“Rob Gonsalves é um pintor e arquiteto canadense, filho de ciganos romenos nascido em Toronto (Ontário), Canadá, em 1959. Um mestre da arte do realismo mágico (fantástico), onde o real e o imaginário encantam e nos transportam a universos paralelos distintos e sem fronteiras. Podemos comparar a arte de Rob Gonsalves com a dos mestre surrealistas: Salvador Dali, Frida Khalo e principalmente com Maurits Cornelis Escher e René Magritte, com uma única diferença, a arte de Rob possui o olhar inocente como de uma criança. Apesar de sua pintura se assemelhar ao surrealismo, ele não pode ser classificado como, pois suas imagens são programadas e resultam de pensamento consciente. O trabalho de Rob Gonsalves mistura o realismo mágico de Magritte com as maravilhosas ilusões de Escher.”
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Dicas de Yasmin Claussen!!!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Entrevista com Keith Swanwick, sobre o ensino de música nas escolas.
Para o especialista inglês, é fundamental unir atividades de execução, apreciação e criação para que os alunos se desenvolvam artisticamente.
Ana Gonzaga (novaescola@atleitor.com.br)
Ana Gonzaga (novaescola@atleitor.com.br)
A história é conhecida: em agosto de 2008, o presidente Lula sancionou uma lei que torna obrigatório o ensino de Música na Educação Básica. Por enquanto, o que se sabe é que as redes têm até 2012 para se adaptar às exigências da norma. Sobre quase todo o resto, porém, paira uma atmosfera de indefinição. Haverá uma disciplina específica ou integrada ao currículo de Arte? A aula será teórica ou incluirá um componente prático? O professor polivalente poderá ensiná-la? Qual a formação mais adequada? Uma excelente fonte para refletir sobre essas dúvidas é a obra do inglês Keith Swanwick. Professor emérito do Instituto de Educação da Universidade de Londres e formado pela Royal Academy of Music, o mais aclamado conservatório musical da Grã-Bretanha, ele criou teorias sobre o desenvolvimento musical de crianças e adolescentes e investigou diferentes maneiras de ensinar o conteúdo.
"Os interesses musicais dos alunos são muito variados: alguns gostam de ouvir, outros querem compor ou ainda cantar e tocar. O professor precisa dominar um leque de atividades para atender a essas demandas", defende. Swanwick já esteve no Brasil 15 vezes, a mais recente delas em novembro do ano passado, a convite da Associação Amigos do Projeto Guri, em São Paulo, para uma palestra sobre educação musical. Após o evento, ele conversou com NOVA ESCOLA.
Em linhas gerais, o que é preciso para ensinar bem Música?
KEITH SWANWICK O essencial é respeitar o estágio em que cada aluno se encontra. Tendo isso em mente, é preciso seguir três princípios. Primeiro, preocupar-se com a capacidade da criança de entender o que é proposto. Depois, observar o que ela traz de sua realidade, as coisas com que também pode contribuir. Por fim, tornar o ensino fluente, como se fosse uma conversa entre estudantes e professor.
Isso se faz muito mais demonstrando os sons do que com o uso de notações musicais.Como um aluno aprende Música?
SWANWICK Procurei responder a essa questão por meio de uma pesquisa com estudantes de Música ingleses com idades entre 3 e 14 anos. Aprendi que o desenvolvimento musical de cada indivíduo se dá numa sequência, dependendo das oportunidades de interação com os elementos da música, do ambiente musical que o cerca e de sua Educação. Com base nessas variáveis, posso dizer que o aprendizado musical guarda relação com a faixa etária. Cada uma corresponderia a um estágio de desenvolvimento.
Quais as características de cada um desses estágios?
SWANWICK O primeiro vai até mais ou menos os 4 anos. Sua marca principal são experimentações, com as crianças batendo coisas e explorando as possibilidades de produção de sons de cada instrumento. No segundo estágio, que vai dos 5 aos 9 anos, essa manipulação já funciona como uma forma de manifestação do pensamento, dando origem às primeiras composições, muito parecidas com as que os pequenos conhecem de tanto cantar, tocar e escutar. As criações se tornam mais variadas e supreendentes a partir dos 10 anos, num movimento que chamo de especulativo. Em seguida, já no início da adolescência, as variações passam a respeitar os padrões de algum estilo específico, muitas vezes o pop ou o rock, "idiomas" em que é possível estabelecer conexões com outros jovens. Por fim, a partir dos 15 anos, é possível desenvolver um quarto estágio, que engloba os outros três, em que a música representa um valor importantíssimo para a vida do adolescente, marcado mais por uma relação emocional individual e menos por modismos passageiros ou algum tipo de consenso social.
Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas?
SWANWICK O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970, resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sentidos dessa palavra em português é "agregar". Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de composição, L de literatura e A de apreciação.)
Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva?
SWANWICK Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instrumentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música - ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpretes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação.
É apropriado trabalhar com músicas que as crianças já conheçam?
SWANWICK Sim, até para considerar o que cada criança traz de base. Mas o professor não pode se limitar ao repertório já conhecido. É preciso ampliá-lo. Para ficar em um exemplo típico do Brasil, posso dizer que é correto ensinar samba, mas é essencial explorar os diferentes tipos de samba e ir além desse ritmo, trazendo novas referências.
Existem ritmos mais apropriados para cada uma das faixas etárias?
SWANWICK Não. A variação de ritmos é importante para favorecer o desenvolvimento da turma. Também não diria que exista uma sequência mais adequada, do tipo "primeiro música clássica e depois popular". É claro que pode ser inadequado submeter a criança pequena ao rock pesado, por exemplo, porque ela não vai se identificar com esse tipo de som. Mas é interessante apresentar a ela alguns tipos de percussão. Na outra ponta, talvez os mais velhos não queiram se aproximar de canções de ninar porque elas não fazem mais parte de seu universo. De qualquer forma, um bom conselho é evitar rotular os estilos musicais, pois esse tipo de estereótipo pode afastar. Se eu digo para um adolescente para ouvir apenas Beethoven (1770-1827) quando seu interesse é o rock, ele não vai dar a devida atenção e pode pensar: "Isso não serve para mim". Por isso, não falo de antemão para os alunos que eles vão ouvir uma música de determinado tipo. É preciso contextualizar a criação de modo que o estilo seja apenas um dos dados sobre a música.
É verdade que os adolescentes são menos interessados em educação musical do que as crianças? SWANWICK Adolescentes são outro mundo. (risos) Eles gostam de música de modo geral, mas normalmente não estão interessados em ouvir a música como ela é apresentada nas escolas. O professor tem de chegar a um acordo sobre o que trabalhar. É inevitável negociar. Se o docente tiver uma posição muito rígida, com nível de tolerância baixo, não vai funcionar.
Criar uma lei que torne compulsório o ensino de Música é uma boa ideia?
SWANWICK Acredito que é uma boa iniciativa porque oferece às diferentes classes sociais oportunidades iguais de aprender. Nem todas as crianças têm a chance de frequentar um curso de música pago por seus pais em uma instituição privada. Possibilitar esse acesso nas escolas públicas é muito bom. Mas é preciso ficar atento ao conteúdo dessas aulas. Toda criança gosta de música. É natural do ser humano. Mas uma aula de música mal dada pode estragar tudo. Se ela for distante demais da realidade do aluno ou excessivamente teórica, por exemplo, o estudante pode ficar resistente ao ensino de Música e piorar a situação.
Qual sua avaliação sobre a educação musical no Brasil?
SWANWICK Acho que vocês têm alguns problemas. Durante minha viagem, pensei bastante na seguinte questão: onde estão os professores que vão atender à demanda criada pela nova lei? Certamente há muitos profissionais ensinando música de qualidade, mas em geral eles estão em escolas de Música e não na rede de ensino. É preciso conceber formas de atrair essas pessoas para a escola ou melhorar a formação dos que já atuam. Talvez seja necessário um tempo para que se formem docentes prontos para cumprir a norma do governo.
Muitos professores de Arte, disciplina que hoje engloba o ensino de música, reclamam que a área não é reconhecida no Brasil. Qual sua opinião?
