William Ryan e Walter Pitman, em 1998, deram a conhecer provas do rompimento de um possível istmo (que agora constitui o Estreito do Bósforo) na região do Bósforo, por volta de 5600 a.C., provocando a recriação do Mar Negro e do Mar Cáspio em lagos extensos de água doce ou salobra. Coloca-se a hipótese de estes dois mares terem estado ligados, em algum momento no passado. Com o degelo que terá ocorrido nessa altura e que poderia ser uma das explicações do dilúvio histórico em questão, alguns cursos de água que, normalmente, desembocariam no Mar Negro, terão passado a rumar para direções diferentes, o que terá provocado uma diminuição do caudal e um abaixamento do nível do mar. Com a redução do caudal, a depressão rica em água rapidamente se terá tornado fértil e atrativa à ocupação humana e à sedentarização populacional. Talvez fosse o caso dos indo-europeus da zona dos Curganos ou do povo proto-sumério, ambos localizados nos arredores do local do fenômeno onde se deu o dilúvio, no Mar Negro. Ainda assim, esse degelo teria aumentado o nível do Mediterrâneo (e, em consequência, do Mar Egeu), absorvendo as águas de outras regiões. Até ao final do milênio respectivo, esse aumento progressivo do caudal teria exercido pressão sobre o possível istmo do Bósforo, rompendo e levando, posteriormente, à inundação da depressão fértil ocupada do Mar Negro. Este fenômeno teria resultado no êxodo dos povos referidos.
Alguns dos resultados do projecto “Assemblage”, em 2004, vão no seguimento das conclusões de Ryan e Pitman. Todos estes estudos abriram um novo debate sobre a civilização do Médio Oriente mas, no fundo, o livro sagrado da religião católica deu início a um processo de análise científica que nunca antes se pensou que pudesse acontecer. O que demonstra a capacidade que o ser humano possui de poder observar mais do que o objetivamente mostrado ou menos, conforme a sua perspectiva ocular ou formatação mental. Assim, poder-se-á dizer que “tudo depende do ponto de vista”? E a realidade, será uma mera matéria de perspectiva? Em última instância, a realidade pode mesmo não existir para além do olhar humano...
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2013/05/abrir_a_arca_de_noe.html#ixzz2SOIvtT00
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço sua participação que é muito importante para mim.