sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Top 10: as casas brasileiras de 2012 via Casa Vogue

Não faltou charme, sabor e suingue à decoração brasileira em 2012. E onde houve arroubos de criatividade e aconchego, dentro e fora de casa, estivemos lá para conferir. Do Nordeste ao Sul do Brasil, foram inúmeros os projetos que se destacaram por suas personalidades únicas, tão variadas quanto as culturas de cada região. Afinal, num país deste tamanho, há espaço para gente de todo tipo, assim como para estilos decorativos múltiplos. A partir de agora você confere os dez melhores exemplares do décor verde-amarelo publicados nas páginas (e nas telas) de Casa Vogue em 2012.


1. Casa de Telma Rocha, Rio de Janeiro

A história desta casa é longa, começa em 1920. Sua atual moradora, Telma Rocha, a arrematou em 1998. Uma grande reforma transformou o prédio abandonado em uma confortável residência com o dobro de seu tamanho original, organizada em três pisos. As salas de estar, jantar e almoço, a varanda e as áreas molháveis estão no primeiro andar. No andar superior há três grandes quartos e um pátio externo. Do lado de fora, uma horta, um lago, um caramanchão e a piscina revivida com sua água natural, de uma fonte nascida ali. Também um quarto de hóspedes e o jardim, com muitas flores e árvores frutíferas.
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2. Cobertura de Malu Mader e Tony Bellotto, Rio de Janeiro – Ouriço

Casa para Malu Mader é flor no vaso, bolinho no forno, nada a ver com o que se convencionou chamar de chique. Sua preocupação está em propiciar um lar para os seus – ela e Tony Belotto têm dois filhos, e ele tem mais uma, da primeira união – que reflita aura de família, ofereça conforto, seja um ninho, um porto seguro. Como ambos vêm de famílias grandes que têm por hábito se reunir, esse foi o ponto de partida para a transformação que ela incumbiu ao escritório de arquitetura carioca Ouriço, de Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida.
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3. Apartamento de Sergio Zobaran, curador da Mostra Black, São Paulo

Em seu próprio décor, Sergio Zobaran, um santista criado no Rio que, há oito anos, vive em São Paulo, procurou dar um ar industrial ao jeito afrancesado do projeto original. Retirou oito portas de madeira e as substituiu por três de vidro. Os tacos originais, de peroba-rosa, ganharam sinteco cinza-claro. O segundo quarto fundiu-se à sala, e o de serviço foi transformado em lavabo. Desde o tom chumbo do hall até a nuance mais clara do piso, o cinza impera. Os móveis são fruto de buscas em antiquários.
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4. Casa em Valinhos, SP – Ruy Ohtake

Nesta residência no Condomínio Sans Souci, em Valinhos, interior de São Paulo, é fácil identificar as marcas de Ruy Ohtake: o pleno domínio da forma e a sensualidade das curvas. A surpresa é uma constante nesta casa cinematográfica. Ao todo, são 1.000 m² construídos. Em vez dos ângulos retos nas janelas, a volumetria de concreto armado é perfurada por peepholes, que permitem banhar o interior com a luz externa. O maior deles, com 1,80m de diâmetro, coroa o eixo do projeto. O paisagismo é do escritório Burle Marx.
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5. Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, Recife

Construída em meados do século 18, a edificação foi comprada pelo sociólogo em 1939. Em 1985, a pedido de Freyre, a casa foi transformada em fundação e reúne todo o seu acervo intelectual e pessoal, incluindo livros, objetos pessoais, retratos, obras de arte e móveis originais. O próprio Freyre encarregou-se da reforma e da decoração, mobiliando a casa com peças encontradas em demolições e antiquários. Na década de 1950, o escritor se empenhou em uma nova reforma para ampliar a residência de 14 cômodos. A obra possibilitou a criação de uma grande biblioteca. Tudo na casa de Freyre reflete o seu colecionismo.
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6. Apartamento de Consuelo Cornelsen, Curitiba

Na capital paranaense, a curadora Consuelo Cornelsen instalou-se na cobertura de um edifício no centro da cidade. Com 670 m² de área – incluindo varanda, jardim e piscina –, o imóvel exibe boa parte do mobiliário e das obras adquiridas por ela ao longo dos anos. As peças, uma variada seleção de autores nacionais e internacionais – entre eles, Le Corbusier, Paulo Mendes da Rocha, John Graz, Gaetano Pesce e Zanine Caldas –, traduzem seu interesse por diversas expressões da produção moderna. A base do apartamento é feita de tons neutros e madeira, presentes no piso e em boa parte dos móveis. São os objetos que entram com a energia do amarelo, do vermelho e do roxo, entre tantos outros.
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7. Casa no Sítio São Pedro, Guarujá, SP – Sig Bergamin

A casa do tipo palafita está fincada em plena Mata Atlântica, numa reserva ambiental, e de cara para o oceano. O morador, de 44 anos, é um empresário de São Paulo. Do decorador Sig Bergamin, ele assimilou o gosto por corais, adquiridos em suas viagens pelo mundo. Essas criaturas marinhas, assim como suas cores, pipocam pelos ambientes dos quatro andares da casa – numa cadeira, numa mesinha, nos pufes, nas almofadas ou no grande tapete zebrado coral e branco feito sob medida no Nepal para o living.
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8. Casa de Jorge Zalszupin, São Paulo

A morada onde, há 52 anos, vive um dos mais importantes nomes do design brasileiro, o arquiteto Jorge Zalszupin, foi construída por ele mesmo e 2 ajudantes. "Não gosto de grandes espaços. Gosto de lugares calorosos, que me dão segurança, com todos os lados em volta de mim protegidos, para ter liberdade para pensar", diz. O arquiteto nasceu em Varsóvia, de onde fugiu para a Romênia após a invasão pelo exército nazista. Passada a Segunda Guerra, morou na França e então emigrou para o Brasil, em 1949. Seus projetos arquitetônicos com linguagem orgânica eram sempre realizados em parceria com o espanhol Pepe, um superpedreiro que entendia tudo sem precisar de desenho.
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9. Casa da chef Zazá Piereck, Rio de Janeiro – Zanine Caldas

Adicione ao projeto do célebre Zanine Caldas um punhado de tapetes marroquinos e pufes indianos. Acrescente bancos de Tiradentes e papéis de parede da Espanha. Para apimentar, uma pitada de quadros vindos diretamente da China. E, para garantir um retrogosto de cinema americano, uma caixa de correio azul-clara com uma bandeirinha vermelha que veio na mala de Aspen. Polvilhe tudo com plantas escolhidas por Burle Marx e leve a mistura ao forno em uma vasilha untada com retratos de família no Peru, Bolívia ou deserto de Omã entre enfeites trazidos da Grécia e do México. Eis a receita seguida para a decoração da casa da chef Zazá Piereck, dona do Zazá Bistrô. Dá gosto de ver.
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10. Casa da galerista Maria Baró, São Paulo

"A arte é capaz de revolucionar a vida, trazendo a ela outra dimensão, abstrata e subliminar", afirma a galerista espanhola Maria Baró, proprietária da Baró Galeria, em sua casa em São Paulo. Ela bem sabe disso. Basta ver o interior da construção no Jardim Paulistano, ambientada pela própria moradora não para ser vista por quem quer que seja, mas para ser sentida pela família.

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