Às vezes quero silêncio.
E, às vezes, quero rir sem motivo, chorar sem motivo.
Ser absolutamente boba sem motivo.
Eu não quero ter razão todo o tempo.
Quero ter direito ao erro, mudar de opinião.
Não quero ser forte,
muito pelo contrário.
Quero simplesmente ficar triste
se imaginar que alguém levantou a voz pra mim
além do normal.
E bem naquele dia em que eu não acordei muito bem.
Quero concordar e depois perceber que discordo.
Quero mudar de ideia.
Quero não entender a piada.
Quero poder me enganar.
Quero não entender nada, não saber de nada,
não falar nada.
Quero o distanciamento, quero o vazio,
precisar de uma mão no meu ombro.
Não quero ser capaz de tudo
e muito menos ter a certeza absoluta de que posso tudo.
Às vezes, eu preciso ser frágil.
Frágil e perdida.
Me sentir cansada, me sentir sozinha,
até me sentir inútil.
Contanto que ainda me sinta eu.
Às vezes, quero o desabafo.
Ou o que eu quero, na verdade,
são aqueles silêncios que dizem tudo…
(Desconheço autoria)
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