SWANWICK Eu entendo que muitas vezes o ensino se torna tão penoso que fica fácil esquecer o valor da música. Eu diria que cada professor também pode atuar para recuperar esse entusiasmo, independentemente de o reconhecimento existir ou não. Uma das maneiras é experimentar a música por si mesmo. Fiz um trabalho para uma organização do Reino Unido que queria avaliar a qualidade de seus professores de música. Eu dei vários cursos para esses docentes e, um dia, um deles me disse: "Eu estava desmotivado e suas aulas me despertaram. Eu até voltei a tocar piano". Imagine só: ele era professor e tinha parado de tocar seu instrumento! Além de tocar, o professor deve ouvir boa música - enfim, ficar em contato com a área de uma forma prazerosa fora da sala de aula.
Na sua opinião, professores de Música precisam ser músicos?
SWANWICK Evidentemente, não precisam ser pianistas de concerto. (risos) Mas é fundamental saber tocar um instrumento porque isso é muito útil na sala de aula. Ajuda a exemplificar e a responder as dúvidas, entre outras coisas. Além disso, é preciso entender muito bem do assunto, ter conhecimentos de História da Música, saber relacionar diferentes momentos históricos e estilos e construir uma visão crítica sobre o tema.
Há uma idade mínima para a criança começar a aprender a tocar um instrumento?
SWANWICK É difícil determinar essa faixa etária, pois costuma haver uma grande variação individual. Muitas crianças não escrevem nem leem com 3 anos, mas já têm alguns conhecimentos de gramática - eventualmente, podem usar o passado, o presente e o futuro em frases, por exemplo. Num paralelo com a música, elas não são capazes de escrever notas musicais, mas podem tocar para se expressar. Costumo dizer que a idade boa para começar a aprender é quando a criança demonstra interesse.
Muitas vezes, o principal objetivo das aulas de Música é preparar as crianças para apresentações em datas comemorativas. Isso é ruim?
SWANWICK Você não pode impedir os pais de querer ver os filhos no palco em uma festa. A tentação de mostrar a criança é muito grande não apenas na música como também nos esportes e em recitais de poesias, por exemplo. Entretanto, é preciso fugir da armadilha de reduzir o ensino de Música a essas atividades. Também não se pode cair na ideia de que o objetivo escolar é formar músicos ou apenas fazer com que as crianças gostem um pouco mais de música.
Qual deve ser o cerne do trabalho?
SWANWICK As aulas devem colaborar para que jovens e crianças compreendam a música como algo significativo na vida de pessoas e grupos, uma forma de interpretação do mundo e de expressão de valores, um espelho que reflete sistemas e redes culturais e que, ao mesmo tempo, funciona como uma janela para novas possibilidades de atuação na vida.
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA Ensinando Música Musicalmente, Keith Swanwick, 128 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 36 reais.
Music,Mind and Education, Keith Swanwick, 192 págs., Ed. Routledge (em inglês, sem edição no Brasil), 45,95 dólares.
Fonte: Revista Nova Escola, Edição 229 - janeiro/fevereiro de 2010.
Foto tirada de Keith Swanwick por Marina Piedade.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
PIERRO, ARLEQUIM E COLOMBINA.
Pierro, Arlequim e Colombina, óleo sobre tela - 78 x 65 cm- 1922 -
Di Cavalcanti.
Ja é Carnaval, e em meio a tanta folia novamente aparecem as já conhecidas e tradicionais personagens: Pierrot, Arlequim e Colombina. Porém diante da dúvida perante a origem dos mesmos, resolvi fazer uma pequena busca para poder aqui contar um pouco dessa história.
Pois bem, a origem remonta o século XVI, quando na Itália eram comuns grupos de teatro populares, realizando apresentações pelas ruas, tendo como repertório peças de teatro improvisadas. Esse estilo ficou conhecido como Commedia dell´Arte (Comédia da Arte), e ainda hoje existem trupes de teatro desse estilo, aqueles famosos grupos que andavam em uma charrete, e improvisavam espetáculos pelas cidades que passavam, fazendo de seu veículo o próprio palco, e de suas vidas a própria arte.
O Arlequim surgiu primeiramente com a função de divertir as pessoas durante os intervalos do espetáculo, porém foi ganhando expressão, chegando a fazer parte das histórias.
