Não nego, desde já, que esse título seja muito mais do que um chamariz barato, roubado da edição de 2002 da revista The New York Times, para falar de uma mesma pessoa: o notável fotógrafo que revolucionou o modo de se fazer fotografias de moda, o simplório Richard Avedon, que tem em seu portifólio, emblemáticas imagens de ícones como Marylin Monroe, Charles Chaplin, Allen Ginsberg, Andy Warhol, Salvador Dalí, Audrey Hepburn, Alfred Hicthcock, Tom Morrison, entre tantos outros, na infinidade de nomes eternizados no preto e branco de suas lentes.
O que antes dependia de fortes produções de luz e poses estereotipadas, e que ainda hoje apoia-se em programas de edição, nas produções publicitárias, com Richard Avedon edifica-se uma singular beleza comercial através do contrário, traz na crueza de suas fotografias o imperfeito e incomum, sem a estranheza do bizarro. De olhar quase minimalista, este nova-iorquino nascido em 1923, logo se fez conhecido.
Tendo estudado com o designer russo Alexey Brodovitch, o padrinho que lhe inseriu no universo da moda e lhe carregou, após o termino da segunda guerra mundial, para a Harper's Baazar; fez de Richard Avedon, o homem que seria conhecido por mudar os conceitos da fotografia comercial, o marco que traria para as ruas aquilo que só era feito em estúdio, aquele que questionaria as relações de fotógrafo e modelo, e com isso, a partir de agora, começaria a dirigir as poses e feições de seus manequins.
"Quando estou fazendo um portrait, acho até ofensivo usar uma iluminação sofisticada e abusar dos retoques. Eu acho que a própria pessoa pode expressar sua beleza. Se a pessoa está com a barba por fazer ou tem pequenas pintas no rosto, eu não quero esconder isso, nem tentar fazê-lo ficar mais atraente".
Com suas fotos espalhadas pela Vougue e pela Baazar, em 1957 foi indicado a quatro Oscar's pela sua consultoria ao filme Cinderella em Paris, o qual o personagem de Fred Astaire conserva nuances do próprio Avedon; um ano depois, já era, pela Popular Photography, um dos 10 maiores fotógrafos do mundo. Fez parcerias com Truman Capote e James Badwi, nos últimos anos da década de 1950. No início de 1960 já tinha seus trabalhos expostos no instituto Smithsonian em Washington, em 1963 fotografou o movimento sulista dos direitos civis, e em 1970, fotografava a guerra do Vietnam. Pelas duas décadas seguintes só confirmou sua constante ascenção, entrou no hall da fama do Art Director's Club, em Nova Iorque, recebeu, além de vários convites de exposições, uma série de premios por seus trabalhos e outros méritos. Alcançando em 1993 um Doutoramento Honorário da Parsons School of Design em Nova Iorque.
Richard Avedon, aos poucos, concretizou um cru astístico, expondo acima das poses um sentimento único, que só com a cromaticidade do preto e branco é possível trazer na fotografia. Construiu nesse tempo uma estética notável, feita de imperfeições em uma época fortemente marcada pela massificação de ícones do cinema e da música, longe da fantasia pop do séc. XX. Exemplo mor, é a famosa foto de 1957, que registra o melancólico e acabado olhar de Marylin Monroe.
"Desta forma, Avedon apresenta grande parte desses rostos, desprovido da confortável sensação conferida habitualmente pelas referências espaço-temporais, totalmente nu perante o espectador, que não consegue evitar desenhar atrás deles o cenário que o seu subconsciente construiu acerca dessa pessoa."
Avedon, traz à fotografia um modo mais humano de observar o mundo e suas excentricidades, baseado na superficie das coisas, captando modos e olhares fora do universo maravilhoso que a mídia insiste em nos mostrar. É comparado, pelo jornal USA Today em 1992 (ao ser contratado pela The New York Times) como: "Ter Avedon como fotógrafo contratado é como chamar Michelangelo para pintar uma casa."
Sem dúvidas Richard Avedon foi um grande nome para o que a fotografia se tornou hoje, estando ao lado de mestres como Henri Cartier Bresson e Robert Doisneau. Continuou seus trabalhos até o ano de 2004 onde, finalmente veio a falecer, durante o trabalho pela revista The New York Times, no Texas.
"Minhas fotografias não vão além da superfície. Elas são leituras do que está na superfície. Eu tenho grande fé em superfícies. Uma boa superfície está cheia de pistas".
Postagem replicada d`A Saia da Dona Maricota
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/o_escafandrista/2012/08/o-fotografo-mais-famoso-do-mundo.html#ixzz230ixhZHm
Sem dúvidas Richard Avedon foi um grande nome para o que a fotografia se tornou hoje, estando ao lado de mestres como Henri Cartier Bresson e Robert Doisneau. Continuou seus trabalhos até o ano de 2004 onde, finalmente veio a falecer, durante o trabalho pela revista The New York Times, no Texas.
"Minhas fotografias não vão além da superfície. Elas são leituras do que está na superfície. Eu tenho grande fé em superfícies. Uma boa superfície está cheia de pistas".
Postagem replicada d`A Saia da Dona Maricota
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