A princípio esdrúxula, tecnologia 3D se mostrou perfeira para captar
movimento dos bailarinos.
movimento dos bailarinos.
Wenders disse que demorou para fazer o filme – ele começou a produção com a colaboração de Pina – porque não sabia como fazer jus ao trabalho dela. O 3D, aparentemente uma solução esdrúxula, foi a resposta. E ele tinha razão. Aqui, as imagens tridimensionais dão profundidade, volume, colocam o espectador ao lado dos bailarinos. Quatro coreografias foram reencenadas: “A Sagração da Primavera”, “Kontakthof”, “Vollmond” e “Café Müller”.
Mas só a tecnologia não explica o impacto do documentário. Primeiro, há o trabalho vigoroso, dramático, surpreendente da coreógrafa, que usava elementos da natureza como rochas e água em suas peças – em uma coreografia com as mãos, um bailarino “dança” ao som de “Leãozinho”, de Caetano Veloso.
Foto: Reuters Ampliar
Wim Wenders e a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, com óculos 3D na sessão de "Pina"
Na coletiva de imprensa, mais palmas para o diretor Wim Wenders. “O tema do filme é o olhar de Pina. Ela tinha um olhar agudo sobre as pessoas. Um olhar que nunca vi, ela via através de você, mas era amoroso”, disse o cineasta. A uma jornalista que disse ter se emocionado com o documentário, ele afirmou que “a emoção está no trabalho de Pina”.
Fonte: www.ig.com.br
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