Pois bem, a origem remonta o século XVI, quando na Itália eram comuns grupos de teatro populares, realizando apresentações pelas ruas, tendo como repertório peças de teatro improvisadas. Esse estilo ficou conhecido como Commedia dell´Arte (Comédia da Arte), e ainda hoje existem trupes de teatro desse estilo, aqueles famosos grupos que andavam em uma charrete, e improvisavam espetáculos pelas cidades que passavam, fazendo de seu veículo o próprio palco, e de suas vidas a própria arte.
O Arlequim surgiu primeiramente com a função de divertir as pessoas durante os intervalos do espetáculo, porém foi ganhando expressão, chegando a fazer parte das histórias.
No Brasil, a história disseminada é a de que Pierrot, um apaixonado e sonhador, está perdidamente apaixonado por Colombina, uma moça simples, empregada de uma dama, e apaixonada por Arlequim.
Este é matreiro, malandro, adora travessuras, é invisível, somente é visto por idosos, damas novas de boa educação e crianças. Ou pode ser visto de relance pelas damas, quando lhes rouba um beijo, deixando Colombina enciúmada, fazendo-a aprontar alguma ao Arlequim ou à moça beijada.
O Arlequim costuma dar seu coração às belas damas, que quando o comem se tornam o próprio Arlequim. O objetivo do Pierrot é capturar esse coração, porém sempre falha devido aos intentos de Arlequim.
Esse é um breve relato sobre a história dessas personagens tão conhecidas de nosso Carnaval. Porém vemos hoje que o sentido da Arte e do romantismo se perdeu durante os anos, tornando o Carnaval uma festa banalizada e puramente comercial.
Este é matreiro, malandro, adora travessuras, é invisível, somente é visto por idosos, damas novas de boa educação e crianças. Ou pode ser visto de relance pelas damas, quando lhes rouba um beijo, deixando Colombina enciúmada, fazendo-a aprontar alguma ao Arlequim ou à moça beijada.
O Arlequim costuma dar seu coração às belas damas, que quando o comem se tornam o próprio Arlequim. O objetivo do Pierrot é capturar esse coração, porém sempre falha devido aos intentos de Arlequim.
Esse é um breve relato sobre a história dessas personagens tão conhecidas de nosso Carnaval. Porém vemos hoje que o sentido da Arte e do romantismo se perdeu durante os anos, tornando o Carnaval uma festa banalizada e puramente comercial.
Fonte: Um pouco de cultura/blog.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Pintura Mardi Gras (1888/90) de Paul Cézanne
Paul Cézanne já é nosso conhecido. Para os distraídos, ou para os recém-chegados, eis quem foi Cézanne: nasceu em 1839, no sul da França, na Provença, região procurada por muitos pintores, antes e depois dele, pela luminosidade esplêndida e suave.
Cézanne desbravou o caminho para, entre outros, Braque, Mondrian, Matisse, Bonnard. Ele é considerado o elo entre Renoir e Jackson Pollock. A tela que mostramos hoje é uma prova dessa ligação. Também, como sempre, as pinceladas oblíquas e firmes e a escolha das cores, traço marcante de Cézanne.Pierrô e Arlequim, terminado por lá anda.
Sua cidade natal é a bela Aix-en-Provence. Como uma das maiores figuras dos movimentos Impressionista e Pós-impressionista, Cézanne exerceu enorme influência na Arte Moderna. É um dos nomes mais importantes da pintura.
Faleceu em sua cidade natal, em 23 de outubro de 1906.Entre as pinceladas livres e apenas esboçadas de Monet, e o pontilhismo de Seurat e Signac, vemos as pinceladas lineares e paralelas, facetadas, de Cézanne. Ele fazia os esboços do que pretendia pintar diretamente na tela, criando quadros que muitas vezes parecem inacabados.Cézanne é o pai de o baile de “Mardi Gras” – da terça-feira gorda que encerrava o Carnaval até bem pouco tempo atrás.
O filho de Picasso, Paolo, foi o modelo desse Arlequim, como já havia sido de outra tela com o mesmo tema, quando ele era um menininho, pintada por seu pai. Seu amigo Louis Guillaume posou para o Arlequim. A figura esguia e o modo matreiro de Arlequim, assim como a calma e melancolia de Pierrô, retratam muito bem os personagens característicos da Commedia del’Arte.
Acervo: Museu Pushkin, Moscou
Fontes: http://www.museum.ru/
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Inspire-me Marly Neida!!!
