terça-feira, 11 de outubro de 2011
A nós próprios...
Num fim de tarde vi
Uma criança suja e descalça
Que atravessava a rua serena
O seu sorriso fez-me viajar
Despertou a criança que há em mim
E fez-me sentir novamente livre
Há muito que sentia um peso enorme
O peso da vida e das responsabilidades
E que escondia essa criança... eu
Porque nós somos sempre essa criança
Por muito que cresçamos com a vida
Precisamos sempre que nos peguem ao colo
E que nos digam o quanto somos amados
Apenas reprimimos esses sentimentos
Porque tememos que o mundo nos condene
Se soltarmos o nosso Eu superior
E vivemos assim eternos adultos
Escondidos por detrás da nossa criança
Desejando que ela saísse
E soltasse o grito de independência
Sonhando com o que ficou para trás
Recordando e desejando
Aquilo que jamais poderemos voltar a ter
A nós próprios.
Fonte: Tatooblue
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