Se aprovados, Estado receberá o dinheiro em seis meses
Sérgio Vieira, do Rio | 05/01/2012 às 21h33
Após uma hora reunido com o ministro da Integração, Fernando Bezerra, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral afirmou que apresentou três projetos de prevenção a tragédiasrelacionadas às chuvas. As ações apresentadas durante o encontro realizado nesta quinta-feira (5) no Palácio das Laranjeiras, na zona sul do Rio, somam R$ 950 milhões e contemplam as regiões de Laje do Muriaé, a grande São Gonçalo e os municípios localizados na bacia de Campos.
- Fizemos uma avaliação de 2011 e do momento grave de necessidades de alerta máximo e de apoio e, principalmente, fizemos uma avaliação de prevenção ao ano de 2012.
O primeiro projeto apresentado, no valor de R$ 300 milhões, vai atender a região da bacia de Campos, severamente atingida pelos fortes temporais dos últimos dias. As cidades de São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e Campos dos Goytacazes serão algumas das beneficiadas com os recursos.
Em seguida, a região noroeste fluminense receberá um montante de aproximadamente R$ 350 milhões para solucionar problemas dos municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna e Cardoso Moreira. Segundo o governador, isso vai ajudar a evitar que ocorram novos problemas nos municípios que ficam mais ao sul do rio Muriaé, que recebe a água proveniente das chuvas no Estado de Minas Gerais.
O terceiro e último projeto vai beneficiar a população da grande São Gonçalo. Ao todo, 1,2 milhão de pessoas serão protegidas após obras de prevenção que somam mais R$ 300 milhões.
No entanto, para que todos estes acordos saiam do papel, será necessária a aprovação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e posteriormente da presidente Dilma Rousseff. Se todos os trâmites correrem em tempo recorde, o dinheiro chegará ao Rio de Janeiro no prazo de seis meses.
No fim de 2011, o governo Federal definiu uma lista de 251 municípios prioritários que seriam monitorados por apresentarem problemas relacionados às chuvas. O Ministério da Integração tinha R$ 360 milhões no ano passado para gastar com obras de prevenção, mas liberou menos de 10% desse valor. Segundo o ministro Fernando Bezerra, o problema é a burocracia para repassar o dinheiro para as prefeituras.
Mais uma vez questionado, o ministro Fernando Bezerra negou qualquer uso político das verbas do ministério e afirmou que parlamentares de Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram projetos de prevenção em 2010 (que seriam utilizados em obras em 2011), mas não deixou claro porque os projetos dos dois primeiros Estados foram aprovados e os do Rio, notoriamente castigados pelas enchentes há décadas, não recebeu nenhum repasse.
Apesar de não ter sido contemplado com recursos, o governador Cabral disse na terça-feira (3) que “não tem o que reclamar do ministro Fernando Bezerra e que ele é um grande parceiro e proativo em todas as demandas”.
Por conta da pressão em razão das chuvas e suas consequências em todo o território brasileiro, com destaque para Minas Gerais e Rio de Janeiro, o governo federal abriu crédito extraordinário nesta quinta-feira de R$ 482,8 milhões para ações de prevenção e combate a desastres naturais.
Fonte:R7
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