A segunda edição da ArtRio começou nesta quarta-feira, dia 12. Cheia de novidades e gerando ebulição no mercado, a feira carioca das artes dobrou seu espaço – agora ocupa 6.200 m² do Píer Mauá – e vem com um portentoso objetivo: tornar-se a grande plataforma nacional das artes. "Queremos criar um legado educacional e cultural no país", diz Brenda Valansi, fundadora do salão ao lado de Elisângela Valadares. Esta acrescenta: "Vamos receber as principais galerias do mundo, como a Gagosian, de Nova York" – presente pela primeira vez no Brasil.
Completando o time de sócios da ArtRio, estão os empresários Luiz Calainho, que administra a área de negócios, marketing e conteúdos, e Alexandre Accioly, sócio-investidor que atua nas decisões estratégicas. "A ArtRio vem preencher uma lacuna: a cidade carecia de uma feira de arte inovadora, lançadora de tendências", afirma Accioly sobre o evento que neste ano concentrará um investimento de cerca de R$ 9,5 milhões – R$ 3,5 milhões a mais do que o inaugural. Em 2011, se o volume estimado de vendas foi de R$ 120 milhões, agora, são previstos R$ 150 milhões.
Números são mais robustos para 2012 (serão 120 galerias contra 83, em 2011), os desafios também: a ideia é configurar o Rio como uma das cidades mais criativas do planeta. Para tanto, criou-se o slogan: "O Rio é arte. O tempo todo. Em toda parte". As novidades não param aí. Nas entressafras das feiras, a ArtRio desenvolverá diversas ações.
Além do portal, a nova super brand do setor lançou uma web radio e realizará ciclos de palestras ao longo do ano, sempre com foco nas artes. Entre as ações, estão circuitos artísticos pela cidade, indicados no portal por personagens como o prefeito Eduardo Paes, que sugeriu a ladeira João Homem e a rua do Jogo da Bola, no Morro da Conceição, cujos sobrados e vilas, hoje transformados em ateliês de artistas, conservam as marcas da colonização portuguesa.
Com visitação estimada em 60 mil pessoas, a ArtRio 2012 abrigará igual número de galerias brasileiras e estrangeiras: 60 cada. Importantes nomes internacionais estarão representados, como a norte-americana David Zwirner, a inglesa Stephen Friedman, a espanhola Fernando Pradilla e a Kaikai Kiki, de Tóquio. Entre as brasileiras, destacam-se as cariocas Silvia Cintra, Anita Schwartz, Eliana Benchimol e A Gentil Carioca, as paulistas Raquel Arnaud, Fortes Vilaça, Baró, Vermelho, Leme e Nara Roesler e, fora do eixo Rio-SP, a Sim, de Curitiba, a Celina Albuquerque, de Belo Horizonte, e a Paulo Darzé, de Salvador.
Entre os eventos paralelos, um dos mais aguardados é o Solo Projects, no Pier Mauá. A cargo de Julieta Gonzalez e Pablo León de la Barra, curadores radicados em Londres, a mostra trará dez obras criadas por jovens artistas brasileiros e estrangeiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço sua participação que é muito importante para mim.