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quinta-feira, 5 de maio de 2011

KENNY SCHARF E SUA INCANSÁVEL ARTE

Kenny Scharf interessa-se por arte desde criança, especialmente pelo
surrealismo de Salvador Dalí. Após um breve período na Universidade da
Califórnia, muda-se para Nova York onde estuda na Escola de Artes Visuais.
Aproxima-se, nesta época, de Keith Haring e Jean-Michel Basquiat  entra
em contato contato com outros artistas, como Andy Warhol, um dos principais
expoentes da  Pop Art estadunidense.

 Em suas primeiras pinturas a combinação de imagens de ambientes domésticos com monstros, plantas
e seres alienígenas, denotam a influência dos desenhos animados que
assiste em programas de televisão, como pode-se notar  em seu trabalho
Barbara Simpson's New Kitchen, de 1978.
Realiza em Nova York, no ano de 1979, suas primeiras exposições na boite
Club 57 e na vitrine da Fiorucci Store, famosa grife de roupas para jovens.
No ano seguinte, Scharf e Haring dividem um  loft (amplo espaço sem
divisórias e com pé direito alto), em  Times Square, movimentado bairro
nova iorquino, onde permanecem por dois anos. 

O artista produz uma série de trabalhos, utilizando objetos de consumo como carros, telefones,
televisores, aparelhos de som, bicicleta, entre outros, singularizando-os por
meio da pintura e da assemblage. Kenny Scharf começou a interferir sobre
esses equipamentos quebrados encontrados na rua, para tornar o cotidiano
mais alegre,  tentando mudar a vida por meio da arte.
Envolve-se em atividades coletivas e performances e torna-se conhecido
por suas intervenções murais espontâneas, ou seja, sem a utilização de
máscaras vazadas, integrando o movimento grafite. Suas imagens incluem
personagens dos Flintstones e Jetsons, além de formas amebóides e espirais
que flutuam em ambientes cósmicos, nos quais predominam cores artificiais,
metálicas e fosforescentes.


A partir de 1983, quando de sua exposição individual na galeria Tony
Shafrazi, em Nova York, seu trabalho alcança reconhecimento, obtendo
convites para participações em grandes exposições como no Whitney
Museum of American Art de Nova York e na XVII Bienal Internacional de
São Paulo, em 1983. Casa-se com uma brasileira e passa temporadas
em Ilhéus, na Bahia, onde hospeda Keith Haring por várias vezes. No
final da década de 1980, ao lado de suas figuras biomórficas, realiza
trabalhos em que justapõe imagens de anúncios publicitários da década
de 1960 a pinceladas que remetem a  Jackson Pollock e nos quais é
possível perceber elementos de crítica à sociedade de consumo e
preocupações ecológicas.
Em 1992 muda-se para Miami, na Flórida, inaugurando três anos depois, a
Scharf Shop, seguida da  Scharf Shack, de Nova  York. Nestas lojas
comercializa roupas, objetos e assessórios com seus desenhos e pinturas,
tentando aproximar as culturas dominante e periférica e atrair o público
através da venda de objetos a um custo acessível. Expõe pela primeira vez
obras de seu período de aprendizado na Califórnia e realiza a exposição
Heads no Miami's Center of Fine Arts, com dez grandes pinturas que se
interligam em círculo e esculturas em fibra de vidro.
Em outubro de 1996, abre a exposição El Mundo de Kenny Scharf, com
curadoria de Dan Cameron, no Museu de Arte Contemporânea de Monterrey,
no México, batendo o recorde de visitantes do museu. No mesmo ano,
constrói a instalação  Cosmic Cavern na casa noturna  The  Tunnel, com
paredes imitando peles de animais, luz negra e móveis extravagantes. Em
1998, é convidado a pintar um painel mural no saguão do Museu de Arte
Contemporânea de San Diego, na Califórnia e, em 2002, realiza o desenho
animado The Groovenians para o canal de televisão Cartoon Network.
Em sua trajetória o artista  alia imagens do universo da comunicação de
massa a uma técnica pictórica gestual. Revela uma preocupação com a
qualidade de vida e o desejo utópico de harmonia universal. Ao mesmo
tempo, faz a aplicação de seus padrões e desenhos em relógios, telefones
celulares e em outros objetos de consumo, que o colocam em uma situação
limítrofe  ante a vontade moderna de uma arte total, inserida no cotidiano
de excessos do capitalismo de seu  país.

Um comentário:

Jenifer disse...

Que criatividade !

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