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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DOCUMENTÁRIO PINA, EM 3D, EMOCIONA BERLIM!

A princípio esdrúxula, tecnologia 3D se mostrou perfeira para captar
 movimento dos bailarinos.
Se “Pina”, documentário em 3D dirigido por Wim Wenders, estivesse na competição, ele agora seria o favorito ao Urso de Ouro no Festival de Berlim 2011. O filme, exibido ontem, é uma emocionante homenagem e um mergulho na dança e no pensamento da coreógrafa alemã Pina Bausch, que virou diretora da companhia Tanztheater Wuppertal na década de 1970 e morreu em 2009.


Wenders disse que demorou para fazer o filme – ele começou a produção com a colaboração de Pina – porque não sabia como fazer jus ao trabalho dela. O 3D, aparentemente uma solução esdrúxula, foi a resposta. E ele tinha razão. Aqui, as imagens tridimensionais dão profundidade, volume, colocam o espectador ao lado dos bailarinos. Quatro coreografias foram reencenadas: “A Sagração da Primavera”, “Kontakthof”, “Vollmond” e “Café Müller”.
Mas só a tecnologia não explica o impacto do documentário. Primeiro, há o trabalho vigoroso, dramático, surpreendente da coreógrafa, que usava elementos da natureza como rochas e água em suas peças – em uma coreografia com as mãos, um bailarino “dança” ao som de “Leãozinho”, de Caetano Veloso.


Foto: Reuters Ampliar
Wim Wenders e a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, com óculos 3D na sessão de "Pina"
Segundo, existe o trabalho do diretor, que, a bem da verdade, não anda no melhor de sua forma. Mas, aqui, ele faz o público acompanhar cada passo, cada movimento, cada gesto. Escolhe locações interessantes onde os bailarinos mostram algumas peças, inclusive um túnel onde se veem grafites d’OsGemeos – o diretor disse que foi inspirado pela própria coreógrafa, que costumava usar a cidade de Wuppertal como inspiração. E ainda capta toda a dramaticidade das peças de Pina Bausch, com uma câmera que também parece dançar harmoniosamente. Não é um feito pequeno. Pena que se tenha perdido a chance de uma premiação justa e, no mínimo, surpreendente. Foi o primeiro filme a ter uma sessão de aplausos consistente dos jornalistas.
Na coletiva de imprensa, mais palmas para o diretor Wim Wenders. “O tema do filme é o olhar de Pina. Ela tinha um olhar agudo sobre as pessoas. Um olhar que nunca vi, ela via através de você, mas era amoroso”, disse o cineasta. A uma jornalista que disse ter se emocionado com o documentário, ele afirmou que “a emoção está no trabalho de Pina”.
Fonte: www.ig.com.br

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