Se você não conhece, deveria conhecer. Tanto quanto Brassaï, Jacques-Henri Lartigue é um grande mestre da fotografia francesa. Mas melhor que Brassai, sua fotografia é extremamente espontânea, ingênua; é quase uma ironia olhar para ela e pensar que um enquadramento tão inusitado, uma luz tão bem empregada um instinto tão bom para o momento certo de puxar o gatilho sejam mérito de um garoto.
Sim, era só um garoto. Pertencente a uma família abastada, Lartigue ganhou sua primeira câmera com apenas 7 anos. No ano seguinte ganhou uma Brownie Nº 2, portátil. Lartigue poderia ter se comportado como a maioria das crianças de hoje ao ganharem alguma quinquilharia tecnológica de seus pais de presente de aniversário, mas o fotógrafo dentro dele não permitiu que deixasse a câmera de lado, ou no fundo do armário como o restante de seus brinquedos.
Instintivamente, começou a produzir nas suas férias escolares as imagens que você vê a seguir.
Somente tendo seu talento reconhecido na velhice, sua primeira importante exposição ocorre no MoMa em 1963, tendo sido descoberto pelos historiadores do museu em 1960.
Aqui você vê o documento do MoMa a respeito de Jaques-Henri Lartigue MOMA_1964_0003_1964-01-09_3.pdf
Estudou pintura na Académie Julian em Paris de 1915 a 1916 e considerou-se por isso sempre um pintor.
Entre as décadas de 1910 e 1920 Lartigue fotografou corridas de carros, as madames da época na praia e nos parques, dentre outras coisas. Mas sua fotografia mais deliciosa de se ver ainda é a da infância, de que as pessoas próximas da família, a babá e os amigos são tema; uma câmera fotográfica não era algo comum e todos se divertiam ao posar para elas.
Minha palavra final: esta imagem de Brassaï com Lartigue fazendo palhaçadas, o que ilustra muito bem a leveza com que vivia e fotografava:
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