Nesta foto acima vemos Marly Neida e seu filho Léo.
Neste final de semana estive em contato com artista plástica Marly Neida em sua casa na fazenda Macuco Valão de Itaperuna. Seus quadros enchem de emoção cada parte deste lugar. São lindos!!!
Marly Neida possui um contorno específico em suas telas e também nos jardins que norteiam sua casa. As fotos de algumas telas pintadas por ela, darão noção de seu trabalho, mesmo não tendo um dos braços esbanja talento e nos ensina que a Arte transpõe qualquer barreira.
Fico pensando em alunos que reclamam o tempo todo quando peço para realizarem alguma atividade plástica e dizem "que não conseguirão realizar"; ao conhecerem a vida e obra desta mulher mais que vencedora que mudou sua realidade utilizando a ARTE com certeza irão repensar em suas atitudes!!!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
"O HOMEM QUE CAMINHA"
Escultura de Giacometti se torna a mais cara obra leiloada.
"L'Homme qui marche", uma das esculturas mais icônicas do suíço Alberto Giacometti (1901-1966) se tornou a obra mais cara do mundo a ser leiloada por 65 milhões de libras (US$ 104,3 milhões) na casa Sotheby's de Londres.
A impressionante escultura, de 1m83cm de altura, superou o recorde mundial que ostentava até agora "Garçon à la pipe" (Rapaz com cachimbo, em livre tradução) do espanhol Pablo Picasso, que foi negociada em 2004 no Sotheby's de Nova York por US$ 104,1 milhões.
Um porta-voz da casa de leilões confirmou que a peça de Giacometti, considerada um exemplo de sua maturidade criativa, é "a obra mais cara leiloada".
A estátua estilizada, que tinha um preço estimado em 18 milhões de libras (US$ 29 milhões), concentrou o interesse dos compradores por ser a primeira vez em 20 anos que uma peça de Giacometti com essas dimensões é colocada à venda.
Trata-se de um bronze monumental fundido em 1961 e comprado por volta dos anos 80 pelo banco alemão Dresdner Bank.
Anos depois, a peça passou a integrar a coleção do Commerzbank, que este último banco comprou do primeiro.
O dinheiro da venda da escultura será destinado às fundações do Commerzbank e a alguns museus, segundo informou previamente Sotheby's.
Em 9 de novembro, em Sotheby's de Nova York, outra obra de Giacometti, intitulada "L'Homme qui chavire", foi negociada por US$ 19,3 milhões, acima do preço estimado entre US$ 8 milhões e US$ 12 milhões.
"L'Homme qui marche" representa o ponto culminante da experimentação do escultor suíço com a figura humana e pertence a sua etapa da maturidade.
A monumental escultura devia integrar um projeto público que nunca saiu do papel.
Ao perceber que demoraria muitos anos para realizar o projeto, Giacometti terminou abandonando a ideia.
No leilão londrino também foram vendidas outras obras-primas, entre elas um Henri Matisse (1869-1954), "Femme Couchée", que juntos renderam 4,4 milhões de libras (US$ 7 milhões).
Na lista das 25 obras mais caras do mundo, estão oito pinturas do Picasso. Além do espanhol que ostenta o segundo e o terceiro lugares nesse ranking, ainda aparecem Gustave Klimt, Van Gogh, Claude Monet, Renoir, Francis Bacon, Rubens e Mark Rothko. EFE
A impressionante escultura, de 1m83cm de altura, superou o recorde mundial que ostentava até agora "Garçon à la pipe" (Rapaz com cachimbo, em livre tradução) do espanhol Pablo Picasso, que foi negociada em 2004 no Sotheby's de Nova York por US$ 104,1 milhões.
Um porta-voz da casa de leilões confirmou que a peça de Giacometti, considerada um exemplo de sua maturidade criativa, é "a obra mais cara leiloada".
A estátua estilizada, que tinha um preço estimado em 18 milhões de libras (US$ 29 milhões), concentrou o interesse dos compradores por ser a primeira vez em 20 anos que uma peça de Giacometti com essas dimensões é colocada à venda.
Trata-se de um bronze monumental fundido em 1961 e comprado por volta dos anos 80 pelo banco alemão Dresdner Bank.
