segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Os ofícios dos ossos com o olhar de quem faz Arte!



Objetivos
Compreender as funções do esqueleto ligadas à forma dos ossos e examinar os compostos químicos que entram em sua constituição
Introdução
VEJA avisa que, já na infância, devemos tomar cuidados para combater a osteoporose, uma doença que atinge 5 milhões de brasileiros. O assunto sugere um aprofundamento com a turma baseado em dois tópicos importantes. Um se refere ao estudo do esqueleto humano numa visão anatomofuncional, para explorar aspectos físicos dos ossos relacionados às funções de proteção, sustentação e locomoção. O outro diz respeito aos fatores que podem ajudar a manter a estrutura óssea saudável - por exemplo, a ingestão de doses de cálcio, de acordo com a idade, ou a exposição diária ao Sol. Ensine por que tais medidas são benéficas.

Atividades
 aula - Leia a reportagem com os alunos. Discuta os mecanismos de ação do cálcio no organismo, assim como os da vitamina D. Sem a segunda substância, a primeira não pode ser absorvida. Nossa pele fabrica um derivado do colesterol que precisa da luz solar da manhã, rica em raios ultravioleta, para transformar-se em vitamina D. Antes que o processo se complete, essa substância passa pelo fígado e pelos rins e só então está pronta para favorecer a absorção de cálcio pelo intestino. Daí, ele entra na circulação e desempenha suas funções no organismo. Com o envelhecimento, esses órgãos podem não trabalhar com eficiência e, assim, comprometer a ação da vitamina D, mesmo com ingestão extra de cálcio. A necessidade só é suprida quando se associa ao consumo de vitamina D. Estima-se que algo entre 80% e 100% das quantidades de vitamina D presentes no corpo de uma pessoa vêm da exposição ao Sol.

Explique que a concentração de cálcio no sangue é controlada por dois hormônios: o paratormônio e a calcitonina. O primeiro age em dietas pobres de cálcio, retirando-o dos ossos e disponibilizando-o no sangue. A calcitonina, por sua vez, é uma forma de vitamina D que desativa as células destruidoras dos ossos, prevenindo, assim as perdas ósseas.

Chame a atenção também para a influência dos hormônios. A partir da puberdade, a testosterona (no homem) e os esteróides ovarianos (na mulher) assumem papel decisivo no processo de adequação das células ósseas às necessidades do esqueleto. Aparentemente, os esteróides sexuais estão ligados à facilitação da deposição de cálcio na matriz óssea formada.

Como pano de fundo de todos esses processos, a secreção de hormônio do crescimento (HGH) parece influenciar positivamente a deposição e formação de matriz óssea. A secreção desse hormônio é progressivamente maior desde a infância até a adolescência e daí para a vida adulta. Em seguida, o ritmo tende a diminuir, ao passo que aumenta a desmineralização óssea e reduz-se a reposição de matriz. Como cita a reportagem, estudos recentes têm demonstrado que o exercício físico - como liberador de HGH - é fundamental.

Para seus alunos
Forma dos ossos

O esqueleto humano apresenta três tipos de ossos de acordo com sua configuração
Planos ou Chatos
São formados por duas camadas de tecido ósseo compacto, intermediadas por outra de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea. Exemplos: esterno, ossos da bacia, escápula e caixa craniana

Longos
Têm duas extremidades - epífises - e uma diáfise (o corpo do osso), composta de tecido ósseo compacto. Entre esta e cada epífise encontra-se a metáfise. Epífise e metáfise são formadas por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: fêmur e úmero

Curtos
Têm as três extremidades praticamente equivalentes e são encontrados nas mãos e nos pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: calcâneo, carpos e tarsos

 e  aulas - Discuta a importância do esqueleto, abordando, principalmente, a relação forma-função. Ressalte que a anatomia é um ramo do conhecimento que estuda a forma, a disposição e a estrutura dos tecidos e órgãos que compõem os seres vivos. Se observarmos à nossa volta, veremos que a compleição de todas as coisas está associada à respectiva utilidade.

As diferenças nas estruturas de cada osso (do crânio, da caixa torácica e dos membros) ocorrem para atender aos papéis que eles precisam desempenhar.

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele é feito de peças ósseas e cartilaginosas articuladas que representam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.

Conte que o esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

Axial - formado pela caixa craniana, a coluna vertebral e também a caixa torácica.

Apendicular - compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica (ossos ilíacos, da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

Depois, distribua cópias da figura acima e examine as diferentes formas dos ossos. Conte que o interior deles é preenchido pela medula. Parte dela é amarela e funciona como depósito de lipídeos. No restante, é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de desenvolvimento das células do sangue, ou seja, de hematopoiese. O tecido hemopoiético é popularmente conhecido como tutano. As maiores quantidades estão nos ossos da bacia e no esterno. Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada principalmente nas epífises.

Explique que o tecido ósseo é feito de células (osteócitos), substâncias orgânicas (como a proteína osseína) e substâncias inorgânicas (como sais de cálcio, carbonato e fosfato de cálcio). Dito isso, reproduza o quadro "Química dos Ossos" (abaixo) e entregue-o à moçada, previamente dividida em equipes. Proponha que todos os times realizem as experiências ali indicadas, a fim de reconhecer os dois grandes grupos de compostos químicos - orgânicos e inorgânicos - integrantes da estrutura óssea. Se for o caso, reserve uma quarta aula para comentar os resultados e rever os itens estudados.

Para seus alunos
Química dos ossos

Identifique a presença de compostos orgânicos e inorgânicos que formam a estrutura óssea
Consultoria Fabio Holtz
Professor de Biologia do Colégio Uirapuru, de Sorocaba (SP)

Fonte: Nova Escola

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