sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sob o olhar IG o antes e depois no Concurso Nacional de Fantasias


Lévi-Strauss, criador do blue jeans, e a rainha angolana Ginga foram homenageados no tradicional baile do Jockey Club


Adotar trajes irreverentes no carnaval não é só uma tradição antiga. É também um costume que permite que o folião solte a imaginação, e se transforme em um verdadeiro personagem. A tarefa de se travestir não é fácil, mas o resultado é surpreendente. A equipe de carnaval do iG garimpou duas fantasias de diferentes categorias, luxo masculino e originalidade, para mostrar o antes e o depois da caracterização. O Concurso Nacional de Fantasias aconteceu no início da noite da quinta-feira (16), no Jockey Club da Gávea, abrindo a programação dos bailes no hipódromo.
O estilista baiano Edson Matos resolveu homenagear o criador do jeans, Lévi-Strauss. “Fiz uma campanha no Facebook para arrecadar jeans suficiente para a fantasia. Consegui aproximadamente 200 peças para customizar minha roupa”, afirma Edson, que veio ao Rio exclusivamente para o concurso. “É uma forma de divulgar meu trabalho. Amo o que faço, deu muito trabalho, mas valeu à pena. Até tive que fazer uns reparos hoje pela manhã, porque a fantasia sofreu no avião”, contou, referindo-se a indumentária produzida por ele, para concorrer na categoria Originalidade.
Foram dois meses de dedicação à fantasia, que pesa quase 50 quilos. Zíper, bolsos, botões, presilhas, barras, cós, tudo foi aproveitado e materializado nas mãos de Edson. A peça considerada ‘coringa’ no guarda-roupa, virou uma armadura carnavalesca. Com tantos adereços Edson fica irreconhecível. Até a bota, de 23 cm de altura foi feita por ele, que também fez questão de fazer dreads feitos com jeans para complementar o visual.

Fantasia de 100 mil reais
Já o glamour do carnaval pode ser visto na fantasia de Ednelson Pereira, que concorreu na categoria luxo masculino. “É um prazer mostrar a fantasia antes do carnaval. É uma oportunidade a mais de diversão”, diz Ednelson, que desfila pela Vila Isabel.
O nome do seu traje é: “O sacerdote da rainha Ginga de Angola e Matamba”. Com a ajuda de três pessoas, Ednelson se transforma em meio a plumas, penas, pedrarias, búzios e paetês. “É tudo feito com muito amor, por isso fica tão perfeito”, continua.
Segundo ele, a fantasia custa em média 100 mil reais e precisou de mais de dois meses para ficar pronta. Nas costas ele carrega 50 quilos, e o adorno da cabeça pesa 10 quilos.

Foto: Gianne Carvalho

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