Dominique Dreyfus, Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga, 1996.
“Eu como cantador pobre, sabia que a cidade grande não ia me dar oportunidade, então eu gravava meus discos e ia procurar o meu público lá nos matos. Nos estados longínquos. Esse povo vinha me ouvir e as praças ficavam cheias. Eu arranjava patrocinadores no local e, às vezes, levava patrocinador do sul que tinha pretensões no Nordeste. Me davam cartazes. Eu cantava na praça pública, nos coretos, nos circos e até nos quartéis. Eu chegava nas cidades do interior com os meus discos, cantava na praça pública, vendia o meu peixe. Foi sempre no Nordeste que eu me arrumei”.
Ibidem.
“Minha toada é mensageira da paz e minhas músicas sempre foram cristãs”.
“Eu criei tanta coisa que, hoje, sabendo de todos o sanfoneiros parados que tem por aí, eu devo deixar o meu lugar. Porque não sou mais sanfoneiro nem cantor, porque sou simplesmente Luiz Gonzaga, um velho com gogó bom. Não ganho dinheiro mais como sanfoneiro, ganho como Luiz Gonzaga”.
Ibidem.
“Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mim; que esse sanfoneiro amou muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor”.
Luiz Gonzaga
Fonte:http://www.museuluizgonzaga.com.br/index.php?cont=frases_luiz_90.php
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