segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Arte em motos -Chrystiano Miranda desenha e fabrica as peças usadas na customização de motos Harley-Davidson


Para muitos consumidores não há prazer maior do que conseguir um produto exclusivo e personalizado. E muitos pagam caro por isso. Não por acaso, a customização é uma atividade promissora e bastante lucrativa. Mas, para obter sucesso nesta empreitada, não basta ser criativo e ter ideias diferentes e inovadoras. “É preciso conhecer muito bem o lado tradicional do negócio. É fundamental que o empresário tenha familiaridade com as atividades essenciais do ramo, além de ser um especialista no produto que planeja personalizar. Apenas assim poderá oferecer sugestões e ajudar o cliente”, afirma Paulo Eduardo Figueiredo Freitas, consultor do Sebrae-SP.
O empresário Chrystiano Miranda sabia bem disso quando decidiu abrir uma oficina para customizar motocicletas Harley-Davidson. Ainda morando nos Estados Unidos, ele largou o emprego de designer gráfico para entrar na empresa das tradicionais motos americanas. Chrys, como é mais conhecido, trabalhou em diversas áreas e aprendeu atividades como mecânica e vendas de peças. Tamanha experiência e a paixão por motos fizeram com que voltasse ao Brasil e, em 2003, abrisse a Garage Metallica, empreendimento que teve um investimento inicial de R$ 120 mil.
No processo de customização, o empresário recebe pedidos para alterar peças, pintura e até a estrutura das motos – criando as chamadas “choppers”. Miranda desenha e fabrica peças - exceto câmbios e motores - com ajuda de seus dois funcionários. Com um universo de possibilidades, ele revela que uma das maiores dificuldades é transformar a vontade do cliente em realidade. “Muitos trazem ideias tiradas da internet e de filmes, achando que tudo é possível. Entretanto, algumas modificações como fazer uma suspensão muito baixa com tantos buracos nas ruas não são viáveis”, diz. “Nestas situações busco mostrar o problema e levar uma solução alternativa”, afirma.
Identificar a necessidade do cliente e conhecer as possibilidades disponíveis para customizar o produto são aspectos fundamentais para quem deseja entrar neste segmento. “Tem que saber ouvir e prospectar o gosto do cliente, analisando os pedidos com frieza, porque mudar depois de customizado gera mais gasto. Com isso, o indicado é fazer testes e mostrar um pré-projeto já com opções alternativas”, afirma Freitas.
Fonte:IG

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