pAfinal o que definiria uma conceitualização de uma fotografia dita como arte?
Primeiro nos caberia significar a arte e a fotografia, e mesmo após fazê-lo, os subsídios para um entendimento paralelo de ambos, ainda seriam abstratos e pouco palpáveis. Por isso me atenho à experiência singular da problemática, onde o fotógrafo em suas vivências e o desejo pela busca artística fomenta em sua prática, amadora ou profissional, algo mais profundo de si, o que o leva a uma entrega de um olhar desconstrutivo e questionador de padrões estéticos que tenham sido vistos como comuns de seu tempo. Então uma exaltação artística surge, e sua obra iconográfica muitas vezes, ganha uma forma para além do molde em que se circunscreve.
Primeiro nos caberia significar a arte e a fotografia, e mesmo após fazê-lo, os subsídios para um entendimento paralelo de ambos, ainda seriam abstratos e pouco palpáveis. Por isso me atenho à experiência singular da problemática, onde o fotógrafo em suas vivências e o desejo pela busca artística fomenta em sua prática, amadora ou profissional, algo mais profundo de si, o que o leva a uma entrega de um olhar desconstrutivo e questionador de padrões estéticos que tenham sido vistos como comuns de seu tempo. Então uma exaltação artística surge, e sua obra iconográfica muitas vezes, ganha uma forma para além do molde em que se circunscreve.
Para trazer luz a esta nuance de fotografia e arte, trago o ensaio que é o título deste artigo “Quando a fotografia se faz arte” do fotógrafo Catarinense, Primo Tacca.
Com um olhar impregnado pelo fenômeno artístico, ele faz uma desleitura do óbvio escavando os paradigmas padronizados. O que torna seu trabalho restrito e singular, quanto a possíveis comparações da massa de fotógrafos que vêm se popularizando dentre a modalidade de publicidade e editorial. Trazendo sua expressão subjetiva e colocando-a em ação em sua prática profissional ele elimina o desperdício de uma visibilidade fotográfica homogênea, promovendo uma fotografia superespecializada.
Valendo-se de sua bagagem cultural aproximo sua arte de influências nítidas conscientes ou não, o que pouco importa, da literatura e da música. Da música herdando a ansiedade do próximo movimento constante, ou seja, em suas direções de arte o fotógrafo faz emergir do instante congelado no ato do clique, a presença de uma variável que nunca é inanimada, mas se coloca em um constante ritmo visual. A busca por uma tênue transição entre cadências no fluxo das imagens, que trás a sua fotografia um espírito de jovialidade, movimento, bela aparência, lineares de forma e ordem rítmica. Da literatura, vejo uma influência do que escapa ao autor. Em sua escrita com a luz surge uma fotografia dramática e apaixonada, em que todos os elementos conceptuais, cênicos, físicos e instrumentais são postos em elo com o ato criativo, recriando um clima imagético ficcional, que desinibe pequenos traços de afeiçoes em detalhes que conversando descrevem uma história ao espectador que se propões a um ato de introspecção tendo como estímulo sua obra.
Um modelo clássico relido e reinterpretado numa exaltação estética modernista. É dessa forma que vejo seu ato criativo na seqüência de fotografias desse ensaio autoral específico, que apontam não tal somente para uma especificidade, mas sim para uma amostragem amplificada do espírito artístico do fotógrafo. Apropriação distinta que o trabalho autoral permite.
As composições do ensaio olhadas aleatoriamente poderiam supor uma oposição quando ao que viria ligá-las em um mesmo contexto expositivo, todavia elas se aproximam quando vistas por um macro perspectiva, que recria em todas elas um ambiente futurista que magnetiza o olhar de quem as visualiza.
Seja nos singelos enfoques de cores vibrantes, hora destoando das predominâncias centrais e vice-versa; em outras seguindo uma cadência rítmica na imagem. As minúcias dos detalhes adquirem uma forma supervalorizada sob o todo composicional. Os enquadramentos, ângulos, utilização da luz, e um requintado trabalho de pós-produção que substancialmente faz parte de umas das essenciais facetas do fotógrafo que a utiliza com maestria.
Me proponho a uma análise desse teor pois me debruço a um longo tempo sob o trabalho do fotógrafo, e ele se faz uma das minhas inspirações e referências na fotografia.
Com um olhar impregnado pelo fenômeno artístico, ele faz uma desleitura do óbvio escavando os paradigmas padronizados. O que torna seu trabalho restrito e singular, quanto a possíveis comparações da massa de fotógrafos que vêm se popularizando dentre a modalidade de publicidade e editorial. Trazendo sua expressão subjetiva e colocando-a em ação em sua prática profissional ele elimina o desperdício de uma visibilidade fotográfica homogênea, promovendo uma fotografia superespecializada.
Valendo-se de sua bagagem cultural aproximo sua arte de influências nítidas conscientes ou não, o que pouco importa, da literatura e da música. Da música herdando a ansiedade do próximo movimento constante, ou seja, em suas direções de arte o fotógrafo faz emergir do instante congelado no ato do clique, a presença de uma variável que nunca é inanimada, mas se coloca em um constante ritmo visual. A busca por uma tênue transição entre cadências no fluxo das imagens, que trás a sua fotografia um espírito de jovialidade, movimento, bela aparência, lineares de forma e ordem rítmica. Da literatura, vejo uma influência do que escapa ao autor. Em sua escrita com a luz surge uma fotografia dramática e apaixonada, em que todos os elementos conceptuais, cênicos, físicos e instrumentais são postos em elo com o ato criativo, recriando um clima imagético ficcional, que desinibe pequenos traços de afeiçoes em detalhes que conversando descrevem uma história ao espectador que se propões a um ato de introspecção tendo como estímulo sua obra.
Um modelo clássico relido e reinterpretado numa exaltação estética modernista. É dessa forma que vejo seu ato criativo na seqüência de fotografias desse ensaio autoral específico, que apontam não tal somente para uma especificidade, mas sim para uma amostragem amplificada do espírito artístico do fotógrafo. Apropriação distinta que o trabalho autoral permite.
As composições do ensaio olhadas aleatoriamente poderiam supor uma oposição quando ao que viria ligá-las em um mesmo contexto expositivo, todavia elas se aproximam quando vistas por um macro perspectiva, que recria em todas elas um ambiente futurista que magnetiza o olhar de quem as visualiza.
Seja nos singelos enfoques de cores vibrantes, hora destoando das predominâncias centrais e vice-versa; em outras seguindo uma cadência rítmica na imagem. As minúcias dos detalhes adquirem uma forma supervalorizada sob o todo composicional. Os enquadramentos, ângulos, utilização da luz, e um requintado trabalho de pós-produção que substancialmente faz parte de umas das essenciais facetas do fotógrafo que a utiliza com maestria.
Me proponho a uma análise desse teor pois me debruço a um longo tempo sob o trabalho do fotógrafo, e ele se faz uma das minhas inspirações e referências na fotografia.
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/embriaguez_artistica/2012/02/quando-a-fotografia-se-faz-arte.html#ixzz1o0VhQ3EN
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