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sábado, 30 de setembro de 2017

CHUVA, VAPOR E VELOCIDADE, J.M.WILLIAM TURNER


Chuva, Vapor e Velocidade, anterior a 1844, óleo sobre tela, 91 x 121,8 cm, Joseph Mallord William Turner, National Gallery, Londres.

Turner tinha quase setenta anos quando pintou esta tela, que foi exposta na Royal Academy em 1844. Pouco tempo antes tinha feito uma breve viagem de trem e, aproximando-se da janela enquanto este avançava debaixo de um temporal, ficara fascinado pela miríade de efeitos criados pela turbulenta mistura das nuvens, do vapor, da chuva e dos raios de sol que conseguiram atravessar tudo isso.

Este quadro audaz parece evocar essa mistura de sensações, retratando o trem que avança pela Ponte de Maidenhead, construída pelo engenheiro Brunel poucos anos antes e que juntava as duas margens do Tamisa na linha Exeter-Bristol.

No entanto, o que esta obra mais representa não é tanto uma declaração entusiasmada das novas conquistas mecânicas. Turner é, sobretudo, um pintor romântico. Ele não procura aqui exprimir com exatidão o que vê por meio da cor, objetivo dos impressionistas. O que interessa é a visão.

Na época dos trens e do vapor, o artista evoca lendários e brilhantes conflitos cósmicos de elementos móveis e mutáveis, em que a luz se reflete e cintila em mil grumos dourados. E dessa forma a passagem de um trem assume o aspecto de um acontecimento mítico e cosmogônico, no qual Turner exibe a sua inaudita destreza de olhos e de mãos.

A semelhança do que faz nas suas inúmeras aquarelas, quando pinta a óleo Turner evita a rigidez do desenho: empasta alvaiade, azuis e turquesas em mil matizes sem um exato limite entre uma forma e outra.

O título completo do quadro é Chuva, Vapor e Velocidade – A Grande Ferrovia Ocidental. Os críticos da época louvaram o sentido de velocidade e de energia, ampliado pela visão em perspectiva e os efeitos do temporal.

A locomotiva era uma das mais modernas da época, conhecida como “Firely Class”. A massa dianteira incendiada foi diversamente interpretada, mas parece demasiado grande para ser o farol da frente. Para alguns, Turner quis mostrar a energia na potência máxima das caldeiras.

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