Anos depois, a peça passou a integrar a coleção do Commerzbank, que este último banco comprou do primeiro.
O dinheiro da venda da escultura será destinado às fundações do Commerzbank e a alguns museus, segundo informou previamente Sotheby's.
Em 9 de novembro, em Sotheby's de Nova York, outra obra de Giacometti, intitulada "L'Homme qui chavire", foi negociada por US$ 19,3 milhões, acima do preço estimado entre US$ 8 milhões e US$ 12 milhões.
"L'Homme qui marche" representa o ponto culminante da experimentação do escultor suíço com a figura humana e pertence a sua etapa da maturidade.
A monumental escultura devia integrar um projeto público que nunca saiu do papel.
Ao perceber que demoraria muitos anos para realizar o projeto, Giacometti terminou abandonando a ideia.
No leilão londrino também foram vendidas outras obras-primas, entre elas um Henri Matisse (1869-1954), "Femme Couchée", que juntos renderam 4,4 milhões de libras (US$ 7 milhões).
Na lista das 25 obras mais caras do mundo, estão oito pinturas do Picasso. Além do espanhol que ostenta o segundo e o terceiro lugares nesse ranking, ainda aparecem Gustave Klimt, Van Gogh, Claude Monet, Renoir, Francis Bacon, Rubens e Mark Rothko. EFE
fONTE: http://www.g1.globo.com/
Imagens do Google.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Artes Plásticas.
Pintura do artista plástico Miguel d'Hera.
Como podemos compreender o que são as artes plásticas? A grande maioria das pessoas sabe que pintura e escultura fazem parte desta denominação, mas então porque “plástica”? O pintor usa tinta sobre algum tipo de superfície, o escultor cria formas na madeira ou na pedra, entre outros materiais. O que tem o plástico a ver com isso?
Para compreender estas denominações precisamos retroceder um pouco e entender o que é arte?
A “arte” não finda com as Artes Plásticas. Existem nove grandes expressões artísticas: A Música, a Dança, as Artes Plásticas, As Artes Cênicas, a Literatura, a Arquitetura, o Cinema, as Narrativas Televisivas e as Histórias em Quadrinhos.
Por boa parte da história a terceira das artes representava tudo aquilo que era belo. A palavra “arte” vem do latim Ars, que significa habilidade. O artista era o habilidoso executor de uma função específica. Todos os exímios artífices eram artistas. Ferreiros, sapateiros, ceramistas, pintores e escultores. Na tentativa de distinguir estes dois últimos dos demais, se passou a denominar as pinturas e esculturas de obras das Belas Artes. Eram artífices do belo. E a beleza reinou por muito tempo nas artes...
O problema começou quando estes modeladores do Belo resolveram produzir obras que não eram nada belas ou não reproduziam o que era belo. Como chamar então aquelas realizações de Belas Artes? Era o início das discussões sobre a Estética na arte. O que era então Belo? Não se podia afirmar com certeza, já que esta percepção varia de pessoa para pessoa.
“Arte” passou a ser então as representações de sentimentos e expressões humanas executadas sobre uma perfeição estética e técnica. Principalmente técnica. Foi a valorização da técnica que desenvolveu grande parte dos movimentos modernistas: não eram as representações que interessavam e sim, como eram executadas e como se processava a intercessão entre sentimento e técnica.
A técnica de execução do material empregado na fixação da emoção sobrepujou sua antiga função.
E assim que finalmente chegamos ao “plástica”.
As “Artes Plásticas” não são nada mais que a capacidade de moldar, modificar, reestruturar, re-significar os mais diversos materiais na tentativa de conceber e divulgar nossos sentimentos e, principalmente, nossas ideias.
É a essência do plástico. Um material inicialmente líquido que se pode transformar em qualquer tipo de utensílio, objeto, peça ou componente, necessitando apenas, neste processo, da criatividade não só de conceber o objeto em si, mas também do processo de produção deste objeto. Por isso Artes Plásticas.
E esta arte hoje em dia não mais se circunscreve apenas a pintura e a escultura, como também avança pelas performances, instalações, vídeo-artes, cyberartes, grafismo, proto-arte e inúmeras outras expressões pós-modernas.
