CELEBRANDO CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Verdade


A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.




Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.


Carlos Drummond de Andrade - 1902/1987

Fotografia Kirlian: a alma das coisas

Se já teve a ocasião de observar fotografias antigas em que se vê uma misteriosa aura luminescente em redor dos retratados, não vale a pena espantar-se: não é a alma humana a sair do corpo que está a ver. Apenas o efeito Kirlian.

 Fotografia Kirlian
Fotografias em que aparecem pessoas rodeadas por uma aura luminescente são mais comuns do que se pensa. Se a imagem é recente diremos logo que é uma manipulação feita com photoshop. Porém se é mais antiga, anterior à era da fotografia digital, os espíritos mais religiosos erguem-se clamando estar perante provas da existência da aura humana, esquecendo-se que os efeitos fotográficos existem desde os primórdios da fotografia. Neste caso a aura é produzida por um efeito muito simples denominado Kirlian.

Este fenómeno é antigo e deve o seu nome ao inventor russo Semyon Davidovich Kirlian, que o tornou conhecido em 1939. O princípio técnico é muito simples. Resumidamente, consiste em aplicar um campo eléctrico de alta voltagem próximo da chapa fotográfica que, como resultado, provoca o aparecimento de uma luminescência radiante em redor do objecto fotografado. O mais extraordinário é que, não obstante o fenómeno ser conhecido também pelo nome de bioelectrografia, ocorre tanto com seres vivos como com objectos inanimados, o que refuta as teorias místicas que defendem a existência de uma aura humana que pode ser fotografada. Misticismos à parte, o que é certo é que as fotografias produzidas por este processo são espectaculares e não deixam de convocar a nossa imaginação e o nosso lado mais espiritual.
 Fotografia Kirlian
A ironia no meio disto tudo é que Kirlian, diz-se, descobriu o processo por mero acaso no meio das suas experiências com electricidade e não lhe soube descobrir aplicação prática imediata para além da curiosidade científica. No entanto, cabendo-lhe os louros da descoberta, não lhe cabe o pioneirismo. Há registos de que, no início do século XX, o padre e inventor Roberto Landell de Mouradesenvolveu experiências fotográficas deste tipo onde captou pela primeira vez estes efeitos que, na altura, se acreditou corresponderem à aura humana. A polémica das suas descobertas e a pressão da Igreja levaram-no a abandonar as suas experiências. Só a sua vida daria um livro...
As fotografias apresentadas, realizadas com a técnica Kirlian, são da autoria do fotógrafo americano Robert Buelteman.
 Fotografia Kirlian

 Fotografia Kirlian

 Fotografia Kirlian


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2009/07/fotografia_kirlian.html#ixzz1cJnXSmUR

Através do blog Outra Revista fiquei sabendo do evento que acontecerá no IFF, 1 º de novembro. Gostei e se puder estarei lá!

Inauguração da Biblioteca do IFF Itaperuna

Teatro, exposição de fotografia, e inaugurações movimentam o câmpus Itaperuna nesta terça, 01 de novembro a partir das 14h.
O mês de novembro começará com a inauguração da nova Biblioteca do câmpus Itaperuna, às 14h desta terça-feira, 01/11. A solenidade de inauguração, que contará com a presença da Reitora do Instituto Federal Fluminense Cibele Daher, marcará o início de funcionamento da Biblioteca do câmpus em seu novo e definitivo espaço, no bloco de recepção. Conforme o bibliotecário Paulo Cesar Encarnação, a proposta é atender não só aos alunos e servidores, mas ofertar a Itaperuna uma biblioteca aberta à comunidade. “Queremos dar à biblioteca uma dinâmica voltada para a formação de leitores, por isso montamos um espaço para exposições em sua antessala”, explica Paulo. Já na inauguração, a Coordenação de Imagem Institucional, Comunicação e Eventos montou uma exposição com os trabalhos do fotógrafo Douglas Lima e o Grupo de teatro Parada Artística, sob a coordenação da pedagoga Gleiciane Lage Soares, apresentará no hall do bloco de laboratórios, uma série de esquetes de humor intitulada “Deslocados”. Ainda na programação do dia acontecerá a inauguração do “Espaço Qualidade de Vida”, o novo prédio da academia de ginástica do câmpus, que sediará o projeto de qualidade de vida promovido pela Coordenação de Gestão de Pessoas.

