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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

"SOBRE O EXCESSO DE BAGAGEM"




São tantas as pessoas preocupadas com o formato do corpo… e tão poucas atentas a silhueta da alma… Já pensou nisso? Para o corpo todos os investimentos são válidos, academias, sucos, detox, regimes malucos, massagens modeladoras, tratamentos estéticos, fórmulas mágicas para eliminar calorias, simpatias… loucuras das mais variadas.


Enquanto isso a alma sofre transformações no seu metabolismo sem receber cuidados, tratamentos. A obesidade das mágoas, a celulite das frustrações, as estrias do coração partido, a constipação das mágoas, a flacidez da alegria ou a gordura localizada da ira, alojam-se no corpo emocional sem maiores dificuldades. Sentimentos são banalizados, descuidados, não são exercitados, malhados, drenados, tonificados ou desintoxicados. Aos poucos a alma engorda, deforma, perde a leveza de existir. Tal qual o monge Ekido, carregamos peso extra. Ahhh, desculpe, você nunca ouviu falar dele? Então irei te contar.


Há algum tempo dois Monges Zen, Tanzan e Ekido caminhavam por uma estrada em direção a um distante mosteiro. Tinha acontecido uma forte chuva naquele dia e no local que estavam passando havia se formado um lamaçal.


Quando se aproximaram da uma aldeia, no meio do caminho, perceberam uma jovem que tentava atravessar a estrada com imensa dificuldade devido a lama. Tudo indicava que ela não queria estragar o seu quimono de seda e estava indecisa sobre como resolver a situação.


Em uma ação repentina e de forma completamente impulsiva, Tanzan pegou a moça no colo e a carregou para o outro lado da estrada. Agradecida ela fez uma referência respeitosa e seguiu seu caminho.


Depois deste breve incidente, os dois monges prosseguiram sua caminhada. Mantiveram um silêncio quase meditativo por todo o percurso.


Quando já estavam chegando no templo onde passariam a noite, cinco horas mais tarde, Ekido, demonstrando grande ansiedade, não conseguiu mais se conter e perguntou: “Por que você carregou no colo aquela jovem para o outro lado da estrada? Nós, monges, não devemos fazer tal tipo de coisa.”


Tanzan então respondeu com outra pergunta: “Faz horas que coloquei aquela jovem no chão. Você ainda a está carregando?”


Pesos emocionais, até quando você carregará os seus?


- Lígia Guerra -

4 comentários:

Unknown disse...

Parabéns, Aline. É sempre muito bom ler suas reflexões. Elas enriquecem a alma.

Aline Carla Rodrigues disse...

Muito obrigada, querida Cris!

Unknown disse...

Parabéns Aline.
O que você posta sempre acrescenta em nossas vidas. Você é especial!
Pesos emocionais...quanto peso desnecessário!

Aline Carla Rodrigues disse...

Muito obrigada, querida Vilminha!
Você é muito especial ao Tribarte!
Abraços!

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