É assim que a categoria “arte” passou a delimitar uma expressão especifica do ser humano, afinal, existem coisas belas que não são arte mais admiramos e ainda coisas que admiramos, não são belas e nem são arte. E o pior: coisas que não gostamos, não são belas e são “arte”!
A “arte” passou a ser um leque muito abrangente de produções específicas relacionadas não mais ao sentimento da visão, mas sobretudo, as expressões internas de significado e aos arcabouços das técnicas de execução.
Se observarmos esta afirmação de Duchamp, quanto ao sentido da arte, compreenderemos como a arte é vista hoje: "A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado, temos de chamá-la de arte. A arte ruim é arte, do mesmo modo como uma emoção ruim é uma emoção".
É isso que a arte é hoje.
Criação.
O pleno e mais esplendoroso ato de criar intencionalmente. É desta forma que a Arte passou a ser a intenção de fazer Arte .
Carpe Diem
Para compreender estas denominações precisamos retroceder um pouco e entender o que é arte?
A “arte” não finda com as Artes Plásticas. Existem nove grandes expressões artísticas: A Música, a Dança, as Artes Plásticas, As Artes Cênicas, a Literatura, a Arquitetura, o Cinema, as Narrativas Televisivas e as Histórias em Quadrinhos.
Por boa parte da história a terceira das artes representava tudo aquilo que era belo. A palavra “arte” vem do latim Ars, que significa habilidade. O artista era o habilidoso executor de uma função específica. Todos os exímios artífices eram artistas. Ferreiros, sapateiros, ceramistas, pintores e escultores. Na tentativa de distinguir estes dois últimos dos demais, se passou a denominar as pinturas e esculturas de obras das Belas Artes. Eram artífices do belo. E a beleza reinou por muito tempo nas artes...
O problema começou quando estes modeladores do Belo resolveram produzir obras que não eram nada belas ou não reproduziam o que era belo. Como chamar então aquelas realizações de Belas Artes? Era o início das discussões sobre a Estética na arte. O que era então Belo? Não se podia afirmar com certeza, já que esta percepção varia de pessoa para pessoa.
“Arte” passou a ser então as representações de sentimentos e expressões humanas executadas sobre uma perfeição estética e técnica. Principalmente técnica. Foi a valorização da técnica que desenvolveu grande parte dos movimentos modernistas: não eram as representações que interessavam e sim, como eram executadas e como se processava a intercessão entre sentimento e técnica.
A técnica de execução do material empregado na fixação da emoção sobrepujou sua antiga função.
E assim que finalmente chegamos ao “plástica”.
As “Artes Plásticas” não são nada mais que a capacidade de moldar, modificar, reestruturar, re-significar os mais diversos materiais na tentativa de conceber e divulgar nossos sentimentos e, principalmente, nossas ideias.
É a essência do plástico. Um material inicialmente líquido que se pode transformar em qualquer tipo de utensílio, objeto, peça ou componente, necessitando apenas, neste processo, da criatividade não só de conceber o objeto em si, mas também do processo de produção deste objeto. Por isso Artes Plásticas.
E esta arte hoje em dia não mais se circunscreve apenas a pintura e a escultura, como também avança pelas performances, instalações, vídeo-artes, cyberartes, grafismo, proto-arte e inúmeras outras expressões pós-modernas.
É assim que a categoria “arte” passou a delimitar uma expressão especifica do ser humano, afinal, existem coisas belas que não são arte mais admiramos e ainda coisas que admiramos, não são belas e nem são arte. E o pior: coisas que não gostamos, não são belas e são “arte”!
A “arte” passou a ser um leque muito abrangente de produções específicas relacionadas não mais ao sentimento da visão, mas sobretudo, as expressões internas de significado e aos arcabouços das técnicas de execução.
Se observarmos esta afirmação de Duchamp, quanto ao sentido da arte, compreenderemos como a arte é vista hoje: "A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado, temos de chamá-la de arte. A arte ruim é arte, do mesmo modo como uma emoção ruim é uma emoção".
É isso que a arte é hoje.
Criação.
O pleno e mais esplendoroso ato de criar intencionalmente. É desta forma que a Arte passou a ser a intenção de fazer Arte .
Carpe Diem
Amaro Braga