EVENTOS CULTURAIS

A Biblioteca do IFF Itaperuna marcará sua inauguração com atividades artísticas e culturais que acontecerão após a solenidade:
Exposição Fotográfica"Um olhar pelo mundo" do fotógrafo Douglas Lima.
Local: Antessala da Biblioteca do IFF Itaperuna
Horário: a partir das14:30h
 Douglas Lima é natural de Natividade, RJ e aluno do curso de Guia de Turismo do campus Itaperuna. Com um olhar diferenciado, o fotógrafo percebeu que havia mais que lindas paisagens, e descobriu um flagrante de beleza através do cenário simples de nosso cotidiano, revelando o encanto que se esconde na união do dia-a-dia do ser humano com a natureza. O fotógrafo Douglas Lima conseguiu transformar paisagens que pareciam simples, passando despercebidas por nossos olhos, em fotografias ousadas, que nos levam a meditar e nos remetem a aguçar a sensibilidade do olhar. “A beleza está no olhar de quem admira, e a descoberta no olhar de quem percebe”.


Comédia Teatral “Deslocados”com o Grupo Parada Artística
Local: Hall do Blocode Laboratórios do IFF Itaperuna
Horário: 15:00h
Deslocados, nova produção do Grupo de Teatro Parada Artística,é uma divertida comédia que apresenta, em uma série de esquetes, diferentes personagens que não se enquadram no conceito de “normalidade”, pessoas exóticas,excêntricas, numa diversidade de perfis que garantem os risos da platéia e,quem sabe, identificação e reflexão sobre o que é ser “normal”.

 Acima, o convite do Diretor Geral do IFF câmpus Itaperuna, Evanildo Leite para a solenidade.

-- 
Alberto Carlos P. Souza
Coordenação de Imagem Institucional
Comunicação e Eventos

IF Fluminense campus Itaperuna
.

domingo, 30 de outubro de 2011

FIM DE TARDE EM MEU CORAÇÃO


"Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim."


(Martha Medeiros)

Dos versos que me compõem

Trago em mim
Um recado
Às vezes mal dado...
Por luz divina
ou uma alma ferina.


Trago lembranças
Replenas de fantasias
Existência que completa e sobeja...


Nesse recado, uma parte
do seio que em mim cabe,
mora um verso
em que componho e me faço,
e me pertence a metade do laço
desse espaço 
que não me sabe.


É um recinto,
Maior do que o sinto...
Maior que minha vida..
Maior que meus sonhos...
Maior até que o amor,
E a alma que se vai, às vezes com dor...


Nesses versos que me compõem
Cravo e me completo,
Me revelo essencialmente...
E transpareço...
O anseio e o abraço
De outro pedaço
Que aqui jaz, 
enfim.


Trancrevo e ouço,
Um canto agora,
Desse encanto que me traz
Essa saudade voraz
Que em paz,
se acabe...
e fim.


Nesse verso que mora em mim
Que eu me encontre...
E também a poesia que exala
Desses versos tão fugazes
Desse tempo que esvai
Que foge, escorre
E me abstrai...


Que me depare com a verdade,
Nem ouça e nem fale,
Somente me cale
Diante do verso
Que tudo diz de mim.
Ante a rima e a quadra...
Perante o amor e a alma
Em presença de tudo que almejo.
Vívido assim...


(Juliana Alves)

sábado, 29 de outubro de 2011

Arte e Moda em Minas Trend Preview

MINAS TREND PREVIEW - INVERN0/2012 - ALESSA.

aless_i12_011
aless_i12_009
aless_i12_019
aless_i12_015
aless_i12_007
aless_i12_005
aless_i12_003
aless_i12_001
aless_i12_013
aless_i12_021
aless_i12_023
aless_i12_025
aless_i12_033
aless_i12_035
aless_i12_031
aless_i12_029
aless_i12_027
Fonte: Achados da Moda

COLORIR PAPEL







É um vento que passa e que leva
Raia o brilho de cor amarela
Planta o pé no chão
O amor dando volta na terra
Arco íris de luz aquarela
Banda coração
Vamos ver o pôr do sol
Me dê a mão
Uma estrela só
Não é constelação
Sem destino vamos juntos
Passear feito nuvens no céu
Derramar a tinta colorir papel
É um vento que passa e que leva
Raia o brilho de cor amarela
Planta o pé no chão
O amor dando volta na terra
Arco íris de luz aquarela
Banda coração
Vamos ver o pôr do sol
Me dê a mão
Uma estrela só
Não é constelação
Sem destino vamos juntos
Passear feito nuvens no céu
Derramar a tinta colorir papel
E amanhecer nós dois
Perfume, bem me quer
Tem biscoito, queijo, bolo
Leite no café
(Jamil)